Envelhecer I
A sociedade brasileira está envelhecendo. O IBGE constatou que, atualmente, a expectativa de vida no Brasil é de 73 anos.

O número de habitantes acima dos 60 anos saltará, no decorrer deste ano, apesar da pandemia, de 21 milhões para 30 milhões, e vai
ultrapassar os 55 milhões em menos de 30 anos.

Por volta de 2050, haverá, no Brasil, 73 idosos para cada 100 crianças. O estudo divulgou ainda que, no ano de 2050, a população brasileira será de aproximadamente 215 milhões de habitantes. No Maranhão, a radiografia é semelhante.

Envelhecer II
Envelhecer com qualidade e dignidade de vida é um desafio. Em alguns estados, várias ações já estão sendo agilizadas para proteger a pessoa idosa, como a distribuição de material informativo na rede escolar pública e particular alertando a respeito da violência contra a pessoa idosa.

A Assembleia Legislativa bem que poderia tomar a iniciativa de criar uma comissão em defesa da pessoa idosa.

O parlamentar que tiver essa iniciativa, certamente ganhará visibilidade a partir do momento em que for adotada no Estado uma rede
natural de proteção aos mais velhos.

As lives
A situação dos dias de agora, com isolamento das pessoas dentro de casa, propiciou a criação das lives, também como novo mercado
comercial na área de shows.

De casa, de um estúdio ou de onde bem entendem, cantores, cantoras ou conjuntos musicais passaram a atingir milhões de pessoas.

Em alguns casos, com patrocínios e até transmissão por TV, e possibilidades de alcançar um público ainda maior.

As lives 2
Então, acaba se concluindo que uma live tem todas as condições de superar em muito qualquer grande show feito num estádio de futebol de maneira presencial ou megacasa de espetáculos.

Da maneira que a população está receosa de ir a lugares fechados, dificilmente teatros e cinemas terão público no decorrer dos
próximos meses.

E também passam a ser enormes as possibilidades desta nova forma, pelo conforto e segurança que representam, se consolidar de
maneira definitiva no gosto do público e até dos próprios artistas.

Esta, sim, é uma questão para os próximos tempos.

Comitê de crise
Empenhados em colaborar ainda mais no combate à pandemia do novo Coronavírus, o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional do Maranhão, está formando um Comitê de Crise para expandir ações em favor do enfrentamento à Covid-19 no
Maranhão.

Em sua primeira reunião, realizada na última quarta-feira, um grupo considerável de profissionais qualificados para proposições de
ideias e ações nesse sentido se manifestaram sobre o projeto, para a partir dali estabelecer uma linha de intervenção em todos os níveis – fiscalização, técnico-científico, social e político.

Seletiva para o BBB-21
Conforme informação no site da Globo, para se inscrever no “BBB21” é preciso ter “pelo 18 anos ou 70 anos completos até 31 de
dezembro de 2020”. Em relação ao pessoal do chamado “grupo de risco”, dificilmente alguém terá vez na lista de participantes. Este ano, as seletivas vão acontecer nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. São Luis ficou de fora, mais uma vez.

TRIVIAL VARIADO
Benjamin Franklin diz que assistiu a Live em minha homenagem. E confessa que achou o programa maravilhoso. Foi, segundo ele, uma live emocionante. Depoimentos sinceros e quase todos de agradecimentos.

Diz mais: “Você é mesmo uma pessoa especial. Um mago das festas. Um jornalista diferenciado e muito inteligente e competente.
Uma pessoa amiga, agradável, alegre, bem humorada, papo agradável, brincalhão, sincero, direto e muitas outras qualidades.
Um agregador”.

E acrescenta: “Um grande filho, irmão, tio, padrinho e avô. Um avô de coração. Sua família tem em você um grande protetor. Todos lhe admiram e são gratos por tudo que você já fez para eles. Foram homenagens justas e sinceras. Com certeza você está feliz”.

E arremata: “Quem faz tanto o bem merece estar sempre bem. Que seu aniversário tenha sido o início de um novo tempo. Logo
estaremos comemorando e com muitos amigos, pois todos gostam e lhe admiram”.

Remotamente, o “ESPN League”, da ESPN, às 19h, vai receber convidados marcantes da NBA. Hoje, o brasileiro Anderson
Varejão. Já na segunda, o norte-americano Nick Anderson, que atuou pelo Orlando Magic e, nos anos 1990, teve rivalidade com
Michael Jordan.

Em busca de maior segurança para seus talento – diretores, técnicos, entre outros, as novelas e séries da Globo (aqui TV Mirante)
terão mais cenas gravadas em estúdio. Em um primeiro momento, entende-se que essa será a melhor solução, mas não a única.

No assunto: haverá, também, uma drástica redução de atores e figurantes em externas e cidade cenográfica. O trabalho em estúdio
será praticamente uma prioridade, e os autores já estão adaptando a estrutura de seus trabalhos para este novo momento.

Em tempo: o planejamento também se torna ainda mais indispensável para os próximos tempos, porque as novelas, dentro da proposta em discussão, passarão a ter uma grande frente de capítulos gravados, em um modelo semelhante ao adotado pelo SBT.

A reprise dos clubes brasileiros no futebol da Globo, aos domingos, deve seguir até 7 de junho. Uma semana antes da última reexibição, há o desejo de traçar uma nova linha de ação. A ideia é continuar com o futebol, mas convém aguardar. Há dezenas de filmes no arquivo, em um possível plano B.

