Hidroxicloroquina

Hospitais dos EUA têm forte redução no uso da hidroxicloroquina

As esperanças iniciais a respeito do medicamento foram baseadas em parte em experimentos de laboratório e suas propriedades anti-inflamatórias e antivirais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Pedidos do remédio caíram para um décimo do pico de março
Pedidos do remédio caíram para um décimo do pico de março (Hidroxicloroquina)

NOVA YORK - Hospitais dos Estados Unidos informaram ter recuado sobre o uso da hidroxicloroquina, droga contra a malária defendida pelo presidente Donald Trump como tratamento contra a Covid-19, depois de vários estudos sugerirem que o medicamento não é eficaz e pode representar um risco significativo.

As esperanças iniciais a respeito do medicamento foram baseadas em parte em experimentos de laboratório e suas propriedades anti-inflamatórias e antivirais. Mas até agora sua eficácia não foi comprovada em testes em humanos, e pelo menos dois estudos sugerem que pode aumentar o risco de morte.

Vários hospitais que há dois meses disseram à Reuters que usavam hidroxicloroquina frequentemente para pacientes com Covid-19 recuaram.

Os pedidos do medicamento caíram para um décimo do pico do final de março, para cerca de 125.000 comprimidos na semana passada, disse a Vizient Inc, compradora de medicamentos para cerca de metade dos hospitais dos EUA.

A redução significativa no uso é um sinal de que os médicos dos EUA não acreditam mais que o potencial benefício da droga supera os riscos. Nesta semana, alguns governos europeus proibiram o uso de hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19.

O médico Thomas McGinn, chefe-adjunto da Northwell Health, maior sistema de saúde de Nova York, afirmou à Reuters que decidiu parar de prescrever hidroxicloroquina em seus 23 hospitais em meados de abril, após surgimento de dados clínicos.

“As pessoas estavam em nossos hospitais, estavam morrendo e queríamos fazer alguma coisa”, lembrou.”, disse ele.l

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