Dúvida

Medidas de segurança ditarão reabertura das atividades no MA

Apesar do que disse o governador Flávio Dino sobre planejamento para reabrir atividades no próximo dia 21, secretário estadual de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, garante que governo ainda não discute retomada econômica

José Linhares Jr

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Simplício Araújo, apesar da declaração do governador, diz que reabertura de comércio não será agora
Simplício Araújo, apesar da declaração do governador, diz que reabertura de comércio não será agora (Simplicio Araújo)

O secretário de Estado de Indústria, Comércio e Energia (Seinc), Simplício Araújo, realizou, ontem, mais uma reunião que pretende estabelecer critérios sanitários que possibilitem a abertura gradativa de atividades econômicas no Maranhão.

Simplício destacou que as reuniões não significam predisposição à retomada da atividade econômica. A declaração do gestor, vai de encontro com o que afirmou o governador Flávio Dino, em entrevista coletiva, que disse iniciar a reabertura das atividades a partir do dia 21 de maio.

“Não está nos planos do governo promover reabertura neste momento e essas reuniões não tratam disso. O que estamos fazendo é planejamento de protocolos que garantam a segurança das pessoas quando a pandemia for enfraquecida e o momento se mostrar amistoso a uma abertura gradativa”, explicou.

A O Estado, o secretário disse que tem trabalhado desde abril no planejamento das medidas sanitárias pós-pandemia.

Na manhã de ontem, por exemplo, foram ouvidos mais de 60 representantes do setor hoteleiro. Antes disso, Simplício relatou já ter tido conversas com representantes de setores como educação, construção civil, agricultura, indústria e comércio.

Reabertura

Segundo Simplício, apesar de priorizar a saúde, o governo estadual está voltado para as questões econômicas. “O artigo 10 do decreto que instaurou o lockdown criou um mecanismo que visa analisar as possibilidades de reabertura das atividades econômicas”, relatou.

O artigo do qual Simplício se refere diz respeito ao decreto 35.7849, de 3 de maio de 2020. A peça dispõe sobre a formação de um conjunto envolvendo Casa Civil, a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Energia e a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (SEDIHPOP) que irá ser responsável “por estimular o engajamento da sociedade civil no encaminhamento de sugestões para a formulação das regras de contenção e disseminação do do Coronavirus vigorarão a partir de 21 de maio de 2020, incluindo protocolos para retomada de atividades econômicas”.

São raros os casos de pessoas que ainda não entenderam a gravidade e tentam forçar. Mas já se tem a noção de que é impossível reabrir tão cedo”Simplício Araújo Secretário estadual de Indústria

Processo

O secretário afirmou que o processo consiste, em um primeiro momento, na apresentação de medidas de proteção à população pelo próprio setor. Esses protocolos são analisados pela Seinc e, caso sejam considerados efetivos, partem para a avaliação da Casa Civil e SEDIHPOP.

“A nossa abordagem é muito simples. Deixamos claro à categoria que sem segurança não há como pensar em reabertura. Posteriormente a isso, deixamos a cargo do setor formular suas ações. O governo não interfere e nem exige, apenas avalia”, explicou.

O governador Flávio Dino, segundo Simplício, exigiu que todas as medidas de reabertura sejam apresentadas a ele a partir de hoje. “A exigência do governador é apenas segurança da população e preservação da vida. Garantidos estes aspectos, ele diz que inicia sua tomada de decisão”, afirmou.

Empresários apresentam medidas para reabertura

O secretário Simplício Araújo disse ainda que muitos dos setores já consultados apresentaram medidas quase que imediatamente.

“Como deixamos claro que esse momento iria chagar, muitos deles buscaram medidas que já estão sendo tomadas em outros países e que seguem os padrões estipulados pela Organização Mundial de Saúde (OMS)”, falou.

Segundo Simplício, o empresariado maranhense tem demonstrado prudência em relação à pandemia.

“São raros os casos de pessoas que ainda não entenderam a gravidade da situação e tentam forçar. Em algumas situações, inclusive, já se tem a noção de que é impossível reabrir tão cedo”.

Questionado sobre que atividades seriam essas com maior dificuldade, Simplício falou sobre o setor de alimentação e shoppings.

“Um exemplo são os self-services e os shoppings. Por mais que sejamos solidários, a saúde vem em primeiro lugar e essas são atividades que irão ter que esperar um pouco mais”, disse.

Araújo falou ainda que as a reabertura das atividades acontecerá “cedo ou tarde” no Maranhão.

“Queremos deixar claro que o governo não está fazendo nenhum tipo de exigência pensando em si mesmo. Nós estamos pensando na segurança das pessoas, para os clientes dos setores em questão. A reabertura, cedo ou tarde, vai acontecer. E nossa tarefa, tanto governo quanto sociedade civil e empresariado, é estarmos preparados para quando esse momento chegar”, finalizou o secretário Simplício Araújo.

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