Homenagem

Busto de Celso Magalhães será colocado na Praça Panteon

Fixação do busto do promotor é fruto de Termo de Cooperação assinado entre o Ministério Público com a Prefeitura de São Luís

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Celso Magalhães será homenageado com busto na Praça do Panteon
Celso Magalhães será homenageado com busto na Praça do Panteon (celso magalhães)

São Luís - O busto do promotor Celso Magalhães (1849-1879), patrono do Ministério Público do Maranhão (MPMA), passará a figurar junto a outros intelectuais que estão expostos na Praça do Panteon, Complexo Deodoro, no Centro de São Luís.

A colocação do busto é fruto de um Termo de Cooperação Técnica assinado pelo MPMA com a Prefeitura de São Luís. Assinaram o acordo o procurador-geral de Justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho e o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Junior.

A iniciativa é resultado de proposta apresentada pela comissão gestora do Programa Memória Institucional do MPMA. A ideia é colocar o busto de Celso da Cunha Magalhães, junto ao conjunto de esculturas já existentes naquele logradouro. Além de o promotor público ser o patrono da instituição, foi um importante literato do século XIX.

Pelo termo, cabe ao Ministério Público a elaboração do projeto e a confecção do busto, em bronze, como réplica do que se exibe desde de 2004 no Memorial do MPMA, com pedestal no padrão dos que já existem na Praça Panteon.

Já a Prefeitura deverá disponibilizar espaço adequado no referido local e realizar a montagem do busto conforme o projeto desenvolvido pela instituição ministerial. Não haverá repasse de recursos financeiros entre os participantes.

“Este é um importante passo para difundir a memória do Ministério Público do Maranhão, disponibilizando ao público, de forma destacada, na mais movimentada área do Centro de São Luís, a imagem daquele que foi o pioneiro dos ideais de ética e defesa dos direitos da nossa instituição”, ressaltou o procurador-geral de justiça, Luiz Gonzaga Martins Coelho.

Perfil

Celso Magalhães é patrono da cadeira número 5 da Academia Maranhense de Letras (AML). Celso da Cunha Magalhães nasceu na fazenda Descanso, no hoje município de Penalva, a 11 de novembro de 1849 e faleceu em São Luís, a 9 de junho de 1879. Estudou primeiras letras na sua cidadezinha natal, passou em seguida a São Luís e depois ao Recife, onde cursou a Faculdade de Direito, tendo colado grau em Ciências Sociais e Jurídicas. Estudante no Recife, participou de vários movimentos de renovação literária e cultural. Teve, marginalmente, na sua época, os olhos abertos para os estudos do folclore como ciência.

Acadêmico ainda, mas de pensamento maduro e alicerçada cultura humanística, publicou no Recife e em São Luís um magistral ensaio sobre a poesia popular. Regressando formado, foi nomeado por Gomes de Castro promotor público da capital, sendo demitido pelo Barão de Grajaú, por haver denunciado a esposa deste titular do Império, acusada da morte de dois escravos.

Celso Magalhães incursionou superiormente por diversos caminhos literários: o teatro, poesia, romance e ensaio, crítica literária, folclore. Colaborou ativamente nos jornais Semanário Maranhense, O País, O Tempo, de São Luís, e, em Recife, nas folhas Jornal do Recife, Correio Pernambucano, O Trabalho e Oiteiro Acadêmico.

É autor de obras como “Ela por ela”, novela; “Um estudo de temperamento”, romance; “A poesia popular brasileira”, estudo; “Crônicas Teatrais”, publicadas sob o pseudônimo de Giacomo de Mortorello no Jornal do Recife e no O País; “O Padre Estanislau”, drama; entre outras.

Reunião

Na manhã de sexta-feira, 29, foi realizada uma reunião, por videoconferência, para ratificar os termos do acordo. Participaram do encontro os membros integrantes do Programa Memória do MPMA, promotores de justiça Washington Cantanhede, Ana Luiza Ferro e Cláudio Frazão e o prefeito de São Luís, Edvaldo Holanda Júnior.

Na reunião, foi decido que a fixação e inauguração do busto ficará para momento posterior à pandemia.

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