Estado Maior

Experimentando

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

O governador Flávio Dino (PCdoB) concedeu entrevista coletiva para dar mais detalhes de seu novo decreto, que permitirá a reabertura gradual das atividades comerciais em todo o Maranhão. Na verdade, as novas determinações não tiveram as explicações detalhadas que poderiam ser ditas.

Dino se prendeu a falar que a pandemia ainda existe em todo o mundo, algo que todos sabem. Que os casos no Brasil estão em pleno crescimento. Informação notória. Nesse caso, o fato de o Maranhão estar inserido nesse contexto trágico torna esperado o aumento do número de contaminados e mortes a cada 24 horas.

O governador disse ainda que os locais que não acompanham essa tendência nacional estão favorecidos por questões climáticas e de
desigualdades sociais. Contudo, o que poderia ser mostrado são dados de sua equipe técnica que mostrem ser este o momento para
iniciar o retorno de atividades no Maranhão. Não foi mostrada também uma previsão de queda da curva de contaminação.

De fato, o governador não detalhou os motivos que o levaram a decidir pela retomada das atividades, atendo-se a
enumerar alguns dados.

Ao final, Dino disse que se a “experiência” não funcionar, vai dar passos atrás. O problema é saber quantas vidas poderão custar essa tentativa de voltar à normalidade em plena linha de crescimento da pandemia no estado.

Testagem
Flávio Dino comentou na entrevista coletiva sobre a questão da testagem de pessoas com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus.

Segundo o comunista, a responsabilidade pela testagem é dos municípios, que repassam ao governo os testes realizados.

Ainda de acordo com o governador, estava havendo equívocos nos números de testes porque algumas prefeituras repassavam somente os testes que eram positivos, deixando de lado os que constatavam ser negativos.

É com os prefeitos!
A resposta do governador foi para justificar a questão dos mais de 200 mil testes enviados pelo governo federal ao Maranhão.

Por isso, Dino afirmou ser da responsabilidade dos prefeitos, que recebiam direto esses testes por meio do Ministério da Saúde.

Flávio Dino disse ainda que seria impossível a gestão estadual fazer a fiscalização quanto à quantidade de testes realizados em todo o
Maranhão.

Fiscalização popular
A novidade mesmo é um canal para que o cidadão possa denunciar atividades que descumpram as normas sanitárias e que causem
aglomeração.

Três números de WhatsApp foram disponibilizados para que as denúncias possam ser feitas. Fotos e vídeos poderão ser enviados.

O governador Flávio Dino reeditou uma ação do presidente José Sarney, em 1986, que foi chamada de “fiscais do Sarney”, que pedia à
população para denunciar alta de preços abusiva em supermercados.

Sem data
Sobre a volta às aulas, o governador deixou claro que não deverá retornar na data prevista no decreto anterior, que é dia 1º de junho.

Segundo Flávio Dino, é necessário proteger as crianças e, por isso, o retorno das aulas deverá ficar para a segunda quinzena de junho ou somente em julho.

Para justificar sua decisão, o comunista lembrou que outros países tentaram retomar as aulas, mas voltaram da medida.

Reunião
Antes de fazer uma coletiva para explicar sua decisão de retomar parte das atividades no Maranhão, o governador Flávio Dino participou de reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro.

A reunião, que teve a participação de todos os governadores, foi feita em clima de paz e tranquilidade entre o Congresso Nacional, o presidente Bolsonaro e os gestores estaduais e municipais.

Bolsonaro reuniu todos para falar da sanção do projeto de lei que prevê ajuda bilionária aos estados e municípios.

DE OLHO

R$ 1 bilhão DEVERÁ SER o valor destinado ao Maranhão quando for liberada a ajuda a estados e municípios, segundo projeto de lei aprovado na Câmara e no Senado e já sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Alfinetada
Sobre este encontro por videoconferência, Dino chegou a fazer elogio, considerando ser positiva a reunião. Mas não deixou de dar alguma alfinetada ao dizer que questões econômicas e sociais não foram abordadas na reunião. “Espero que o diálogo institucional se mantenha como regra, não como exceção”, publicou Dino nas redes sociais.

E MAIS

• O deputado Adriano Sarney (PV) propôs um projeto de lei para que todas as farmácias disponibilizem o aparelho oxímetro de forma gratuita pelo tempo que durar a pandemia.

• O projeto de lei especifica que: as farmácias deverão ter ao menos um oxímetro como medida pública para toda a população.

• Se aprovada a proposta, as farmácias terão 10 dias para se adequarem ao cumprimento desta Lei.

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