Desinterdição

Área de desembarque da rodoviária de São Luís é liberada após reforma

Obras de infraestrutura necessárias à desinterdição se estenderam por 5 meses; terminal tem movimento fraco por causa da pandemia de Covid-19

Nelson Melo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Após a desinterdição da área de desembarque, obras são executadas no setor de embarque
Após a desinterdição da área de desembarque, obras são executadas no setor de embarque (terminal desinterditado)

Depois de cinco meses em reforma e de mais de um ano de interdição, a área de desembarque do Terminal Rodoviário de São Luís foi liberada. Os tapumes que isolavam o trecho foram removidos na tarde de ontem. Agora, estão ocorrendo reparos no setor de embarque, onde operários repóem as calhas. Na rodoviária, o movimento de pessoas ainda é tímido, com fluxo pequeno de passageiros, apesar da circulação de ônibus com o fim do lockdown na Grande Ilha.

Com a desinterdição, empreendimentos que estavam prejudicados, devido à dificuldade de acesso dos passageiros, reabriram, como o caso de um restaurante/peixaria, que fica na área de desembarque. Para proprietários de lanchonetes naquele trecho, a liberação do setor pode significar mais circulação de pessoas, dependendo da situação da pandemia da Covid-19. O fato é que os tapumes, agora, só estão no embarque, por conta da restauração das calhas, que apresentavam problemas na infraestrutura.

Segundo a gestora do Terminal Rodoviário de São Luís, Claudia Peres, a reforma na área de desembarque começou no dia 27 de novembro de 2019. O prazo era de seis meses para conclusão da obra, mas o serviço foi entregue um mês antes. “O trecho foi totalmente refeito. Havia muitos pontos ruins. Então, restauramos tudo. Retiramos uma parte e colocamos outra, tudo para proporcionar segurança aos passageiros, funcionários e demais pessoas”, frisou ela.

Claudia Peres comentou que, como a rodoviária de São Luís tem mais de 30 anos, alguns pontos precisam ser reparados, como é o caso das calhas e do teto no setor de embarque, onde os trabalhadores estão operando. Daquele trecho, eles irão para outro do Terminal Rodoviário. “A gente tem muitas melhorias para serem feitas. A área de desembarque está apta para uso, mas queremos uma rodoviária de excelência. Para isso, teremos que mudar algumas coisas”, pontuou a administradora.

Pouco movimento

Logo após o fim do lockdown na Grande Ilha, também conhecido como bloqueio total, fato ocorrido no último dia 17 de maio, os ônibus voltaram a trafegar na rodoviária de São Luís. No entanto, o fluxo de pessoas ainda é pequeno no local, como verificou o Jornal O Estado. Poucos passageiros aparecem nos guichês para comprar bilhetes. Praticamente, não se formam filas. Na área de embarque, muitas cadeiras permanecem vazias. Por outro lado, alguns estabelecimentos comerciais, que estavam fechados, foram reabertos.

A manicure Denise Freitas, de 23 anos, que estava comprando bilhetes, disse que pretendia viajar a Morros na próxima semana. Ela contou que nunca tinha visto o Terminal Rodoviário tão vazio, o que a deixou assustada. “Essa pandemia mudou tudo. Nós vemos isso na imprensa e também ao vivo. Mas eu acredito que as coisas vão melhorar. Quando menos esperarmos, a rotina voltará ao normal e teremos dias melhores. É o que aguardamos”, observou ela.

Segundo Claudia Peres, a população ainda está temerosa nesse momento crítico, o que influencia diretamente na quantidade de pessoas na rodoviária. “A gente percebe um movimento tímido. Nós observamos que a quantidade de ônibus está menor. Existem os ônibus, mas a procura está muito pequena. Está muito difícil para eles operarem dessa forma”, comentou a gestora do Terminal Rodoviário de São Luís.

Início da reforma

Após mais de 5 meses de impasses, com reviravoltas que impediram o início da reforma do Terminal Rodoviário de São Luís, as obras no telhado da edificação começaram no final do ano passado, mais precisamente, no dia 27 de novembro. A empresa responsável pelo procedimento foi contratada pela Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico Ltda (Sinart), que protagonizou uma disputa judicial com a A RMC Comércio e Serviços Ltda para a administração da rodoviária em 2019.

Os trabalhadores utilizaram torres de andaimes de sustentação e vários equipamentos de construção civil para as obras. Foram feitos vários reparos, como a troca das chapas de apoio aos parafusos, que estavam em condições precárias.

Higienização da rodoviária

Recentemente, houve uma ação de higienização no Terminal Rodoviário de São Luís, na tarde do último dia 5 de maio. Na ocasião, militares do 24º Batalhão de Infantaria de Selva (24º BIS) desinfectaram as instalações do local, por meio da utilização de uma solução de quaternário de amônio, que possui propriedades tensoativas, bactericida e fungicida. As equipes iniciaram o trabalho por volta das 15h, quando percorreram as dependências da rodoviária, para eliminar o parasita causador da Covid-19.

Utilizando roupas adequadas para a higienização, os militares do Exército se espalharam pela rodoviária, levando consigo os equipamentos para a operação. Foram desinfectadas as cadeiras, os bancos de pedra, as grades e os guichês, bem como a fachada de lojas e dos restaurantes localizados nas dependências do Terminal Rodoviário. As equipes se dividiram em “frentes” para a realização do trabalho, a fim de maximizar a ação de limpeza, que teve uma duração aproximada de 1 hora.

Foram deslocados 20 militares para a operação, tanto na execução como no apoio. Desde o início da pandemia no Brasil, o Ministério da Defesa estabeleceu 10 comandos conjuntos no território nacional, para fazer a coordenação das Forças Armadas em apoio às iniciativas locais. Sendo assim, seriam disponibilizados militares, material e a expertise das instituições nessa situação de calamidade pública.

A administração da rodoviária conseguiu os insumos para a desinfecção, mas os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ficaram por conta do Exército, que higienizou toda a área da edificação, exceto onde ainda estavam sendo feitas as obras. Para o serviço de limpeza, a Sinart procurou um material bem avançado para a operação, como é o caso do quaternário de amônio, que é muito eficaz no combate a micro-organismos patogênicos.

“Esse produto tem uma durabilidade de três meses, pois tem uma película que adere na superfície. Isso é muito importante porque garante a desinfecção, impedindo a propagação do vírus. Diariamente, nós fazemos a limpeza do Terminal Rodoviário com água sanitária, na proporção exata para a ação. Além disso, temos 20 pontos de álcool em gel e pias para que as pessoas possam fazer a higienização”, declarou Claudia Peres.

De acordo com ela, uma nova etapa da desinfecção pelo 24º BIS deverá ocorrer em breve, conforme o cronograma estabelecido para a higienização da rodoviária de São Luís.

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