SÃO LUÍS- A atual crise, causada pela pandemia do novo coronavírus tem sido bastante debatida entre profissionais de diversos setores, entre eles o econômico-financeiro e, para clarear este cenário caracterizado por grandes incertezas, o assessor de investimentos Eric Falcão e Raony Rossetti, especialista em renda variável e foi responsável pelo segmento de renda variável das três maiores corretoras do Brasil, explicaram as particularidades deste momento em relação ao mercado financeiro e como a crise tem impactado na rotina dos investidores. Os profissionais explicaram como agir neste período e superar o momento adverso para investidores recentes e com perspectivas a longo prazo.

Em um bate-papo transmitido ao vivo em uma rede social, Rossetti lembrou que a crise desencadeada pela pandemia do novo coronavírus tem sido uma experiência inédita em todos os segmentos envolvidos direta ou indiretamente, desde área da saúde, à social e econômico-financeira. O que se tem visto é um intenso período de incertezas, marcado, principalmente, no início de março e destacou o que chamou de “primeiro grande aprendizado desta crise”.

“Existe uma diferença importante entre risco e incerteza, porque o risco você consegue, razoavelmente, mensurar com modelagens e premissas, mas a incerteza é como se estivéssemos vendados e saíssemos andando no escuro. No meu ponto de vista essas incertezas já estão sendo clareadas, mas no início de março, quando se instaurou, os investidores começaram a vender tudo aquilo que tinha preço e aí veio o primeiro grande aprendizado desta crise para pequenos e grandes investidores, que é a importância de manter uma reserva de emergência”, ressaltou Raony Rosseti.

Além de poder honrar compromissos importantes sem precisar interferir nos investimentos, a reserva de emergência pode ser utilizada para a compra de ativos normalmente valorizados que, eventualmente, fiquem mais baratos. “Mesmo antes da crise já costumávamos orientar nossos clientes sobre a importância de manter uma carteira em conformidade ao seu perfil de risco, seja conservador, moderado ou agressivo, e garantir essa reserva de emergência para poder aproveitar oportunidades e não precisar se desfazer de investimentos importantes”, reforçou Eric Falcão.

Para os investidores mais inexperientes ou recém chegados ao mercado financeiro, Rosseti orienta, antes de tudo, cautela. Segundo ele, o ideal, especialmente para quem está começando, é não ter pressa no momento de alocar seus artigos, sobretudo para investidores de longo prazo. “Acertar o timing, o momento perfeito, é preciosíssimo, mas é muito difícil e, provavelmente, um iniciante não vai conseguir. Então o melhor método, para quem está começando, é fazer alocações em alguns dias, em algumas semanas, se o seu horizonte é de longo prazo”, explicou.

Durante o bate-papo, os especialistas discutiram, ainda, sobre alguns setores da economia que representam oportunidades de investimento, além de vários produtos que estão disponíveis para o investidor, como renda fixa, multimercado, ações e derivativos. E, nesse sentido, destacaram a importância de adquirir conhecimento e o papel do assessor de investimentos e sua capacidade em auxiliar o investidor, inclusive na parte educacional.

“É importante ter um assessor de investimentos, porque ele está alinhado com o longo prazo e os sonhos do cliente. Mas também é fundamental conhecer o mercado, então dá pra começar lendo materiais básicos sobre macroeconomia, pra entender como funciona o mercado e, depois, ir pros ativos mais clássicos, que é o mercado de ações e títulos de renda fixa”, frisou Raony Rosseti.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.