COLUNA SOCIAL

Pergentino Holanda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
A BELA MODELO LORENA BESSANI, que hoje está mudando de idade, fez um ensaio fotográfico com Ayrton Valle, do qual selecionamos estas fotos que publicamos hoje com exclusividade
A BELA MODELO LORENA BESSANI, que hoje está mudando de idade, fez um ensaio fotográfico com Ayrton Valle, do qual selecionamos estas fotos que publicamos hoje com exclusividade
LORENA BESSANI
LORENA BESSANI

Eleições municipais
O futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro do STF Luís Roberto Barroso, tem declarado que a definição sobre um eventual adiamento das eleições municipais de outubro só deve ser discutida a partir de junho.
Nos bastidores, porém, autoridades ligadas ao Judiciário têm cada vez mais como certa essa possibilidade.
Um dos motivos é a dificuldade de cumprimento dos prazos do calendário eleitoral, mais uma das frentes afetadas pela pandemia
de Covid-19. A realização de convenções partidárias e de outros atos que ocasionem aglomeração são obstáculos reais e cada vez mais próximos.

Eleições municipais 2
Mas existe uma outra razão de natureza material e prática. Com a Justiça funcionando remotamente, o trabalho de manutenção e preparação das urnas eletrônicas praticamente parou.
Também a compra de novos equipamentos está prejudicada, deixando estados como São Paulo com um déficit operacional considerável.
A ideia de realizar as eleições em horários determinados conforme a idade dos eleitores, para evitar filas e aglomerações, também está
sendo estudada pelo ministro, bem como a possibilidade de o pleito ocorrer em quatro dias – dois finais de semana consecutivos.
Barroso deve ouvir os TREs antes de oficializar a sua posição.

Votar por e-mail
Uma pesquisa divulgada pelo Pew Research Center nos EUA revelou que 67% dos eleitores consideram que a pandemia irá afetar a capacidade de votar na eleição presidencial de novembro, seja pelo isolamento social ou pelo medo de contaminação.
Especialmente os mais velhos, público no qual a doença é mais letal, precisarão de resguardo, pelo menos até que uma vacina seja lançada. Mas o dado mais surpreendente é o que mostra, nos EUA, apoio de 70% à implementação do voto por e-mail. Tecnologicamente, é possível implementar a novidade. Reconhecimento facial e vocal, senhas, biometria e outros mecanismos tornariam o processo viável.

Votar por e-mail 2
Muitas dúvidas ainda cercam esse tipo de transformação. A primeira delas tem a ver com a segurança. Mesmo que transações bilionárias sejam realizadas online e que o trânsito de dados e informações sensíveis seja uma realidade, a ameaça de invasões dos sistemas ainda não conseguiu ser totalmente controlada. No Brasil, a votação eletrônica é fechada, ou seja, não permite a comunicação direta das urnas com redes externas, justamente para garantir a inviolabilidade do resultado.
O segundo ponto a ser considerado é cultural. Sair de casa para votar é um ritual intimamente ligado aos ritos da democracia, dando às cidades movimento e cor nos dias de eleição.
De qualquer forma, a pandemia também impõe desafios e oportunidades de mudança ao sistema democrático. Nos Estados Unidos não se fala, por enquanto, em transferir as eleições. Aqui, pelo menos até junho, essa possibilidade, embora real, ainda fica fora da pauta.

Covid leva os amigos
Durante mais de cinco décadas, esta coluna tem sido um espaço dedicado à alegria, aos acontecimentos festivos, aos desfiles de elegância e à fraterna convivência social. Nos últimos dois meses, no entanto, virou quase um obituário. Todo dia morre um amigo, morre uma pessoa destacada de nossa sociedade. Ontem foi o empresário Plínio Nesello, cuja esposa Sônia, também está hospitalizada. Ambos contraíram o mortal Covid-19.

TRIVIAL VARIADO
Depois de tantos dias de quarentena, depois de tantas explicações e opiniões sobre a origem e o combate do vírus da hora, parece que o planeta começa a vislumbrar, no horizonte, o fim desta tempestade.

No assunto: é pelo menos é o que sugere o número crescente de artigos e matérias sobre o day after que começaram a pipocar na
imprensa e nas redes sociais nesta primeira semana de maio.

Em tempo: sociólogos, políticos, cientistas, escritores, filósofos, intelectuais, ativistas e religiosos começam, pouco a pouco, a opinar: como será o mundo depois do coronavírus? Para poucos idealistas, será melhor; para a esmagadora maioria, no entanto, será pior.

Marilena e Zeca Belo estavam inconsoláveis, ontem, com a morte, vítima de Covid-19, do empresário (aposentado) Plínio Nesello, com o qual tinham ligação de família. Plínio era pai de Fernando, marido de Andréa, filha do casal.

