Editorial

Covid altera tradição do Dia das Mães

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

Uma data considerada muito especial no calendário nacional, o Dia das Mães, comemorado neste domingo, 10, será diferente por conta da pandemia de coronavírus no país. O beijo e o abraço não podem fazer parte do presente, uma característica do momento festivo marcante agora alterado em razão das medidas de isolamento social severo - o lockdown. Assim, mães e filhos terão que reinventar as formas de carinho e amor incondicionais para estarem juntos pelos meios de comunicação que a tecnologia possibilita, ainda que separados.

Para muitas famílias brasileiras, essa será a primeira vez que a data será comemorada à distância. O tradicional almoço certamente dará lugar ao afastamento social, potencializado pelas recomendações das autoridades considerando que muitas matriarcas fazem parte do grupo de risco. Mas o afastamento não pode ser visto como sinônimo de solidão e tristeza.

E importante é que mães e filhos entendam que 2020 é um ano atípico, que o distanciamento físico é uma medida de proteção fundamental diante da pandemia. O isolamento pode ser um ato de solidariedade com todo mundo, não só entre os familiares. O otimismo tem que prevalecer, que tudo vai melhorar, ainda que não exista uma perspectiva clara de tempo para isso acontecer.

Vale lembrar que, até no ano passado, o sábado que antecede o Dia das Mães se destaca pela explosão de vendas no comércio de São Luís. A Rua Grande - principal centro comercial da capital - recebia milhares de consumidores ávidos para comprar, ainda que fosse um simples presente para mães. Os vendedores ambulantes também sempre participaram desse boom comercial e os shoppings registravam grande movimentação, inclusive abrindo no domingo - Dia das Mães - para atender aos retardatários para as compras.

Mas não é apenas a relação familiar que é afetada pela pandemia. O comércio em geral sofre as consequências desse isolamento social/afetivo, já que neste ano as vendas despencaram por conta da Covid-19. O Dia das Mães é considerada a segunda principal data comemorativa, perdendo apenas para o Natal em volume de vendas. Um levantamento feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que cerca de 70% dos brasileiros pretendem presentear nesta data. O número é o menor dos últimos três anos, 2017 (73%), 2018 (74%) e 2019 (78%), reflexo da crise econômica causada pela Covid-19.

A pesquisa aponta ainda que o consumidor brasileiro está cauteloso na hora de ir às compras. O percentual daqueles que esperam gastar mais ou a mesma quantia do último ano passou de 67% na pesquisa de 2019 para 40% em 2020, uma queda de 27 pontos percentuais. De acordo com a pesquisa, a internet será ser o meio mais utilizado para as compras sendo citado por 53% dos entrevistados, seguida das lojas de rua/bairro (49%) e supermercados (18%).

O Dia das Mães 2020 ocorre em meio ao fechamento de segmentos importantes para a venda de produtos voltados para a data, como vestuário, lojas de eletrodomésticos, móveis e eletroeletrônicos. O presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens (CNC), José Roberto Tadros, diz que a projeção de queda de vendas para a data por causa da pandemia ficou acima das perdas estimadas para a Páscoa (-31,6%). Já a Páscoa tem como característica a venda de produtos típicos em segmentos considerados essenciais, como supermercados, que permaneceram abertos desde o início do surto de Covid-19.

É fundamental considerar que o isolamento social não precisa significar um isolamento emocional. E não esquecer de dizer à mãe o quanto ela é amada. Feliz Dia das Mães.

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