Higiene

Cuidados com os alimentos durante a pandemia

O coordenador da pós-graduação em vigilância sanitária e controle de qualidade de alimentos da Faculdade IDE, Fábio Portella, dá dicas para evitar contaminações

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Alimentos precisam ser higienizados
Alimentos precisam ser higienizados (higiene)

SÃO PAULO- Ser contaminado pelo novo coronavírus tem sido a grande preocupação de milhões de pessoas por todo o mundo e a prevenção continua sendo a melhor forma para evitar o contágio. Por isso, é muito importante lavar bem os alimentos que adquirimos no supermercado ou nas feiras livres para não acabar levando o vírus para casa e perdendo todo o esforço que fazemos não saindo de casa e mantendo o distanciamento social. Os cuidados que já tínhamos por causa de outros vírus e bactérias precisam ser redobrados.

“A maior diferença é que, antes, dificilmente a gente ia higienizar as embalagens. Já agora é fundamental, pois essas superfícies podem transportar o vírus. O que precisa ficar claro é que não somente nesta época, mas é um hábito que já deveríamos ter e devemos continuar tendo. Isso porque existe outros tipos de vírus que podem ser transportados através do alimento e podemos acabar se contaminando. Como estamos em um período de pandemia, essa necessidade se torna mais urgente”, esclarece o biólogo Fábio Portella, coordenador da pós-graduação em vigilância sanitária e controle de qualidade de alimentos da Faculdade IDE.

Uma das precauções é com as embalagens e cascas dos produtos que consumimos, por isso devemos seguir todas as instruções à risca. “Higienizar bem, colocar álcool 70 ou solução de hipoclorito nas embalagens plásticas. Os vegetais, frutas e verduras colocar em uma solução de hipoclorito de sódio solução 2,5% ou na água sanitária própria para alimentos e deixar eles imersos no tempo de 15 a 20 minutos. Depois enxaguar, secar e guardar na geladeira”, instrui o biólogo.

Ir ao supermercado ou a feira livre também não tem sido tarefa fácil e muitos ficam com medo de contrair o vírus em uma dessas saídas para comprar alimentos. Então, devemos ter alguns cuidados nestes locais. “Se puder, assim que manipular um produto, leve as mãos. Alguns locais possuem pia na sessão de hortifrúti. Usar máscara, manter distância das pessoas e andar com álcool, se possível, porque várias pessoas podem ter mexido naquele alimento e ter contaminado”, orienta Fábio Portella.

Depois de limpar tudo, os alimentos que vão para a geladeira ou para o armário estarão prontos para serem usados conforme a necessidade de cada um, mas é preciso ter cuidado com grandes quantidades e o tempo que passa para ser consumido, mesmo os refrigerados, pois pode estragar. “Se já fez higienização adequada para guardar, passar só uma água rápida, não se faz necessário passar por mais uma etapa de higienização, já que o produto estava guardado em segurança. Geladeira e congelador, que são baixas temperaturas, elas não matam microrganismos, ela reduz velocidade de crescimento. Vai estragar sim, só que mais devagar”, explica o coordenador da pós-graduação em vigilância sanitária e controle de qualidade dos alimentos da Faculdade IDE.

Delivery

Para evitar sair de casa diante dos riscos e do medo de contaminação, muitas pessoas estão recorrendo aos serviços de entrega para comprar os seus alimentos e receber produtos e até mesmo alimentos já prontos tem ajudado muita gente. Além disso, muitos profissionais continuam trabalhando, só que em casa e sem tempo para cozinhar acabam recorrendo para os aplicativos de comida.

Mesmo estando mais seguros recebendo tudo em casa, é preciso tomar cuidados para o vírus não vir junto. “No delivery, é preciso verificar se o entregador está de máscara e tomando os cuidados. Quando receber o alimento colocar álcool ou hipoclorito na embalagem e descartar essa embalagem para poder colocar na mesa. O ideal é colocar uma lixeira na entrada de casa para descartar os plásticos ali mesmo antes dessa comida entrar em casa”, ensina o biólogo Fábio Portella, especialista em segurança alimentar.

É preciso também pedir em lugares de sua confiança e quando o alimento chegar não precisa esquentar na tentativa de matar algum vírus ou bactéria. “Esses alimentos já vêm aquecido e não é necessário fazer novamente, a não ser que você esteja desconfiado do cozimento feito anteriormente. Se já está bem assado ou cozido, já atingiu a temperatura adequada. Se fizer esse aquecimento, que ele atinja a temperatura acima de 70 graus e permaneça nela por mais ou menos cinco minutos”, explica.

Refrigeração: Sobre o tempo que as comidas podem ficar na geladeira, vai depender também da temperatura. “Quanto menor a temperatura, mais tempo ela permite a conservação. Se coloca na geladeira vai durar um tempo e no congelador vai durar muito mais tempo. Se quer utilizar por tempo maior, congela em porções e esquenta conforme a necessidade”, revela.

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