Estado Maior

Mais casos e aglomerações

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19

Desde quando teve início o alerta sobre a chegada da pandemia e um “toque de recolher” para garantir o isolamento social, maior arma contra o novo coronavírus, o governador Flávio Dino (PCdoB) tem reunido a imprensa quase toda semana para trazer panoramas e, mais precisamente, medidas de combate à doença no Maranhão.

São cerca de 70 dias desde o início do fechamento do comércio, suspensão das aulas e serviços públicos somente por meio
virtual. Ontem, Dino tornou a reunir a imprensa, mas não trouxe novidade.

Ele deu entrevista coletiva após um fim de semana com relatos de aglomeração de pessoas em supermercados e praias na Ilha.

Há uma frota do transporte coletivo 100% funcionando e comércio a cada dia mais intenso, com previsão de se intensificar ainda mais, já que restaurantes, lanchonetes e shoppings já estão com data certa para reabrir. Ontem, mais uma vez, a Rua Grande teve fluxo
de pessoas comparado à véspera de Natal.

O Maranhão já tem quase 50 mil casos confirmados da Covid-19. Mais de 1,3 mil mortes. Mesmo assim, a liberação de atividades tem sido a medida adotada pelo Governo do Estado, com a cobrança de que a população precisa fazer a sua parte.

Um ranking da Covid-19 dos estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), mostra que o Maranhão é um dos cinco que não fizeram boas escolhas para conter a pandemia. Outros, como a Bahia - que tem mais que o dobro de habitantes que o Maranhão -, aparece em melhor condição.

Única mudança
De novidade mesmo, Dino - após questionamentos de jornalistas - falou sobre o retorno das aulas em toda a rede de ensino.

Segundo o comunista, a previsão de 15 de junho foi substituída pelo próximo 1º de julho. Segundo o governador, ainda não há possibilidades para o retorno das aulas.

No entanto, as definições sobre as normas de segurança sanitária já estão disponíveis no decreto da semana passada.

“Culpa de Bolsonaro”
Ao ser questionado sobre os registros de aglomeração em praias da Grande Ilha e em estabelecimentos do estado no último fim de semana, Flávio Dino citou a "facção política", segundo ele, do presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com Dino, a falta de interesse da União em conduzir a postura dos Estados e Municípios dificultou o combate à doença.

O comunista voltou a afirmar que os flagrantes de aglomerações em comércios foram objeto de fiscalização do poder público.

Contradição
Segundo o governador, o isolamento social não tem sucesso porque o presidente da República conspirou contra a ideia.

O problema é que este argumento contradiz a prática, já que decisão do STF – com direito a comemoração do governador maranhense – dá aos estados a decisão das ações sobre a pandemia.

Afinal, a contaminação e as mortes são de responsabilidade do governo federal ou do governo estadual?

Sem dados
Desde que começou a pandemia, Flávio Dino menciona a realização de fiscalizações para verificar o cumprimento das medidas sanitárias no estado.

Ao falar do tema, fez questão de frisar as "dezenas de centenas" de fiscalizações.

No entanto, o gestor não apresentou dados concretos sobre o tema e tampouco se foi necessária qualquer sanção aos empresários desobedientes.

Recuperação
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, postou em suas redes sociais vídeo das obras de recuperação do trecho da BR-135 no Maranhão entre Miranda do Norte e Caxuxa.

De acordo com o gestor, os serviços são um compromisso do presidente Jair Bolsonaro com os maranhenses. Ele citou o benefício para o escoamento da produção ao Porto do Itaqui.

Sobre a postagem, o deputado Pastor Gildenemyr se manifestou agradecendo ao ministro o empenho.

DE OLHO

R$ 4,9 milhões É O VALOR que é pedido para ser devolvido pelo Estado em ação do deputado federal Edilázio Júnior em relação
à compra de respiradores que nunca foram entregues.

Interesses próprios
Petistas do Maranhão contestaram informações de O Estado sobre os caminhos do partido nas eleições em São Luís.

Com um partido dividido em alas (que nitidamente trabalham com “informações” próprias cada uma), mais que normais as contestações.

O fato é que, mais uma vez (assim como em 2018 com o apoio a Eliziane Gama para o Senado), será da direção nacional a decisão sobre como o PT funcionará em São Luís.

E MAIS

• Uma das contestações foi do deputado estadual Zé Inácio, que lançou manifesto – e que foi tema de abordagem da coluna – para a confirmação de candidatura.

• No entanto, não há como confirmar qualquer candidatura antes que o PT entre em mais um de seus processos “democráticos” que levam a jogos duros por interesses individuais dos petistas.

• Os petistas já iniciarão debate com pré-candidatos que querem o apoio do partido ainda esta semana. É provável que tal debate comece com Duarte Júnior (Republicanos).

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