Internet

De cada 10 ataques na internet, nove têm motivação financeira

Relatório de Investigações de Vazamentos de Dados 2020 mostra que na média dos países da América Latina, 93% dos casos ocorrem por atores externos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
curitiba  Um dos levantamentos mais consistentes no mundo sobre segurança cibernética – o Relatório de Investigações de Vazamentos de Dados 2020 (DBIR 2020, na sigla em inglês), da Verizon – mostra que motivações financeiras têm predomínio absoluto entre
curitiba Um dos levantamentos mais consistentes no mundo sobre segurança cibernética – o Relatório de Investigações de Vazamentos de Dados 2020 (DBIR 2020, na sigla em inglês), da Verizon – mostra que motivações financeiras têm predomínio absoluto entre (segurança digital)

CURITIBA - Um dos levantamentos mais consistentes no mundo sobre segurança cibernética – o Relatório de Investigações de Vazamentos de Dados 2020 (DBIR 2020, na sigla em inglês), da Verizon – mostra que motivações financeiras têm predomínio absoluto entre os ataques na internet. Representam cerca de 90% das ocorrências, segundo a pesquisa.

O DBIR 2020 traz dados referentes a 2019. Em função da crise socioeconômica decorrente da pandemia do novo coronavírus, há tendência de que a situação se intensifique neste ano. Na avaliação da Apura Cybersecurity Intelligence – empresa brasileira especializada em segurança cibernética, e única no país a participar dos levantamentos da Verizon – é razoável acreditar que a maioria dos ataques continuem sendo executados por atores externos às organizações vítimas dos ataques.

“Porém, devido à prevalência de home office no período de pandemia, é possível que haja um aumento na ocorrência de vazamentos ou invasões devido a falhas por parte dos agentes internos das empresas, seja no manuseio e controle das senhas, seja na baixa segurança dos equipamentos pessoais ou ainda por vulnerabilidades em aplicativos utilizados na comunicação entre empresa e funcionários”, observa o fundador e CEO da Apura, Sandro Süffert.

A Apura também demonstra preocupação com o aumento nos casos de ransomware (software invasor e se apropria de dados e cobra resgate) e a necessidade das empresas se prepararem para evitar o contágio e proteger melhor os dados sob sua tutela, em especial no Brasil, onde a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) está em iminência de entrar em vigor.

América Latina e Brasil

O relatório da Verizon constatou, em 2019, um total de 32 mil ataques, e em torno de 4 mil invasões virtuais, executadas em 81 países. Na América Latina (em que inclui o Brasil), a proporção de ataques por motivações financeiras é próxima à média mundial: 87%.

Segundo o DBIR, 93% dos ataques identificados em organizações da América Latina foram promovidos por atores externos às organizações que foram vítimas de tais ataques. Isso referenda a importância de governos, empresas e sociedade estabelecerem a proteção cibernética como estratégica para a política, economia e a vida das nações, avalia Sandro Süffert. “Nesse sentido, é preciso investir em desenvolvimento de sistemas de prevenção, detecção e ação diante das ameaças e dos ataques efetivados.”

A Apura destaca que os ataques cibernéticos se intensificam e se especializam a cada ano. As ameaças avançadas e persistentes (Advanced Persistent Threat, em inglês) direcionam ataques específicos e de maior complexidade ao seu alvo de interesse. Portanto, é importante que as empresas e governos se protejam com tecnologias de proteção adequadas à sua realidade.

“A questão da língua é outro fator importante no Brasil. Por ser o maior país de língua portuguesa no mundo, ataques de phishing ou SMSishing ocorrem em português para os alvos brasileiros.”, adverte Sandro Süffert.

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