Índice inflacionário

IPCA apresenta deflação em São Luís pelo segundo mês consecutivo

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, na capital, registrou queda de 0,22%

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Preço de alguns tipos de carne registrou queda no mês de maio na capital maranhense
Preço de alguns tipos de carne registrou queda no mês de maio na capital maranhense (ipca)

São Luís - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, em São Luís, registrou queda de -0,22%. É o segundo mês consecutivo em que a capital maranhense apresenta quadro deflacionário, sendo que a queda dos preços no mês de maio foi menor que a queda detectada no mês de abril, -0,44%.

São Luís seguiu o comportamento geral dos preços das 16 regiões pesquisadas, havendo deflação em todas elas, sendo que a maior deflação no mês de maio foi detectada em Belo Horizonte (-0,60%) e a menor deflação foi observada em Recife (-0,18%). Depois de Recife, São Luís foi a segunda região de investigação da pesquisa a apresentar maior resistência à queda de preços.

No caso de São Luís, dentre os nove grupos de produtos e serviços investigados pela pesquisa de preços ao consumidor do IBGE, em cinco deles foram detectados recuos de preços em relação ao mês anterior, sendo que três desses grupos são os de maior peso nas despesas mensais das famílias: alimentação e bebidas, peso de 23,93%; transporte, 17,74%; e habitação, 14,57%. Dessa forma, os recuos de preços nos respectivos grupos impactaram consideravelmente a queda geral dos preços em São Luís no mês de maio.

As maiores taxas de deflação foram observadas nos grupos habitação, -0,60%, transporte, -0,40%, e alimentação e bebidas, -0,37%. Os outros dois grupos de despesas que apresentaram diminuição de preços foram vestuário, -0,04%, e artigos de residência, -0,03%.

No caso do grupo alimentação e bebidas, percebeu-se queda de preços em diversos tipos de carnes, cuja média geral desse item de despesa foi de -3,69%, com destaque para acém, - 7,87%, chã de dentro, -7,54%, e alcatra, -6,89%.

No grupo habitação, foi observada pequena redução de preços no item energia elétrica residencial, na ordem de -1,63%. Esse foi um item também de grande impacto para o quadro deflacionário em São Luís: -0,0890 p.p..

No grupo transporte, com deflação de 0,40%, houve recuo de preços nos subitens passagem aérea, (-28,05%; -0,0611 p.p.), óleo diesel (-6,44%; -0,0184 p.p.) e gasolina (-0,94%; -0,0450 p.p.). A gasolina teve uma queda de preços menor que o óleo diesel, porém com impacto maior, pois se trata de subitem de despesa com peso maior no orçamento das famílias, cerca de 4,8% dentre 250 subitens investigados.

Na contramão desse quadro deflacionário, isto é, com apontamento de elevação de preços, estão comunicação, +0,21%, despesas pessoais, +0,15%, educação, +0,07%, e saúde e cuidados pessoais, +0,05%. Como esses grupos de despesas, excetuando saúde e cuidados pessoais, têm menor peso nas despesas mensais das famílias em São Luís, acabaram por não impactarem o suficiente para suplantar a queda nos grupos habitação, transporte e alimentação e bebidas.

Sobre o IPCA

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange, ao todo, 16 regiões: dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês de abril/2020, foram comparados os preços coletados no período de 30 de abril de 2020 a 28 de maio de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de março de 2020 a 29 de abril de 2020 (base).

Cabe ressaltar que, em virtude do quadro de emergência de saúde pública causado pela Covid-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março, a coleta presencial de preços nos locais de compra. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como pesquisas realizadas em sites de internet, por telefone ou por e-mail.

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