Gusttavo Lima será a atração do programa “Música na Band Live” desta sexta-feira. O cantor tem batido recordes com suas lives.
Recentemente, circularam informações que a Globo pretendia colocá-lo no projeto “Em Casa”, aos sábados, mas não houve uma
manifestação oficial.

Disponível: até 8 de junho, a Globoplay vai disponibilizar para não assinantes três séries distribuídas pela BBC Studios. São as temporadas 5 e 6 de “Doctor Who”, a franquia há mais tempo no ar, protagonizada pelo ator Matt Smith.

DE RELANCE

Tato e outros sentidos
Ler uma crônica num jornal de papel ou no tablet digital? Ir à praia para ler, sob o guarda-sol, as notícias ou um romance num impresso ou num eletrônico?Os tempos correm em trilhos movediços, há bruscas mudanças nos costumes e nos intervalos se instalam
os períodos de transição, como nas novas aposentadorias. Tudo tem o seu tempo debaixo do sol, já dizia o Eclesíastes. O escritor Otto Lara Resende, por exemplo, sustentava que ler um jornal tinha os seus ritos. Como não gostava de computadores e a eles resistiu até a morte, jamais leu um texto nas ditas “redes sociais”.

Tato e outros sentidos 2
Otto era um legítimo “das antigas”. Para ele, o escrito devia chegar de manhãzinha em sua casa, sob a fresta da porta, na forma de um desejável intruso, um arauto ou um meirinho, com cheiro, propiciando o tato epitelial com o papel. Quanto ao livro – apesar de informado de que Margareth Mitchell, autora de “…E o Vento Levou”, já podia ser lida em E-books – precisava do tato consumado com o livro tradicional, dócil no passar das páginas, como se tudo fosse uma carícia ou uma despudorada bolina intelectual.

Tato e outros sentidos 3
E havia os cheiros, claro. Mais do que o tato, o olfato. É do livro impresso, feito com papel e cola, que o mundo há de sentir falta. O escritor americano John Updike, antes de partir desta para outras dimensões, mediu a saudade que sentiria do tradicional artefato: “Um livro se encaixa normalmente na mão humana, num aconchego sedutor, quer tenha capa de pano, de papel ou sobrecapa acetinada. Seu peso repousa no dedo mindinho da mão direita por horas a fio, sem que ele dê sinal perceptível de cansaço, enquanto o polegar mantém abertas as páginas para que os dedos da outra mão possam consumar a carícia de virá-las”.

Tato e outros sentidos 4
Eis-me aqui alternando o jornal virtual (a edição de hoje) com o jornal impresso, com cheiro e tudo, que circula amanhã. É quando me dedico à crônica, que, aliás, continua viva como um “descompromisso”, um coloquial literário, aquele recadinho que cabe assim em pouco mais de 50 linhas. É um lero-lero livre e “desinteresseiro”, embora o nosso primeiro cronista, Pero Vaz de Caminha, não tenha perdido a chance de nele encaixar um pedido nepotista: “Não poderia o senhor, meu Rei, perdoar meu sobrinho Jorge Ozouro, que foi
injustamente desterrado para a Guiné, acusado de haver se apropriado daquilo que “próprio não lhe era”? O cronista morreu antes de saber do perdão.

Lula e ato falho
O ato falho do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, durante uma entrevista à revista Carta Capital, acabou confirmando o que já vinha sendo percebido nas entrelinhas: o coronavírus tornou-se, pela sua capacidade de perturbação da saúde pública e da economia, o grande aliado das esquerdas, e dos demais adversários do presidente Jair Bolsonaro, na busca de um espaço de tomada do poder.

Lula e ato falho 2
Lula disse algo que, caso tivesse sido afirmado por Jair Bolsonaro, certamente já teria motivado manifestações do papa Francisco, da ONU, da OMS, de entidades de juízes que se autointitulam democráticos e tudo o mais alinhado ou aparelhado com o socialismo internacional. Para o principal líder da esquerda brasileira, “ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus. Porque esse monstro está permitindo que os cegos enxerguem, que os cegos comecem a enxergar, que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises”.

Dica para os leitores
É mais quem pede dicas do que ler nesta quarentena. Para lavar os olhos de tanta literatura pesada, sugiro A Relíquia. Uma obra-prima de humor de Eça de Queiroz. Teodorico Raposo, o Raposão, é sobrinho de uma senhora muito carola, com capela em casa. Ele, porque tinha interesses na herança da tia, fazia-se de santo, a ponto de realizar uma viagem à Terra Santa para trazer de lá uma relíquia do tempo de Cristo – uma empreitada com todos os ingredientes de riso infinito e coroada com um final arrasador, a demonstrar que não é tão fácil enganar velhinhas religiosas.

O que vem por aí
Tome nota: você, com certeza, já ouviu Renata Vasconcellos ou William Bonner dizer que eles usam máscaras na bancada do
“Jornal Nacional”porque estão em um “ambiente controlado”, no caso, o estúdio do telejornal, distantes um do outro e dos demais. E é por aí que vai caminhar a dramaturgia da Globo quando as gravações forem retomadas.

Para escrever na pedra:
“O que lembro, tenho" – escreveu, com imensa sabedoria, o “inventor” e redescobridor da língua portuguesa, João Guimarães Rosa em Grande Sertão, Veredas.

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