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X vermelho na mão é mais uma forma de denunciar a violência contra a mulher

Campanha "Sinal Vermelho para a Violência Doméstica" tem como foco ajudar as mulheres em pedirem ajuda nas farmácias do país

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Um X vermelho na mão agora é uma das maneiras de denunciar violência contra as mulheres em farmácias de todo o Brasil
Um X vermelho na mão agora é uma das maneiras de denunciar violência contra as mulheres em farmácias de todo o Brasil (Mão)

São Luís - Basta um “X” vermelho na mão. Esta é mais uma forma de denunciar a violência contra a mulher. A Campanha “Sinal Vermelho para a Violência Doméstica” é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), e tem o apoio da 2ª Vara da Mulher de São Luís. De acordo com o Sistema Jurisconsult, de janeiro deste ano até o mês de maio, mais de 200 medidas protetivas foram distribuídas, somente na capital, e cumpridos cerca de 800 mandados de intimação, em casos relacionados à violência contra a mulher.

A juíza Lúcia Helena Barros Helluy da Silva, titular da 2ª Vara, declarou que essa campanha acontece em nível nacional e foi lançada no último dia 10, mas, vai ser divulgada nos estados e municípios gradualmente. “Iremos realizar várias ações na cidade para divulgar essa campanha no decorrer dos próximos dias”, frisou a magistrada.

Ainda segundo a juíza, com um simples “X” vermelho na palma da mão, que pode ser feito com caneta ou um batom, a vítima sinaliza que está em uma situação de violência. Assim, o atendente das farmácias e drogarias, que aderiram à campanha, podem ligar para o número 190, reportando a situação.

Campanha
A Campanha Sinal Vermelho para a Violência Doméstica tem como um dos focos ajudar mulheres em situação de violência a pedirem ajuda nas farmácias do país. No momento, o projeto conta com o apoio de mais 10 mil farmácias e drogarias em todo o Brasil.

A criação da campanha é o primeiro resultado prático do grupo de trabalho criado pelo CNJ para elaborar estudos e ações emergenciais voltados a ajudar as vítimas de violência doméstica durante a fase do isolamento social. Esse grupo foi criado pela Portaria nº 70/2020, após a confirmação do aumento dos casos registrados contra a mulher durante a quarentena, determinada em todo o mundo como forma de evitar a transmissão do novo coronavírus. Durante os meses de março e abril, o índice de feminicídio cresceu 22,2%, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O lançamento da campanha foi feito por meio dos canais do CNJ e da AMB no YouTube e contou com a participação do presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli. Em um vídeo, ele citou dados que mostram o aumento da violência doméstica contra as mulheres durante a pandemia e reforçou a importância da participação de toda a sociedade para o êxito da campanha.

Até o momento, a campanha conta com o apoio da Abrafarma, Abrafad, Instituto Mary Kay, Grupo Mulheres do Brasil, Mulheres do Varejo, Conselho Federal de Farmácias, Conselho Nacional dos Chefes da Polícia Civil, Conselho Nacional dos Comandantes Gerais, Colégio das Coordenadorias Estaduais da Mulher em Situação de Violência Doméstica, Fonavid, Ministério Público do Trabalho, Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais e Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Outros canais

Também há outros canais para fazer as denúncias de casos de violência ou assédio contra a mulher. Um deles é o telefone 190 e qualquer pessoa pode ligar a qualquer hora do dia ou da noite. Para os casos não emergenciais, o Disque 180 ou o Disque 100 podem receber as denúncias como ainda oferecem orientações.

Na capital, a Casa da Mulher Brasileira, no Jaracati, segue funcionando 24 horas, mas com parte das funções em home-office, em virtude das medidas preventivas contra o coronavírus. No entanto, os número para denúncia seguem ativos e são: 9 8892-1222, 9 8855-7705, 9 8427-9730, 9 8443-6925 e 9 8278-3647.

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