Aquecimento

Setor comercial da Grande Ilha registra boas vendas nesta semana

Comerciantes conseguiram lucrar, mas artigos juninos não ganharam destaque nas vitrines, como é de costume no período junino

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Rua Grande lotada de consumidores; preocupação de contaminação do coronavírus, mas lucro aos comerciantes
Rua Grande lotada de consumidores; preocupação de contaminação do coronavírus, mas lucro aos comerciantes (Rua Grande)

São Luís - O comércio da Grande Ilha teve aquecimento no decorrer desta semana, mas, os artigos juninos não ganharam destaque nas vitrines, como é de costume todos os anos durante o mês de junho, e a procura por esse tipo de produto está muito baixa. As lojas, por determinação do Governo Estadual, passaram por mais de 70 dias de portas fechadas, como uma das formas de evitar a proliferação da Covid-19, novo coronavírus, que segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), já resultou em mais de 1 mil óbitos em todo o estado.

O movimento na Rua Grande, localizada no Centro, que é considerada como a principal área comercial da capital, está sendo intenso. Ainda ontem, no período da manhã, várias pessoas transitavam pela via, e a maioria tinha como um dos objetivos fazer compras e encontrar bons preços.

A funcionária pública, Amélia Silva, de 47 anos, disse que ficou sabendo que alguns pontos comerciais da Rua Grande estavam realizando queima de estoque. “Minha vizinha contou que várias lojas estão vendendo artigos baratos para desafogar o seu estoque, então, vim aproveitar esse momento para comprar de uma forma barata”, comentou.

Edson Soares, que é gerente de uma loja de confecções, informou que as vendas melhoraram bastante durante esta semana e a procura por roupas de crianças e do sexo feminino, é grande. Inclusive, a direção do ponto comercial solicitou novas peças. “As vendas estão boas, e os preços também”, frisou o comerciante.

Ele ainda afirmou que a entrada dos clientes está sendo controlada e somente possuem acesso ao salão principal da loja usando máscara e após higienizarem as mãos com álcool em gel. “A loja está aberta e obedecendo os critérios impostos pela Vigilância Sanitária”, frisou Edson Soares.

Karla Cristiana Serra, que é vendedora de uma loja de artigos femininos, frisou que as vendas se elevaram nesta semana, mas, ainda não deu para recuperar o prejuízo que o estabelecimento teve por ficar fechado.

A vendedora também disse que as vendas devem aumentar com o Dia dos Namorados, 12. “Ainda não podemos renovar o estoque, pois, há muitas peças, mas, devem sair nas próximas semanas. Sempre temos um bom lucro no período das vendas do Dia dos Namorados”, declarou Karla Serra.

Adereços juninos
Durante os meses de maio e junho é comum encontrar vários adereços juninos em destaque nas vitrines, mas, neste ano o cenário está diferente. Almeida Castro, que é gerente de uma loja no Centro, disse que por não haver festa de São João neste ano, os artigos juninos não estão tendo uma atenção especial.

Ele ainda ressaltou que não tem diversidade dos produtos. “Na loja, há apenas camisas quadriculadas e as máscaras com imagens que fazem referência ao período junino, mas, a procura por esses produtos é muito baixa”, explicou o comerciante.

José Carlos Santos, que é proprietário do Bazar o Bonitão, afirmou que a venda de fogos de artifício caiu 80%, e não renovou o estoque. “Neste ano, estou vendendo apenas os artigos que estavam na loja. A venda caiu muito. No ano passado tive até clientes até de outras cidades”, contou o empresário.

Grande fluxo
O bairro João Paulo, também considerado como grande área comercial da cidade, apresentava ontem um grande fluxo de pessoas. O comércio estava de portas abertas, a circulação de consumidores era intensa. Havia vários ambulantes instalados ao longo da Avenida São Marçal e as paradas de coletivos lotadas. “Estou aproveitando o momento em que o comércio pode funcionar para poder ganhar o dinheiro para o sustento da minha família”, disse a vendedora ambulante, Eliane Rocha, de 45 anos.

Maria Nazaré, que é proprietária de uma loja de confecções, disse que nestes últimos dias vendeu bastante, mas, ainda não renovou o estoque. “As vendas estão boas, mas, somente iremos recuperar esse prejuízo com as vendas do Natal”, destacou a empresária.

Abertura comercial
O Governo do Maranhão determinou a abertura do comércio desde o último dia 1º, de forma gradual, e construiu um pacto e protocolos de segurança sanitária. Os estabelecimentos poderiam funcionar, mas, é obrigatório o uso de máscaras, proibição aglomeração; oferecimento de água e sabão ou álcool em gel aos clientes e funcionários; e distanciamento social de dois metros entre trabalhadores e entre usuários/clientes.

É preciso, também, manter os ambientes arejados e intensificar a limpeza das superfícies. Deverão ser afixados cartazes dizendo que a empresa segue os protocolos obrigatórios. A portaria traz os modelos dos cartazes, que também podem ser vistos e baixados em seinc.ma.gov.br ou corona.ma.gov.br.

Dependendo da evolução da pandemia da Covid-19, o Governo, a partir do dia 15 de junho, pode determinar o retorno de outros tipos de ramo comercial como sapatarias, pontos comerciais em shopping centers, com exceção de praças de alimentação, cinemas, áreas infantis, restaurantes e a realização de eventos. Somente no dia 20 que pode haver o funcionamento de academia, enquanto, bares, restaurantes e praças de alimentação em shoppings a partir do dia 29.

O Estado entrou em contato com assessoria de comunicação do Governo e da Prefeitura, para saber informações sobre o resultado da fiscalização na área comercial e avaliação da abertura do comércio, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

SAIBA MAIS

Denúncias

O descumprimento das normas sanitárias gerais pode gerar sanções administrativas e encaminhamento ao Ministério Público para que sejam feitas as devidas responsabilizações penais, civis e trabalhistas. Qualquer cidadão pode fazer denúncias, de preferência com fotos ou vídeos, pelo WhatsApp da Vigilância Sanitária: (98) 99162-8274, (98) 98356-0374 e (98) 99970-0608.

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