Campanha

Mais de 1 milhão de pessoas já foram vacinadas contra gripe

Números são do Maranhão; campanha está em sua terceira etapa no Brasil, que foi prorrogada para até o dia 30 de junho, conforme cronograma do Ministério da Saúde

Nelson Melo / O Estado

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Campanha de vacinação contra a gripe tem continuidade no MA
Campanha de vacinação contra a gripe tem continuidade no MA (vacinação contra gripe )

São Luís - Desde o dia 11 de maio, está ocorrendo a terceira e última etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que é coordenada pelo Ministério da Saúde (MS), tendo sido antecipada devido à pandemia da Covid-19. Essa fase - que contempla gestantes, crianças de 6 meses a 5 anos, professores e outros públicos - recentemente, foi prorrogada para até o dia 30 de junho. No Maranhão, de acordo com levantamento divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), já foram imunizadas 1.436.911 milhão de pessoas.

Conforme informado pela SES, com essa quantidade de aplicações na campanha de imunização contra Influenza, a cobertura parcial é de 81,97%. Essa porcentagem, entretanto, abrange todas as etapas. Além disso, o órgão estadual frisou que o Ministério da Saúde enviou, para essa terceira fase, 1.569.600 milhão doses da vacina. “Para controlar as aglomerações e ao mesmo tempo vacinar o maior número de pessoas entre o público-alvo, a SES orienta os municípios a estabelecerem parcerias locais com instituições públicas e privadas a fim de descentralizar o máximo possível a vacinação para além das Unidades Básicas de Saúde (UBS)”, pontuou a secretaria.

Campanha na capital
Com relação à Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe na capital maranhense, O Estado apurou com a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) que 301.901 mil pessoas já foram vacinadas. Mas essa estatística é referente a todas as etapas, ou seja, desde o início. O número de doses para a terceira fase, nesse primeiro momento, é de 75.860 mil. Porém, como o órgão municipal destacou, mais doses chegarão gradativamente a São Luís.

“A Secretaria reforça que nenhum local de imunização em São Luís está sem vacina, pois os locais de vacinação vão sendo abastecidos, conforme vai havendo a solicitação por parte dos responsáveis da sala de vacina”, salientou a Semus.

Documentos solicitados
Para que alguém seja imunizado, é necessário que, além do comparecimento, leve alguns documentos, que serão apresentados nos locais de vacinação. Isto é, não pode chegar de “mãos vazias”.

Desse modo, estão sendo solicitados os seguintes: caderneta de vacina, para as crianças; cartão da gestante ou cartão de vacina, para as grávidas; documento que comprove o puerpério (certidão de nascimento do filho, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto), para as puérperas, Carteira de Identidade, para os adultos de 55 a 59 anos; crachá funcional, carteira do sindicato ou declaração, para os professores; e receita de medicação de uso contínuo ou relatório médico, para portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.l

Locais de vacinação
Em São Luís, os locais de vacinação são os seguintes: Centro de Saúde Paulo Ramos, no Centro; Centro de Saúde Bezerra de Meneses, no São Francisco; Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), no Lira; Hospital Materno Infantil, no Centro; Centro de Saúde Clodomir Pinheiro Costa, no Anjo da Guarda; Centro de Saúde Valdecy Eleoteria Martins, na Vila Embratel; Centro de Saúde Yves Parga, na Vila Maranhão; Centro de Saúde Vila Nova, na Vila Nova; Hospital Aquiles Lisboa, no Bonfim; e Centro de Saúde da Vila Embratel.

Além do Centro de Saúde do Gapara; Centro de Saúde do Bairro de Fátima; Unidade Mista do Coroadinho; Centro de Saúde Doutor Antônio Guanaré, na Vila Conceição (Coroadinho); Unidade Mista do Bequimão; Centro de Saúde Amar, na Vila Vicente Fialho; Centro de Saúde da Radional; Centro de Saúde da Vila Lobão; Centro de Saúde do João de Deus; Unidade Mista do São Bernardo; Centro de Saúde da Santa Bárbara; Posto de Saúde do Coquilho; Centro de Saúde Doutora Nazaré Neiva, no São Raimundo; USF Ayrecila Novochadlo Olímpica II, na Cidade Olímpica; e USF Jailson Alves Viana Olímpica III.

Os outros locais são USF Santa Clara; USF Santa Efigênia; USF Pirapora, no Tirirical; Centro de Saúde da Vila Janaína; UBS Doutor Expedito Alves de Melo, na Alexandra Tavares; Centro de Saúde Cohab-Anil; Centro de Saúde Salomão Fiquene, no Cohatrac I; Centro de Saúde Djalma Marques, no Turu; CTA Anil, no Cruzeiro do Anil; Centro de Saúde da Itapera; Centro de Saúde do Quebra-Pote; Centro de Saúde Pedrinhas I; Centro de Saúde Pedrinhas II; Centro de Saúde do Tibiri; Centro de Saúde do Maracanã; Centro de Saúde do Coqueiro; USF Maria de Lourdes Rodrigues, no Rio Grande; e Centro de Saúde da Vila Itamar.

