Comportamento

Cresce a venda de produtos eróticos com o isolamento social

Levantamento do portal MercadoErotico.Org mostra aumento de 50% na venda de vibradores no período de isolamento social

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Mulheres casadas na faixa de 25 a 35 anos foram as que procuraram o item, de acordo com a pesquisa
Mulheres casadas na faixa de 25 a 35 anos foram as que procuraram o item, de acordo com a pesquisa (sexo)

SÃO PAULO-Levantamento do portal MercadoErotico.Org mostrou aumento de 50% na venda de vibradores no período de isolamento social. Mulheres casadas na faixa de 25 a 35 anos foram as que procuraram o item. Mais de 1 milhão de vibradores e consolos foram comercializados durante a pandemia no Brasil.

“O mercado está otimista porque as pessoas estão ociosas em casa e precisam inovar no relacionamento. Quem tem presença forte na internet e delivery está se saindo bem durante a quarentena e projetam um crescimento anual até maior do que a projeção de 8,45% citada em nosso levantamento” afirma Paula Aguiar, ex-presidente da ABEME (Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico) e autora da pesquisa inédita “Perfil do Mercado Erótico durante a Quarentena”.

Mesmo que o segmento esteja sofrendo o impacto dos decretos que fecharam a maioria das sex shops no país, a projeção é que haja poucas perdas já que o crescimento 2019 foi cerca 12%, quando o faturamento bateu R$ 2 bilhões.

Enquanto muitos outros setores tiveram decréscimo, o mercado erótico vendeu 4,12% a mais em relação ao mesmo período do ano passado. Houve um aumento de 50% na venda de vibradores e consolos somando mais de 1 milhão de itens dessa categoria comercializados em todo o país de março até agora.

Quem compra mais ainda são os casados somando 27,8% contra os 13,9% dos solteiros. A maioria é jovem ainda na faixa de 25 a 34 anos representando 51,4 % dos clientes dos lojistas pesquisados.

“Se adicionarmos também os 37,1% da faixa etária de 35 a 44 anos essa porcentagem sobe para 85% no total. Pela primeira vez mapeamos as compras dos casais. Eles estão escolhendo e decidindo juntos. Os jovens casais são os que mais estão sentindo a falta de diversão durante o isolamento social. Como não podem sair para jantar, happy hour, motel, viagens, baladas, eles tem visto nos produtos de sex shop uma saída para fugir do tédio e ao mesmo tempo descobrirem novos prazeres” comenta Paula.

Nos resultados parciais a pesquisa ainda mostra grande procura de mulheres por produtos sensuais, resultando em 65% da amostragem contra os 21,1% de homens.

A estratégia que mais tem sido usada pelos lojistas é montar um “kit sobrevivência sexual” contendo produtos eróticos para a exploração do prazer durante o isolamento.

Além disso, eles promovem sorteios nas redes sociais e rapidez no delivery, formando também grupos de apoio sexual no whatsapp. “As vendas estão se dando mais pelo Instagram e pelo Whatsapp” conta Paula sobre o levantamento.

Apesar de toda a restrição do decreto de quarentena em São Paulo, 50% de tudo o que está sendo vendido é no estado, principalmente via delivery e entrega rápida, seguido por Minas Gerais, Bahia e Goiás.

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