Maranhão

MA aplicou quase R$ 500 mi no combate a Covid-19

Dados são da Secretaria Estadual de Saúde (SES) que apontam investimentos superior a meio bilhão de reais em cerca de 70 dias desde o início a pandemia; parte desta verba veio do Governo Federal

Gilberto Léda/ Da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Flávio Dino fala em meio bilhão de investimentos contra a pandemia do novo coronavírus no Maranhão
Flávio Dino fala em meio bilhão de investimentos contra a pandemia do novo coronavírus no Maranhão (Flávio Dino)

Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Maranhão apontam que, até o início do mês de junho, com dois meses e meio desde a decretação de estar de calamidade em virtude da pandemia do novo coronavírus, o combate à Covid-19 já consumiu algo em torno de R$ 500 milhões.

Desse total, segundo a SES, R$ 360 milhões foram oriundo diretamente do tesouro estadual. Outros R$ 102 forma repassados diretamente pelo governo federal - sendo R$ 59,5 milhões via Ministério da Saúde e R$ 43 milhões através de emendas parlamentares da bancada maranhense em Brasília.

Além disso, o Estado ainda recebeu mais R$ 44 milhões oriundos do Fundo Amazônia. Nesse caso, o recurso deveria ser destinado ao combate a queimadas. Mas, diante da crise sanitária da Covid-19, o ministro o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a liberação da verba para ações contra a expansão do vírus.

A liberação dos recursos contou com a anuência da União (através da Advocacia Geral da União), da Procuradoria Geral da República, do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.

Os valores já aplicados para tentar-se conter o avanço da pandemia corroboram declaração recente do governador Flávio Dino (PCdoB), de que o custo da crise sanitária, para o Maranhão, chega perto da casa dos R$ 170 milhões por mês - ele corrigiu-se em maio, após haver anunciado um aumento de gastos da ordem de “apenas" R$ 50 milhões.

Leitos

Boa parte dos recursos tem sido investida na abertura de novos leitos exclusivos para pacientes infectados pelo novo coronavírus. Ainda de Acordo com a Secretaria da Saúde, no início da pandemia a rede estadual contava com 232 leitos.

Atualmente são mais de 1,6 mil, número que deve aumentar em junho com a entrega de novas unidades hospitalares. Além do Hospital de Campanha de Santa Inês, entregue na última segunda-feira (1°), estão previstos novos leitos de UTI e enfermaria nos municípios de Lago da Pedra, Pedreiras, Santa Luzia do Paruá e Viana.

“Seguimos com o nosso trabalho de ampliar o número de leitos por todo o estado. Essa é uma das estratégias do Governo para combater a pandemia do novo coronavírus no Maranhão. A nossa preocupação em oferecer atendimento aos diagnosticados com a doença já nos fez criar 1.680 leitos exclusivos para a Covid-19. E seguimos em expansão, certos de que todos os esforços estão sendo realizados para vencermos a pandemia”, diz o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.

Flávio Dino: investimento público é caminho

Enquanto promovem ações para conter a crise sanitária, lideranças de todo o país projetam medidas para superar a crise econômica advinda da pandemia.

Na quarta-feira (3), durante videoconferência com professores do Instituto de Economia da Unicamp, o governador Flávio Dino destacou que segue acreditando que o investimento público será fundamental para a ultrapassar a turbulência da economia no pós-Covid-19.

“Não há dúvidas de que estados e municípios devem ser veículos de realização de obras, obras com velocidade, que garantam emprego e trabalho para milhões de pessoas, inclusive para as empresas. Um programa robusto de obras públicas é essencial para saída de uma crise dessa dimensão”, destacou.

Ao falar sobre a dimensão econômica do federalismo, o governador defende que é necessário encontrar caminhos de financiamento não só do setor privado, mediante crédito, mas também de efeitos positivos decorrentes do conjunto das atividades econômicas. “Não há margem de dúvida de que o setor público tem papel decisivo. E isso se refere ao segmento de bancos públicos, não só na dimensão do fomento das atividades privadas, mas também no sentido de encontrar formas de financiamento de investimentos que alavanquem os setores que são intensivos no emprego de mão-de obra e que podem redundar no crescimento do PIB, como por exemplo, a construção civil”, afirmou o governador.

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