“O maior desafio para mim nesta pandemia tem sido lidar com a escassez de recursos básicos no mercado da medicina laboratorial e diagnóstica”. A frase é do empresário Vinícius Vasconcelos Braid, diretor geral do Laboratório Lacmar. Formado em Comércio Exterior pela Faculdade de Coventry, na Inglaterra, ele vem liderando uma equipe de suma importância na luta contra a Covid-19 no Maranhão.
“Com o aumento significativo da demanda por certos itens e a diminuição do tráfego aéreo internacional, tem ficado cada vez mais cara e difícil a aquisição de insumos que antes se encontravam disponíveis. Além disto, encontrar mão de obra capacitada e preparada para sentar na linha de frente também se torna um desafio, pois o número de profissionais infectados cresce exponencialmente”, lamenta.
Segundo o jovem empresário (ele tem 22 anos), o número de testes para coronavírus e síndromes respiratórias virais cresce em disparada, desde o início do mês de março. As metodologias de testagem se diferem e se aperfeiçoam com o passar das semanas. “Por exemplo, antes tínhamos apenas os testes de PT-PCR, padrão ouro internacionalmente falando. Hoje em dia, já contamos com três metrologias para identificação desse novo vírus”, revela.
Desde que resolveu assumir uma função que pressupõe muita responsabilidade nas empresas de sua família, Vinícius Braid busca empregar o conhecimento adquirido durante sete anos trabalhando e estudando na Inglaterra. “O Maranhão é um estado deslumbrante, cheio de riquezas naturais, lar de mentes brilhantes e com um potencial incrível de desenvolvimento”, afirma.
Desenvolvimento este que se realça com a presença de empresários que investem para ver o estado crescer, como é o caso de Braid. “Ter me tornado um empresário à frente de meu tempo, que acredita na terra onde investe e que se preocupa com sua responsabilidade social são aspirações não tão somente profissionais, mas de anseio pessoal”, diz.
Organização - A cultura e a formação acadêmica inglesa forjaram grandes traços na personalidade do empresário, dentre elas, a importância que deve ser dada à organização, diligência e planos contingenciais. “O profissional que é pego de surpresa em momentos de crise como este, muitas vezes está fadado ao fracasso, e é por isso que há meses estamos traçando planos para manter nossos profissionais e pacientes bem assistidos durante essa fase crítica”, frisa.
Vinícius Braid é da opinião de que o futuro da medicina laboratorial e diagnóstica, como tantas outras indústrias, abrange três grandes áreas. “A inteligência artificial, a robótica e a automação, além de investimentos em pesquisa e desenvolvimento de procedimentos”, finaliza.
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