Recursos federais

Flávio Dino diz não temer ação da PF sobre Covid-19 no MA

Governador comentou possível operação no Maranhão durante coletiva sobre medidas para o comércio

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
(Flávio Dino)

SÃO LUÍS - O governador Flávio Dino (PCdoB) comentou na sexta-feira, 29, durante entrevista coletiva por videoconferência, a possibilidade de o Maranhão também estar no radar da Polícia Federal por suspeita de algum desvio de recursos enviados pelo governo federal para o combate ao novo coronavírus (Covid-19) no estado.

Durante a semana, a notícia de que governos estaduais estariam na mira da PF ganhou ainda mais força após a deflagração da Operação Placebo, no Rio de Janeiro, que teve como alvos contratos da gestão Wilson Witzel (PSC) com empresas contratadas pela Secretaria de Saúde fluminense.

Segundo a coluna da Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) estaria investigando a gestão de oito governadores, entre eles o próprio Witzel e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

À imprensa maranhense, Dino declarou não temer qualquer investigação do tipo, desde que legitimamente deflagradas.
“Investigações legítimas, somos a favor e apoiamos. Mas não aceitaremos nenhum tipo de perseguição ou arbitrariedade. Sei bem como as coisas ocorrem; as normais serão bem-vindas, as anormais serão questionadas nos tribunais”, declarou.

Segundo ele, não há o que se temer porque nada de errado tem sido feito na gestão local dos recursos federais destinados ao enfrentamento da pandemia da Covid-19.

“Nós não tememos nenhum tipo de investigação de quem quer que seja, porque nunca fizemos nada errado. Eu sou e continuarei a ser ficha limpa, depois de 31 anos de serviço público. Há infelizmente uma tentativa de manipulação política muito visível”, completou.
Compartilhamento

Até o momento, o Governo do Maranhão já recebeu mais de R$ 100 milhões do governo federal desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a pandemia do novo coronavírus. Desse valor, algo em torno de R$ 60 milhões foram enviados diretamente pelo Ministério da Saúde, e outros R$ 43 milhões de emendas parlamentares de bancada – recursos já nas contas do Estado.

Além disso, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo Flávio Dino conseguiu mais R$ 44 milhões oriundos do Fundo Amazônia. A verba seria destinada ao combate a queimadas. Mas, diante da crise sanitária da Covid-19, o ministro o ministro Alexandre de Moraes, autorizou a liberação para ações contra a doença.

Já durante a última semana, o Maranhão garantiu mais R$ 1,6 bilhão do socorro emergencial a estados e municípios. Nesse caso, o dinheiro ainda não está nas contas, mas serão creditados R$ 982 milhões para o Estado e R$ 597 milhões às prefeituras.

Governador não comenta denúncia de hospitais fechados

Apesar de negar irregularidades na Saúde, o governador Flávio Dino preferiu não comentar denúncias do senador Roberto Rocha (PSDB) a respeito de hospitais que estão prontos, mas seguem fechados no interior do Maranhão.

No mais recente caso revelado pelo tucano, Dino aparece em vídeo de 2017 prometendo a inauguração de uma unidade de saúde em São Mateus para 2018. Rocha já mencionou nas redes, também, casos de unidades prontas, mas fechadas, em Carolina e Viana.

Questionado sobre esse assunto nesta sexta-feira, ele e disse não ter tempo para “acompanhar essas supostas denúncias” porque tem “muito trabalho a fazer à frente da gestão.

“Eu não costumo acompanhar essas supostas denúncias, eu realmente tenho muito trabalho a fazer, e muitos resultados. Então eu não perco tempo com certas atitudes que pouco constroem, e quem têm outros objetivos, de não colaborar com a saúde do povo do Maranhão”, declarou.

Para Dino, qualquer relato de irregularidade pode ser formalmente levado ao Ministério Público ou à Justiça.

“Eu não sei exatamente que denúncias são essas, ele [Roberto Rocha] ou qualquer um outro que formule perante o Ministério Público, tribunais, apresente, que nós vamos prestar os esclarecimentos necessários. Todas as obras estão em andamento e algumas são concluídas mais rapidamente e outras não. A obra de Viana está em fase final, teria que examinar Carolina, São Mateus. É muito simples não fazer nada e ficar apenas vivendo de supostas denúncias”, concluiu.

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