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Ranking Abad/Nielsen divulga as 5 empresas que mais faturam no MA

Estudo realizado pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) e consultoria Nielsen traz uma radiografia individual de todas as empresas participantes em todo o país, que neste ano somam 667 respondentes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Coletiva de divulgação do Ranking Abad/Nielsen 2020, realizada ontem por videoconferência
Coletiva de divulgação do Ranking Abad/Nielsen 2020, realizada ontem por videoconferência (Coletiva)

São Luís - A Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), em parceria com a consultoria Nielsen, divulgou ontem, por videoconferência, o ranking 2020 – ano base 2019, que traz também uma radiografia individual de todas as empresas participantes, que neste ano somam 667 respondentes. O Maranhão aparece com a participação de 15 empresas.

De acordo com Ranking Abad/Nielsen 2020, os cinco maiores faturamentos do setor no estado do Maranhão, em ordem decrescente, são as empresas: Fribal Franchising (R$ 549,4 milhões), Rofe Distribuidora (R$ 240,6 milhões), Distribuidora Medeiros (R$ 205,3 milhões), Centro Elétrico (R$ 170,6 milhões) e Armazém Rio Piranhas (R$ 103,3 milhões). Vale destacar que a Fribal Franchising está no top 10 das empresas com maior faturamento na região Nordeste.

Publicado desde 1994 pela Revista Distribuição, o ranking analisa anualmente os resultados e a atuação dos agentes de distribuição de todo o país, com informações relevantes para orientar planos estratégicos e investimentos do Canal Indireto.

O Ranking ABAD/Nielsen compõe uma significativa amostra que representa cerca de 40% do faturamento do setor. Ao responder o questionário, as empresas trazem números e dados reais sobre faturamento, tamanho da frota do setor, distribuição da atividade no território nacional, categorias de produtos mais comercializadas e intenções de investimentos, além das expectativas dos empresários para 2020.

Registro

Apurou-se ano passado que o setor atacadista e distribuidor atingiu nacionalmente o faturamento de R$ 273,5 bilhões, equivalente a participação de 53% no mercado brasileiro. Com isso, o setor registrou crescimento nominal de 4,5% e real de 0,19% frente a 2018.

É o 16º ano consecutivo em que a participação do setor permanece superior a 50%, reforçando sua abrangência e importância na economia brasileira. No ano passado, o atacado distribuidor registrou crescimento nominal de 4,5% e real de 0,19% sobre o ano anterior. O dado real foi deflacionado pelo índice oficial de inflação (IPCA) calculado pelo IBGE para 2019, que foi de 4,31%.

Para Nelson Barrizzelli, coordenador de projetos da Fundação Instituto de Administração (FIA), “o atacado distribuidor continua a desempenhar bem seu papel de levar produtos industrializados de amplo consumo aos mais de 5.500 municípios do país. Sem ele, não seria possível manter o abastecimento atual.” Ele também destaca que até mesmo com a competição mais acirrada e a queda do poder aquisitivo do brasileiro, o setor se fortaleceu e apresentou crescimento real.

Varejo independente

Emerson Destro, presidente da Abad, atribui a participação expressiva do setor no mercado à força do varejo independente. “É o canal indireto, fortalecido pela indústria, que abastece o pequeno e médio varejo, que está em crescimento. Esse movimento mostra a importância do setor atacadista distribuidor tanto no aspecto econômico quanto no social.”

Destro destaca ainda que a expectativa do setor antes da Covid-19 era positiva, com sinais promissores na economia, principalmente no início de 2020. “As empresas que atendem o varejo alimentar tiveram um primeiro quadrimestre positivo, de crescimento, embaladas pelo otimismo dos primeiros meses do ano e até pelo incremento provocado pela corrida da população aos supermercados, no início da pandemia. Mesmo em abril, com o receio de desabastecimento debelado, o aquecimento se manteve”, ressalta.

A expectativa positiva, porém, deve começar a arrefecer no segundo quadrimestre, em razão do aumento do nível de desemprego e, consequentemente, do poder aquisitivo. “Acredito que o consumo será mais racional, mais voltado para produtos essenciais e de primeira necessidade. Já começamos a perceber esse movimento em abril, com uma escolha mais diversificada de marcas e itens de menor valor agregado”, afirma o presidente da Abad.

Daí para frente, segundo Destro, o desafio das empresas do setor estará na adequação do portfólio oferecido ao varejista, a fim de reduzir o impacto da crise no ambiente de negócios. “Como somos um setor essencial, que vende produtos de primeira necessidade, a expectativa, no fim do ano, é de equilíbrio no faturamento. Mas temos consciência de que é um ano totalmente atípico, e o tamanho do desemprego e, consequentemente, da confiança do consumidor, vão ser determinantes”, conclui.

No entanto, em tempos de combate à Covid-19, e de quarentena, o consumo pelos brasileiros pode adquirir um contorno inovador, segundo Daniel Asp Souza, gerente de Atendimento de Varejo da Nielsen. “Com a pandemia, veio a retração econômica, que deverá impactar o consumo e mudar os hábitos de compra. Por exemplo, já detectamos maior procura por produtos de limpeza, higiene pessoal e vitamina.”

Daniel Souza acredita que o consumidor tende a escolher estabelecimentos com bom sortimento e preços competitivos, e que ofereçam serviços como delivery e um ambiente constantemente higienizado e de atendimento com proteção.

Mais

Por região

Na análise dos dados das empresas que responderam ao Ranking Abad/Nielsen 2020 nas duas últimas edições (2019 e 2020), a região que apresentou melhores resultados foi o Centro-Oeste, com crescimento de 12,1%, seguido do Nordeste, com 11,1%. O Sudeste apresentou crescimento de 8,7%, o Norte evoluiu 8,1% e o Sul cresceu 6,5%, no período estudado.

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