A recente crise entre o ex-ministro Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro acendeu o sinal vermelho para a comunicação informal, via WhatsApp, entre políticos e/ou integrantes de governos. Cuidado: tudo o que você escrever poderá ser usado contra você.

A presença de um importante grupo de militares no governo Bolsonaro leva, pela primeira vez, ao questionamento sobre unidade das Forças Armadas. Hoje, há divisão interna. O risco de uma cisão traumática é improvável, mas já foi impossível alguns anos atrás.

Quando se fala em Forças Armadas, usa-se “Exército” como sinônimo. Vale lembrar que Marinha e Aeronáutica são atores fundamentais, ambos mais afastados do governo Bolsonaro.

Sergio Moro esteve por oito horas na Polícia Federal, mas seu depoimento coube em 15 páginas. Ou fala muito devagar, ou boa parte da conversa não entrou no documento oficial. Mesmo que tenha esperado pela gravação dos dados do celular, é muito tempo para pouco texto.

DE RELANCE

A grande pausa
À espera da viagem, a grande pausa dos repórteres sem fronteiras. Andarilhos das letras, jornalistas-escritores que já atravessaram fronteiras por meio mundo estão agora refugiados nas suas casas, com um par de sapatos-tênis à porta. Sem movimento, estes cidadãos errantes viraram estátuas. Pensadores, como sempre. Desta vez é que não há caminho, caminhante, o caminho se faz parado.

A grande pausa 2
Sem viajante, atravessa o horizonte da tua própria janela, vem por estas linhas e junta-te a esta mesa de maio, a esta tertúlia num café imaginário, onde só as palavras podem se encontrar nestes dias confinados.Pode ter um quiosque lá dentro, este nosso efabulado café, tal como o velho Moto Bar, no Largo do Carmo, sobre cujas mesas de mármore de Carrara já se terão rabiscado muitas páginas de jornal e onde se conspirava para fugir da “longa noite de pedra”.

Turismo em queda
Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT) o volume de turistas internacionais pode cair entre 60% e 80% em 2020, em consequência da pandemia de coronavírus e das restrições de movimentos em todo o planeta. No primeiro trimestre do ano, as chegadas de turistas internacionais caíram 22%, de acordo com um comunicado da entidade, que cita a “pior crise” desde o início de seus registros, em 1950.

Turismo em queda 2
A redução do turismo internacional nas Américas foi de 15,2% nos primeiros três meses do ano, após um mês de janeiro estável, fevereiro com alta de 3% e um mês de março com a queda de 46% das chegadas em ritmo anual. Por sub-regiões, as chegadas caíram 13% no primeiro trimestre na América do Norte, 19% na América do Sul e 20% no Caribe.

Turismo em queda 3
No relatório publicado nesta quinta, a OMT revisou drasticamente e reduziu uma projeção apresentada no fim de março, na qual previa que a queda do turismo internacional em 2020 ficaria entre 20% e 30%. Em 2019, 1,5 bilhão de turistas internacionais viajaram pelo globo, dado que representou aumento de 4% na comparação com o ano anterior. A OMT esperava uma evolução similar para 2020.

Turismo em queda 4
O turismo recebeu um golpe duro. Milhões de postos de trabalho estão em perigo em um dos setores da economia que mais empregam mão de obra. Somente em março, as chegadas de turistas internacionais em todo o mundo caíram 57%. Três cenários foram elaborados para 2020, em função do momento de retirada das restrições de viagens que estão em vigor em praticamente todo o mundo. As chegadas de turistas internacionais cairiam entre 60% e 80%, dependendo do momento do fim das restrições, em julho (primeiro cenário), setembro ou dezembro, o pior cenário.

Inseminação artificial
Duas mulheres foram autorizadas pela Justiça a registrarem em seu nome o filho, gerado por inseminação artificial. Sem condições para fazer o procedimento em uma clínica, o casal optou pela técnica em que a doação é introduzida por meio de seringa, sem contato físico entre doador e receptora. Os doadores – termo usado pelo juiz para manter o anonimato dos eventuais envolvidos – abriram mão
de direitos sobre a criança, alegou o casal.

Inseminação artificial 2
A propósito: o juiz considera incontestável que a mulher que está gerando o bebê seja reconhecida como genitora. Também não identificou ilegalidade em autorizar o registro de nascimento também pela companheira da gestante. “O tema fertilidade humana tem cada vez mais intrigado juristas e exigido prolação de decisões afinadas com a realidade fática vivenciada pelas famílias, reconhecendo que nem sempre o Direito e/ou as leis acompanham a evolução da ciência", sentenciou o magistrado.

Para escrever na pedra:
“Toda arte é ao mesmo tempo aparência e símbolo. Os que penetram abaixo dessa aparência o fazem por sua conta e risco. Os que decifram o símbolo também o fazem por sua conta e risco. A arte reflete o espectador, não a vida”. (Oscar Wilde, no prefácio
de O Retrato de Dorian Gray).

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