Literatura

Live celebra os 130 anos da obra "O Cortiço"

Evento é produzido pelo Tribunal de Justiça do Maranhão em parceria com a Academia Maranhense de Letras e acontece nesta quarta-feira, às 16h30

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Aluísio Azevedo (1857/1913) foi o melhor representante da tendência naturalista
Aluísio Azevedo (1857/1913) foi o melhor representante da tendência naturalista (aluisio azevedo)

SÃO LUÍS-O presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão e membro da Academia Maranhense Letras, desembargador Lourival Serejo, e os escritores e professores José Neres e Ceres Fernandes – também imortais da Academias Maranhense de Letras – vão abordar numa ‘live literária’ no instagram @tjmaoficial, nesta quarta-feira (13), às 16h30, os 130 anos da obra ‘O Cortiço”, do consagrado romancista maranhense, Aluísio Azevedo.

O romance “O Cortiço” – lançado, em 1890 – é composto de 23 capítulos, que relatam a vida em uma habitação coletiva de pessoas pobres (cortiço), na cidade do Rio de Janeiro. A obra tornou-se peça-chave para o melhor entendimento do Brasil do Século XIX.

No livro – que apresenta questões pertinentes e até hoje atuais para pensar o Brasil, como a imensa desigualdade social – Aluísio Azevedo tenta mostrar como o meio, a raça e a história determinam o homem e o levam à degradação.

Narrada em terceira pessoa, ‘O Cortiço’ – cuja história se desenrola no Brasil do Século XIX, sem precisão de datas – é trabalhado de maneira linear, com princípio, meio e desfecho da narrativa.

Dois espaços são explorados no romance. Um é o cortiço, amontoado de casebres mal-arranjados, onde os pobres vivem. O outro é o sobrado aristocratizante, representando a burguesia ascendente do século XIX. Os dois espaços são enquadrados no cenário do bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro.

“O Cortiço” foi escrito em um período de profundas transformações na paisagem urbana do Rio de Janeiro, captadas ali com o registro cru do naturalismo, que rejeitava qualquer forma de idealização do real.

Aluísio Azevedo (1857/1913) foi o melhor representante da tendência naturalista do Realismo brasileiro. Além do romance “O Cortiço”, é autor de outras obras marcantes na literatura brasileira, como "O mulato" (1881) e "Casa de pensão" (1884). Além de romancista, ele era contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista, além de desenhista e pintor.

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