Editorial

A retomada de velhos hábitos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19

Continua a retomada de atividades do setor do comércio na Região Metropolitana de São Luís e desde ontem as academias, fechadas há três meses, voltaram a funcionar com restrições e adotando as medidas dos protocolos sanitários determinados pelo Governo do Estado. Mas a grande expectativa é a abertura de bares e restaurantes, que está prevista oficialmente para acontecer na próxima segunda-feira, 29, mas tudo indica que deverá ser antecipada - pelo menos para os estabelecimentos da Avenida Litorânea - para o próximo sábado, 27.

A população já está voltando aos velhos hábitos, a realidade já é bem diferente da segunda quinzena de março quando foram iniciadas as medidas de isolamento social devido a disseminação da Covid-19, com o fechamento de lojas e restaurantes, shoppings, entre outras atividades que alteraram o comportamento da sociedade. Os cinemas ainda continuam fechados, sem previsão para voltarem a receber público. O estado chegou a fazer o chamado lockdown, ou seja, o bloqueio total de quase todas as atividades comerciais não essenciais, com multas e outras punições para quem descumprisse as medidas, por determinação judicial.

Atualmente, podem funcionar no estado minimercados, supermercados e hipermercados; construção civil, cabeleireiros e atividades de tratamento de beleza, clínicas médicas e odontológicas, hotéis e pousadas, transporte coletivo, óticas, bancos e auto escolas.

Com a reabertura gradual do comércio, aumenta também o relaxamento de medidas para evitar a propagação do coronavírus e a cada dia mais pessoas são vistas sem o uso da máscara de proteção, tanto nas caminhadas na Litorânea como na Rua Grande - que é o principal centro comercial da capital. Já nos shoppings, que reabriram no último dia 15, e nos supermercados a máscara continua sendo exigida para ter acesso aos estabelecimentos. Ainda bem.

É lamentável que o número de novos casos da Covid-19 no país - e também no Maranhão - ainda é motivo de muita preocupação por parte de especialistas da área de saúde. Em seu boletim diário publicado no domingo, 21, a Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou a existência de mais de 54 mil infectados extras no país. Os dados representam o maior salto no mundo no espaço de um dia desde o início da crise, em janeiro.

Atualmente o governo Bolsonaro dá mais destaque ao número de pessoas que se recuperaram da doença do que ao total de infectados ou mortos no país. Para classificar alguém como recuperado, o Ministério da Saúde brasileiro adota os mesmos critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS): pacientes graves que passam por exames até que o vírus deixe de aparecer ou pacientes leves que não apresentam mais sintomas depois de duas semanas.

Segundo a Fiocruz, mais de 300 mil pessoas foram internadas neste ano por causa de doenças respiratórias. Em 21 de junho, o país registrava que 549 mil pessoas se recuperaram da doença, 485 mil estavam em acompanhamento e 50 mil morreram. Ou seja, uma taxa de letalidade de 4,7%.

Estima-se ao redor do mundo, com base em dados de lugares com alto volume de testes, que a doença mate entre 0,5 e 2 pessoas a cada 100 infectadas. A taxa de letalidade na Nova Zelândia é de 1,5% e na Islândia, 0,6%, por exemplo.

O Brasil não divulga um número consolidado da quantidade de testes realizados no país ao longo da pandemia. Mas levantamentos recentes da imprensa brasileira com secretarias estaduais da saúde apontam pelo menos 2,3 milhões de exames. A medida indica se a estratégia inclui uma busca ativa por quem está com o vírus sem sintomas ou apenas quem chega doente às unidades de saúde, por exemplo.



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