Doação

Brasil consegue ampliar transfusões de sangue, mas coleta diminui

Para incentivar novas doações, Ministério da Saúde lança a campanha "Seja solidário. Doe Sangue. Doar é um ato de amor"

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Ministério da Saúde lançou hoje a campanha “Seja solidário. Doe Sangue. Doar é um ato de amor”
Ministério da Saúde lançou hoje a campanha “Seja solidário. Doe Sangue. Doar é um ato de amor” (Pacientes com problemas renais se submetem a hemodiálise, para filtrar o sangue e eliminar as toxinas)

Brasília - As bolsas de sangue coletadas no Brasil caíram 2,5% nos últimos quatro anos, apesar das transfusões de sangue terem aumentado 4,8% no mesmo período. Os dados do Ministério da Saúde refletem que mais pessoas estão tendo acesso ao serviço de alta complexidade em saúde no país, contudo, mesmo com menor doação de sangue. Em comemoração ao dia Mundial do Doador de Sangue, neste domingo, 14, o Ministério da Saúde lançou uma campanha para convocar doadores regulares e novos durante a pandemia da Covid-19. Para receber os doadores regulares e os novos doadores, os hemocentros reforçaram suas medidas de higiene e distanciamento social garantindo que a doação ocorra de forma segura.

“Todos os hemocentros do país estão preparados para receber os doadores com segurança e sem aglomeração. É muito importante que as pessoas não deixem de doar. Quando a pessoa escolhe aquele dia para doar sangue, ela está contribuindo para saúde de alta complexidade do país”, destacou o secretário da Atenção Especializa em Saúde (SAES), Luiz Otávio Franco Duarte.

Em 2019, foram coletadas no Sistema Único de Saúde (SUS) cerca de 3,2 milhões de bolsas de sangue contra aproximadamente 3,35 milhões de bolsas em 2016. As transfusões de sangue no país aumentaram de 2016 para 2019, passando de 2,8 milhões para 2,95 milhões de transfusões realizadas. O Brasil trabalha com margens de segurança para atender com prontidão a aumentos bruscos da demanda ou quedas inesperadas das doações, como em casos de pandemias como a vivida com a Covid-19. Porém, a redução desta distância entre uso e disponibilidade de sangue é um alerta de que precisamos cuidar de nossos bancos de sangue para não corrermos o risco de falta.

Ao doar sangue, a população presta um serviço maior e mais complexo em áreas como em atendimentos de urgência e emergência, transplantes, cânceres, e as pessoas com anemias crônicas, que são os grandes usuários de sangue no país.

Atualmente, 16 a cada mil habitantes são doadores de sangue, no país. O percentual corresponde a 1,6% da população brasileira e está dentro dos parâmetros preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Do total de doadores de sangue em 2018, 60% são do sexo masculino e 40% são do sexo feminino. O Ministério da Saúde reforça que é necessário promover e fortalecer as ações que estimulam a doação voluntária para manutenção dos estoques de sangue. Em relação à faixa etária, tivemos 63% de doadores maiores que 29 anos.

SAIBA MAIS

PANDEMIA DA COVID-19

Em decorrência da pandemia da Covid-19, em apenas seis meses, o Ministério da Saúde transferiu 1,6 mil bolsas de sangue entre os estados brasileiros. Isso mostra que a pasta está visualizando de uma forma nacional a Hemorrede. “Essa mobilização auxilia os estados que necessitam de maiores cuidados por estarem mais afetados pela pandemia, como São Paulo e Fortaleza. Com isso, o Brasil deixa de perder hemocomponentes que, eventualmente tem em maior quantidade em um determinado estado e passa para outro que está necessitando mais”, explicou o coordenador de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Rodolfo Duarte

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