Sílvia Mochel - médica

"Nossa missão é salvar vidas"

À frente da Diretoria Médica do Hospital São Luis, Sílvia Mochel conta que, para vencer a pandemia do coronavírus, caminha lado a lado com um batalhão de profissionais focados e empenhados em dar o seu melhor para que os pacientes retornem o mais rapidame

Evandro Júnior/ Da equipe de O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
A diretora médica do HSLZ e do Hospital e Maternidade Natus Lumine, Sílvia Mochel
A diretora médica do HSLZ e do Hospital e Maternidade Natus Lumine, Sílvia Mochel (SILVIA MOCHEL)

SÃO LUÍS- A rotina profissional da médica pediatra Sílvia Mochel sempre foi intensa e cheia de responsabilidades. Só que agora ela e sua equipe redescobriram-se desafiados pela pandemia do novo coronavírus. O trabalho está mais intenso e é preciso driblar o cansaço e as dificuldades impostas pela doença.

Há nove anos, ela responde pela Diretoria Médica do Hospital São Luis / HSLZ e sob seu comando estão 350 médicos, divididos em 30 especialidades. Além disso, Mochel é diretora médica do Hospital e Maternidade Natus Lumine, outra empresa do Grupo Mercúrio.

“Nós criamos uma Unidade de Triagem de Síndrome Respiratória, bem como expandimos a unidade de internação, com mais 31 leitos, sendo 21 de Enfermarias e 10 de UTI, dedicados aos pacientes com Covid-19. Foram contratadas novas equipes médicas para atendimento exclusivo a pacientes com sintomas clínicos respiratórios, pois não poderia haver cruzamento de fluxo de pacientes. O setor específico recebeu o nome de Centro de Triagem de Síndrome Respiratória Aguda”, conta.

Conforme a médica, todo esse processo de construção, contratação e adequação foi colocado em prática em tempo recorde, com todo o apoio do Conselho de Administração, da Diretoria Geral e da equipe multidisciplinar. Ela revela que, nesse momento de pandemia, é fundamental o apoio dos médicos de outras especialidades, como Anestesia, Urologia, Proctologia, Cirurgia Geral, Cardiologia e outras, que se colocam à disposição para somar nesse atendimento, além da equipe dedicada exclusivamente aos pacientes que testam positivo.

“Tem sido fundamental esse apoio de todas as áreas do hospital. E deixo aqui meu reconhecimento e agradecimento a cada um desses maravilhosos profissionais do HSLZ, médicos e demais profissionais multidisciplinares. Registro minha homenagem a todos no nome do nosso colega médico, Dr. Aminadabe Sousa, e da nossa equipe de enfermeiras, representada por Nilde e Agostinha”, agradece.

Protocolos - Para garantir a qualidade que sempre foi a marca registrada nos atendimentos do HSLZ, foram criados, segundo Sílvia Mochel, fluxos, protocolos e treinamentos específicos para o enfrentamento da Covid-19, com constantes adequações em todos esses processos, quase que diariamente. Os protocolos foram elaborados e institucionalizados pelas equipes médicas, Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, equipe de Enfermagem e o apoio da Consultoria de Infectologia Qualis.

Sílvia explica que os principais protocolos são: Manejo Clinico do Paciente, Atendimento ao Paciente, Diagnóstico, Tratamento Medicamentoso e Cuidados Pós Óbito, entre outros. Mesmo com tantas regras, cuidados e rigorosos protocolos, a contaminação médica é inevitável, ou seja, outro fator a ser driblado nessa pandemia:

“Nós tivemos muitos profissionais contaminados. Porém os que ficaram não se abateram e seguiram em frente com serenidade e sabedoria de que naquele momento não poderíamos parar, teríamos de prosseguir. Essa união e compromisso com a missão médica tem sido o nosso alicerce. Assim, substituímos os colegas afastados até a sua pronta recuperação e volta ao trabalho. Nunca um trabalho de time fez tanto sentido. Um revezamento mesmo, onde mantemos a mesma dedicação e o propósito de vencermos essa pandemia salvando vidas”, explica.

O esforço, cansaço e adversidades têm valido a pena, pois o HSLZ tem devolvido a muitas famílias seus pais, mães, filhos, esposos e esposas. Vidas salvas graças a essa união profissional e que são celebradas a cada alta hospitalar. Momentos de pura emoção não apenas para as famílias que recebem seus familiares de volta, mas para todos os profissionais envolvidos nessa missão, que se sentem recompensados com o prêmio máximo, que á a vida humana recuperada.

“Com mais e mais curas sendo obtidas, até já conseguimos relaxar um pouco mais e sorrir, também chorar e celebrar cada paciente que devolvemos ao seu lar. E isso com um atendimento sempre pautado pela humanização e pela qualidade. Estamos focados na missão de tratar e salvar o maior número de vidas possível”, finaliza.

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