SÃO LUÍS- O passeio curto somente na frente de casa, a higienização com água e sabão, principalmente, nas patas, brincadeiras mais intensas com o objetivo de gastar mais energia e evitar o estresse como ainda utilizando programas de televisão que trata de tema voltado para os pets. Estes estão sendo um dos cuidados que a técnica de enfermagem Sílvia dos Reis está tendo com o seu cão, João Frederico, da raça Beagle, durante esse período de pandemia do Covid – 19, novo coronavírus.

Até o momento, não há informações conclusivas sobre a transmissão da Covid-19 pelo contato direto com o animal de estimação, no entanto, os profissionais da área de saúde recomendam alguns cuidados para quem convive com os animais, considerando que as medidas quanto ao isolamento social fazem essa proximidade mais intensa.

Na Grande Ilha, é ainda o período de chuvas e acaba surgindo outros tipos de viroses, inclusive, tendo os pets como vítimas. A médica veterinária Patrícia Rocha, faz alguns alertas. “Alguns estudos, inclusive, um deles realizado pela Faculdade de Medicina Veterinária de Wisconsin, afirmam que atualmente ainda não há evidências que cães possam ser infectados pelo Covid-19. O coronavírus que conhecidamente afeta os cães não está associado ao atual surto, pois, pertence a um outro subtipo, o alphacoronavírus, causando problemas entéricos nos animais acometidos como diarreia e vômito e não são transmitidos aos seres humanos”, diz ela. A profissional listou algumas dúvidas.

Quais os cuidados que as pessoas devem deve tomar com o seu pet durante o período de pandemia?

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomenda que cuidados devam ser mantidos, como sempre lavar as mãos depois de manusear com os animais, evitando tocas na boca, olhos e nariz e mantendo os utensílios sempre limpos.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças faz algum tipo de alerta em relação ao contato entre o animal e a pessoa acometida pelo novo coronavírus?

O infectado deve limitar o contato com os animais, até que mais informações sejam conhecidas sobre o novo coronavírus e, se possível, peça que outras pessoas da família cuidem do seu pet.

Os passeios com os pets durante o período de pandemia também devem ser evitados?

As recomendações são as mesmas para os pets. As atividades externas devem ser evitadas durante este momento, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Nos casos dos animais, que só conseguem fazer as suas necessidades na rua, o seu tutor pode levá-lo para dar um rápido passeio, mas, longe de possíveis focos de contaminação.

Os pets são propícios a contrair doenças no período chuvoso?

Os pets são propensos a adquirir enfermidades no decorrer do ano todo, no entanto, no período de chuvas, algumas doenças ocorrem com mais frequência, sendo assim, os cuidados devem ser redobrados.

Quais são essas enfermidades, os sintomas e os cuidados?

Há várias doenças e uma delas é a Gripe Canina, conhecida também como “Tossi dos Canis”. Esta doença é muito comum entre os cães e causada por vírus e bactérias. Em gato, ocorre com frequência no decorrer de chuvas é Rinotraqueíte, principalmente, nos filhotes. Também ocorrem as doenças como a Cinomose, causada por vírus; a Leptospirose. Esta doença é devido as enxurradas que acabam carreando urina de rato com a bactéria causadora, contaminando assim diversos animais, sendo assim considerada uma zoonose. A prevenção é essencial. O animal de ver uma alimentação adequada, ambiente higienizado e protegido das chuvas como ainda a vermifugação e vacinação em dias. O tutor do animal deve sempre está em sintonia com o médico veterinário.

Como dever ser feito o tratamento dessas enfermidades?

O tratamento utilizado sempre deve ser indicado pelo médico veterinário, levando em conta o agente envolvido, peso, porte e raça do animal. Para evitar caso de intoxicação medicamentosa por uso indevido sem orientação médica.

Há doenças que os pets podem transmitir para o ser humano?

Algumas doenças em cães podem ser transmitidas de forma direta ao ser humano e vice-versa. Determinadas verminoses e uma delas é a Giardíase. É uma doença intestinal causada por um parasita e tendo como principal sintoma a diarreia aquosa e cólica abdominal. Ela é mais comum em áreas com más condições de saneamento básico e água contaminada ou em contato direto com os animais contaminados. A outra é a Leptospirose e o tratamento se dá de acordo com a avaliação do veterinário.

O tipo de ambiente em que vive o pet pode proporcionar doença?

Manter o animal seco, assim como, a casinha, caminha, ou almofada evita a umidade e com isso o aparecimento de fungos, que são causadores de doenças dermatológicas e respiratórias. Como ainda deve é necessário higienizar todos os utensílios do animal, inclusive, os brinquedos.

Saiba mais

• Pessoas que já contraíram o coronavírus devem evitar o contato com os animais, já que não há dados precisos sobre a infecção em pets
• Evite passear com os animais em lugares de grande circulação de pessoas
• Lave bem as mãos antes e depois de brincar ou tocar nos bichos
• A higiene das mãos com água e sabão é recomendada depois de manusear os alimentos e limpar a urina e as fezes do pet. Antes de colocar água e comida para o animal, deve higienizar as mãos para não contaminar as tigelas
• Restrinja passeios e interações. Idas ao veterinário devem ser feitas com precaução pelos tutores
• Ao levar o animal ao veterinário, chegue para ser atendido no horário marcado para não ficar na sala de espera junto com outros animais ou pessoas. O veterinário deve limpar o ambiente onde os animais são atendidos
• Ter um animal em casa é uma maneira de interagir e tirar um pouco desse estado de negatividade, medo e pânico. Pode fazer carinho, propor um convívio social

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