Áreas de risco

Pandemia: Defesa Civil tem plantão para situações de emergência em SL

Na capital maranhense há 60 áreas de risco e, segundo o Laboratório de Meteorologia da Uema, as chuvas devem ocorrer até o próximo mês, com possível ocorrências de raios e trovões

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Área de risco na Vila Dom Luís é uma das monitoradas por meio de plantão da Defesa Civil
Área de risco na Vila Dom Luís é uma das monitoradas por meio de plantão da Defesa Civil (Vila Dom Luis - área de risco)

SÃO LUÍS - Durante o período de pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, há plantonistas da Defesa Civil Municipal 24 horas para atenderem as chamadas de urgências e emergências, que possuem a missão de monitorar as 60 áreas de risco da cidade. No último dia 8, uma chuva intensa, com ventos fortes atingiu a Ilha durante a tarde e ocasionou uma série de estragos, inclusive, no Terminal Rodoviário de São Luís, no bairro Santo Antônio. De acordo com o Laboratório de Meteorologia (LabMet) da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), o período chuvoso na capital maranhense vai se estende até o mês de julho.

A Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) informou ontem, por meio de nota, que está adotando todas as medidas preventivas diante da necessidade de distanciamento social, como uma das medidas para evitar a proliferação do novo coronavírus. Em relação ao trabalho da Defesa Civil, a equipe segue desemprenhando suas atividades, em regime de plantão 24 horas, para atender às demandas que surgirem e as chamadas de urgência e emergências.

Eles continuam fazendo o trabalho de monitoramento, de forma diária, das 60 áreas de risco na cidade, principalmente, as que estão localizadas nas proximidades das encostas de barreiras.

Esses pontos estão nos bairros Vila Bacanga, Vila Dom Luís, Vila Isabel Cafeteira no Anjo da Guarda, Fumacê, Alto da Esperança, Vila Embratel e Sá Viana, Coroadinho, Sacavém, Túnel do Sacavém, Coheb, Anil, Vila Cafeteira na Cohab, Vila Airton Senna (Conjunto São Raimundo), Cidade Olímpica, Vinhais, São Francisco, Vila Palmeira, Barreto, Vila Maranhão, Salinas do Sacavém e Novo Angelim.

Fenômeno

A chuva, que ocorreu na última segunda-feira, foi intensa e com ventos fortes. O chefe do LabMet, Gunter Reschke, informou que não houve rajadas e nem muito menos um tornado, pois, não se viu a base da ponta do funil tocando no solo. O que se classificaria, além da destruição, os tipos de F1, F2 e F3.

Guter Reschke disse que houve uma sucção. Uma forte gradiente de temperatura e pressão fizeram esse efeito de levantamento. “A forte pressão fez o aumento de vento no sentido giratório e causando esse cisalhamento do vento. Caso houvesse um tornado, teríamos problemas mais sérios”, explicou.

Ele ainda ressaltou que nesse período do ano ocorrem as nuvens de tempestade, que podem ocasionar chuvas com descargas elétricas no céu, como raios e trovões. Já, o período chuvoso na Grande Ilha deve se estender até o próximo mês. “No decorrer dos meses junho e julho, existe uma influência muito intensa da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e sendo considerada como geradora de precipitação nas regiões norte e nordeste do país”, disse Guter Reschke.

Estragos

Durante o temporal, no bairro do Turu, as pessoas perceberam um vendaval levantando poeira e vários objetos, em uma espiral. Estabelecimentos comerciais dessa localidade tiveram danos materiais. Um deles, parte da vidraça da frente quebrou e os estilhaços ficaram espalhados pelo piso.

Em outras partes da cidade houve ocorrência de alagamento e até mesmo um veículo foi coberto pela água. Nas proximidades do estádio Nhozinho Santos, carros foram danificados pela chuva. As pessoas, que estavam no Terminal Rodoviário de São Luís, ficaram molhadas pelas goteiras que se formaram no telhado. Houve registro de alagamento nas proximidades de um shopping, na área do Renascença.

Sobre o temporal com vendaval que caiu na segunda-feira, o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) informou, em nota, que a corporação foi acionada cinco vezes para atendimentos de ocorrências causadas pelas chuvas. Foram três solicitações de resgate veicular; uma solicitação por inundação; e uma solicitação para corte de árvore.

Saiba mais

De acordo com o LabMet, a capital contabilizou cinco anos consecutivos com chuvas abaixo do esperado – de 2012 a 2016; e outros dois anos com águas na média prevista – 2017 e 2018. A média climatológica anual para São Luís é de 2.290 e ficou 40% abaixo da média nestes períodos. Em 2019, a média foi acima de 2.500 milímetros.

Número

60 áreas de risco são monitoradas pela Defesa Civil Municipal

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