SÃO LUÍS - O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu em um discurso feito nesta terça-feira que tentará curar as divisões raciais dos Estados Unidos e repudiou a reação do presidente Donald Trump aos protestos contra o racismo e a má conduta da polícia.
Falando na Filadélfia —uma cidade abalada por manifestações às vezes violentas nos últimos dias—, o ex-vice-presidente norte-americano tentou traçar um contraste vívido entre ele e Trump, a quem enfrentará na eleição presidencial de 3 de novembro.
“O país está clamando por liderança, liderança que possa nos unir”, disse Biden em seu primeiro grande discurso em semanas. Biden, que foi vice durante oito anos de Barack Obama —o primeiro presidente negro dos EUA—, se retrata como o candidato que entende melhor o sofrimento e o pesar de longa data das comunidades negras do país.
Ele disse que o assassinato de George Floyd, homem negro morto por um policial branco de Mineápolis na semana passada, foi um “despertar” para a nação, que precisa forçá-la a encarar a mácula do racismo sistemático.
“Não podemos partir neste momento pensando que podemos virar as costas mais uma vez e não fazer nada”, afirmou o democrata. “Não podemos”.
Críticas a Trump
Biden criticou particularmente a visita do republicano Trump na segunda-feira a uma igreja diante da Casa Branca, antes da qual agentes das forças de segurança dispersaram uma multidão próxima da igreja com bombas de fumaça e granadas de atordoamento.
“Podemos ser perdoados por acreditar que o presidente está mais interessado no poder do que no princípio”, disse Biden.
Biden prometeu que “não traficará com o medo ou a divisão”, nem “atiçará as chamas do ódio”.
Katrina Pierson, assessora sênior da campanha de Trump acusou Biden, em um comunicado emitido após o discurso, de fazer “o cálculo político grosseiro de que os tumultos na América são um benefício para sua candidatura”
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