SÃO PAULO- Desde que foi divulgado pela primeira vez, o novo Coronavírus tem sido a principal notícia no Brasil e no mundo. Não à toa, a COVID-19 tem mudado a rotina da população e, com isso, grandes veículos passam a atualizar os dados sobre a pandemia diariamente.
No entanto, mesmo diante de inúmeras informações e com o aumento de novos casos surgindo rapidamente no país, muitas dúvidas têm surgido no que diz respeito as grávidas. Atento a esses questionamentos, o Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, responde algumas perguntas sobre o assunto
As precauções devem ser as mesmas seguidas por toda a população. Lavar as mãos regularmente por, no mínimo, 20 segundos, manter distância segura de outras pessoas, evitar tocar olhos, nariz e boca e, principalmente, evitar aglomerações. Além disso, seguir as orientações recomendadas pelo médico responsável pelo pré-natal.
Caso a mãe seja infectada, estudos recentes realizados pela JAMA Pediatric, apontam que, apesar de raro, é possível sim a transmissão da Covid-19 para a criança. Porém, ainda não é um fato que deva gerar preocupação aos pais. De 33 casos de recém-nascidos analisados, apenas três testaram positivo para a doença e, após uma semana, os mesmos já haviam eliminado o vírus de seu organismo
Sobre a amamentação, Desde que todos os cuidados necessários quanto à higienização sejam respeitados, não existe problema em manter o aleitamento materno, uma vez que não existem evidências de que o vírus seja transmitido pelo leite.
Embora ainda nenhum estudo afirme, é muito improvável que ocorra transmissão por parte do cordão ou outros tecidos, por exemplo. Entretanto, é necessário esclarecer que existe uma diferença entre testes que buscam essa transferência entre mães e filhos e outros que apenas testam os sinais da Covid no sangue do cordão.
OMS
A organização internacional diz que muitas pesquisas científicas estão em curso para comprovar todos os efeitos da infecção pelo coronavírus no organismo das grávidas.
As informações disponíveis são limitadas, mas devido às alterações do corpo e do sistema imunológico que naturalmente acontecem nas mulheres nesta fase, são recomendadas precauções de proteção contra o vírus.
Ministério da Saúde
Nas diretrizes apresentadas pelo Ministério, a situação das grávidas é analisada na categoria de "Casos especiais", a mesma que avalia como deve ser o atendimento de cardíacos e outros pacientes vulneráveis.
Entretanto, as diretrizes do ministério, assim como as da OMS, dizem que "os dados sobre apresentação clínica e os resultados perinatais após a infecção pela Covid-19 durante a gravidez e/ou puerpério ainda são
limitados".
No documento com todas as diretrizes para o atendimento às mulheres grávidas, o governo orienta que os médicos não descartem a chance de um agravamento do quadro, já que há uma maior vulnerabilidade às infecções em geral durante o período.
Entre as determinações, estão uma consulta bimestral com um profissional de saúde e a individualização dos cuidados para cada mulher sobre como deverá ser o parto.
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