Perdas e ganhos
Os maiores especialistas em epidemias defendem a tese de que é impossível estimar, com boa margem de segurança, quando será possível retomar a vida em moldes semelhantes aos existentes poucos meses atrás.
Ou seja: atividades ou necessidades que geram certa aglomeração, como eventos ou transporte público, por exemplo, possivelmente ainda têm um longo caminho pela frente até ser factível restabelecer antigas rotinas.
Mas há novos hábitos adquiridos ao longo do enfrentamento da pandemia do coronavírus, destinados a conter o avanço da doença, que podem muito bem passar a ser cotidianos, com ganhos para a sociedade, ao mesmo tempo que agora ajudam a debelar a covid-19.

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As diversas medidas planejadas e empregadas para conter o coronavírus exigem o engajamento individual para que objetivos coletivos sejam atingidos. Há fundamentalmente três comportamentos básicos adotados que, de forma temporária ou permanente, têm esse sentido. São eles a higienização frequente das mãos, a manutenção do distanciamento físico e o uso de máscaras. Este último,
reconheça-se, demorou a ser incentivado e introduzido entre as orientações oficiais.
Lavar seguidamente as mãos ou higienizá-las com álcool gel é outro hábito que, caso fique incrustado na rotina da população, tende a trazer ganhos que vão muito além da busca por diminuir o ritmo de contágio da covid-19.
Uma vez incorporado, tende a ter reflexos positivos inclusive para barrar outras doenças, como a gripe comum.

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O distanciamento social será amenizado ao longo do tempo, com a retomada do contato entre as famílias, o retorno aos ambientes de
trabalho e, com isso, uma maior utilização do transporte público, setor que tem dificuldades de sobreviver se não racionalizar o uso dos espaços.
Mas os riscos, de qualquer forma, serão minimizados caso os cidadãos permaneçam o maior período possível usando máscaras e
incorporem a higienização das mãos como algo corriqueiro ao longo do dia.
São hábitos sábios e responsáveis, como um dia foram a determinação do uso dos cintos de segurança nos automóveis e dos capacetes nas motocicletas. Algo que não era cultural do brasileiro aos poucos se tornou usual, ajudando a salvar
inúmeras vidas.

Cristo Redentor
Uma projeção vestiu máscara no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, na noite de domingo, para conscientizar a população a se prevenir do coronavírus. A ação partiu da organização Todos pela Saúde.
O quadro da entidade, criada para combater a covid-19, é composto por profissionais da saúde. No peito da estátua, é possível ver outro símbolo de proteção, com a hashtag da campanha da instituição #MáscaraSalva.
Não é a primeira vez que uma projeção veste o monumento. No domingo de Páscoa, o Cristo foi iluminado com a indumentária de
um médico, de jaleco, e a palavra “obrigado” em diferentes idiomas, em homenagem aos profissionais que estão na linha da frente do combate à pandemia da covid-19.

Apelo do TRE: Fique em casa!
Com o término, ontem, do prazo para a regularização da situação eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral fez um apelo: não saia de casa. Para evitar aglomerações, a orientação aos eleitores que não votaram na última eleição ou que estavam se alistando pela primeira vez era de que fizessem tudo pela internet.
Pela plataforma, acessada a partir dos portais dos Tribunais Regionais Eleitorais, também foi possível realizar solicitações de transferência de município, alteração de dados pessoais, alteração de local de votação por questões de mobilidade e revisão de inscrição cancelada.

Arte contemporânea
O Instituto Inhotim, em Minas Gerais, acaba de lançar mais um conteúdo digital em suas redes sociais. É a série Retratos, que mostra o processo de montagem de obras e galerias do espaço cultural – o primeiro episódio retrata o pavilhão da artista brasileira Adriana Varejão. O trabalho foi editado a partir de uma coletânea de DVDs gravados entre 2011 e 2014. Outras duas séries estão em
andamento nas redes sociais do Inhotim: Bastidores, com episódios sobre os trabalhos de Laura Vinci, Marcius Galan, Sandra Cinto e Robert Irwin, e Diálogos, conteúdo de conversas com artistas, botânicos, curadores e teóricos sobre cultura e meio ambiente.

Morreu Stella Veloso
Entre tantos amigos que o Covid-19 levou, merece um registro especial a partida de Stella Veloso, 94 anos, no último dia 5. Stella pontificou com muita alegria, especialmente durante as três últimas décadas do século passado, nos salões da sociedade maranhense, onde sempre foi uma presença muito festejada. Deixou os irmãos Ludgard, que mora em São Luís, e Carlos Veloso, que há muitos anos está radicado com a família na cidade de Baurú, em São Paulo.