Além disso, estão vacinando nas escolas UEB Rosália Freire, na Vila Isabel; C.E. Nascimento de Moraes, no Vinhais; Escola Militar Tiradentes, na Vila Palmeira, e UEB Felipe Conduru, no São Cristóvão.

SAIBA MAIS

Terceira etapa

A terceira fase da imunização, no Brasil, começou no dia 11 e iria se estender até o dia 5 de junho, mas esse prazo foi prorrogado para 30 de junho. Segundo o calendário do Ministério da Saúde, do primeiro dia até 17 de maio, só puderam buscar sua dose crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e puérperas (mães até o 45º dia do pós-parto). Do dia 18 de maio até o fim da vacinação contra a gripe, são incluídos professores e pessoas entre 55 a 59 anos. Com relação a essa faixa etária, foi a primeira vez que entrou na campanha.

Além disso, todas as outras pessoas contempladas nas outras fases do calendário de vacinação contra a H1N1 podem tomar suas doses. Crianças e mulheres grávidas fazem parte do grupo prioritário para receber a vacina. Isso ocorre porque têm maior risco de sofrerem complicações com a gripe. Com relação às puérperas, além de apresentarem alterações no sistema imune que predispõem a sintomas graves, passam anticorpos contra a influenza para os recém-nascidos por meio da amamentação.

Já os professores entraram na lista pelo contato próximo com os jovens, grandes transmissores de infecções. Até o momento, 63,2 milhões de doses da vacina já foram distribuídas aos estados para garantir a imunização do público-alvo da campanha. No total, o Ministério da Saúde investiu R$ 1,1 bilhão na aquisição de 79 milhões de doses da vacina para as três fases.

Prorrogação e pandemia

A terceira etapa da campanha foi estendida para até o próximo dia 30 de junho. Segundo ressaltado pelo Ministério da Saúde, as pessoas que integram os grupos contemplados para a vacinação que, por algum motivo, perderam a oportunidade de receber a vacina nas fases anteriores, precisam comparecer aos postos para serem imunizadas. O órgão federal informou que o distanciamento social e a situação da pandemia do novo coronavírus no Brasil são fatores que têm gerado impactos na queda da cobertura vacinal no País.

“Muitas famílias ficam com receio de ir aos postos de saúde, mas temos orientado todas as equipes de saúde do país quanto às medidas de segurança para evitar infecções”, observou Ana Goretti, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. Ela analisa que a redução na procura pelas vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) é preocupante e está sendo percebida pelo MS, para avaliar o que pode ser feito para modificar essa situação.

A campanha

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, coordenada pelo Ministério da Saúde, começou no dia 23 de março, e foi dividida em três etapas. Na primeira fase, que seguiu até o dia 15 de abril, foram imunizadas as crianças a partir de 6 meses de vida a menores de 6 anos, bem como idosos a partir dos 60 anos e os profissionais que trabalham na área da saúde. Somente na capital maranhense, foram disponibilizadas 68 salas de vacinação distribuídas nas unidades de saúde do município.

Neste ano, a campanha traz o conceito “Gripe. Tem que vacinar”. Também voltada para as outras duas fases, as peças destacam as datas de início da vacinação para cada grupo e chamam a atenção para a importância de se respeitar o calendário para que todos sejam imunizados.

Outras etapas

Na segunda etapa da campanha, que começou no dia 16 de abril, foram imunizados indígenas, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transportes coletivo. Além de trabalhadores portuários, que se juntam ao grupo prioritário, formado por membros das forças de segurança e salvamento; pessoas com doenças crônicas ou condições clínicas especiais; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

A segunda fase da campanha seguiu até o dia 8 de maio. Também em função da vulnerabilidade dos povos indígenas, o Ministério da Saúde decidiu antecipar a vacinação contra influenza desse público para o dia 16 de abril. Os indígenas receberam as equipes de vacinação em suas aldeias, que adotaram todas as medidas de prevenção e controle do novo coronavírus já estabelecidas pelo órgão. Em todos os 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) do País, as vacinas seguiram até as aldeias de carro, de barco ou de avião, sempre observando as recomendações de conservação da temperatura e de armazenamento das doses.

A meta era vacinar, pelo menos, 90% de cada um desses grupos, até o dia 22 de maio, de acordo com informações do Ministério da Saúde. A antecipação da campanha de abril para março ocorreu para proteger os públicos prioritários contra os vírus mais comuns da gripe. A vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para Covid-19, já que os sintomas são parecidos.

E, ainda, ajuda a reduzir a procura por serviços de saúde. Estudos e dados apontam que casos mais graves de infecção por coronavírus têm sido registrados em pessoas acima de 60 anos, grupo que corresponde a 20,8 milhões de pessoas no Brasil. Por isso, a primeira etapa da campanha contemplou esse público.

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