TRIVIAL VARIADO
Até que as estratégias adotadas por Flávio Dino no Maranhão e Edivaldo Holanda Junior em São Luís, renderam bons frutos. Num
rápido olhar, o pico da pandemia por aqui inicialmente estava previsto para meados de abril, depois para o fim, passou para o
início de maio, também empurrou-se para o fim e agora se diz que a hora pior está chegando.

O que é o pior? Uma cena já familiar na tevê: hospitais e cemitérios abarrotados. Deus permita que aqui não precise ser assim. O que Dino e Edivaldo querem, e o desafio deles é esse, é evitar essas cenas que dão a sensação de fundo do poço. É uma prova de fogo.
Vamos ver agora o que acontecerá depois do lockdown, o trancamento total.

Já é batido e reprisado que o corona veio da alta classe média, de avião, da Ásia ou da Europa para cá, sabe-se lá. E o grande medo aqui é que invada as áreas populares, densamente povoadas por pessoas que usam sempre o mesmo transporte.

Os presidentes de 25 tribunais de contas do país se reuniram por videoconferência segunda-feira para discutir estratégias a serem adotadas nestes tempos de pandemia, em que as contratações são feitas sem licitação, um prato cheio para os corruptos.

Um grupo de homens de Gana, na África, trajando solenes paletós brancos, carregando um caixão de defunto e dançando faz o maior sucesso nas redes. Depois eles param e mandam o recado: “Fique em casa ou venha dançar com a gente”.

Comentário do ex-presidente José Sarney publicado ontem na coluna de Ancelmo Góis: “Bolsonaro deveria entender que o cargo de Presidente pressupõe engolir todo dia uma rã pequena e, de vez em quando, um sapo mesmo”.

Quem comemora nova idade hoje é a marchand Silvania Temer. A data será festejada na intimidade da família, ao lado do marido Sérgio Temer, paraense que ganhou cidadania maranhense e atua como advogado dos mais aplaudidos deste estado.

DE RELANCE
Dia das Mães com flores
Nada é tão valioso para pagar todo o amor e dedicação que uma mãe tem por um filho, mas é possível tentar, afinal, qualquer presente que ela receba será incomparável diante do amor que dedica incondicionalmente aos filhos. No entanto, procurar o presente para o dia reservado a elas se tornou um desafio diante da pandemia causada pelo novo coronavírus.

Dia das Mães com flores 2
No assunto: para os moradores da capital São Luís e dos municípios da grande Ilha (Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar), o desafio se tornou ainda maior após os decretos de lockdown (bloqueio total), para assegurar maior rigor na fiscalização do cumprimento das medidas de saúde e segurança. O lockdown segue até o dia 14 de maio no Maranhão, permitindo apenas o funcionamento de serviços essenciais, como por exemplo, os supermercados.

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Tem mais: mesmo diante do cenário, não dá para passar em branco essa data tão especial. Por isso, além das atitudes diárias, é fundamental proporcionar bons momentos em datas especiais. Uma ótima opção de presente são as flores. “Além de todo o significado, as flores trazem um ar de alegria, romance e vida a qualquer ambiente. Sem contar que melhora a qualidade do ar”, lembra
Sandra Martins, florista do Grupo Mateus. Nos Spazio da Cohama, Calhau, Renascença e nas lojas da Curva do 90, Cajazeiras e Cohatrac IV, foi montado um espaço todo especial repleto de flores típicas da estação.

Música de qualidade
Tome nota: duas das maiores bandas do rock puseram em seus canais do YouTube shows para ajudar seus fãs que estão enfurnados dentro de suas casas durante a quarentena. As apresentações não poderiam ser mais diferentes. De um lado, a energia e a alegria dos Rolling Stones; do outro, o psicodelismo e a introspecção do Pink Floyd. Escolha seu lado. Ou encare as duas experiências, já que o tempo é longo.

Corrida aos cabeleireiros
Após um mês e meio com boa parte do setor de comércio e serviços de portas fechadas, Portugal começou processo gradual de reabertura econômica. O primeiro destino depois do confinamento para muitos foi o mesmo: o cabeleireiro. Proprietário da centenária Barbearia Oliveira, no centro de Lisboa (onde já cortei meu cabelo algumas vezes), e de outros três salões na capital, Bruno Oliveira diz que não há mais vagas disponíveis em seus estabelecimentos té o fim da semana.

Corrida aos cabeleireiros 2
A situação nos salões tem sido parecida em todo o país, com grande fluxo de clientes ávidos por cortes, retoques de coloração e outros serviços. Os cabeleireiros – assim como a maior parte do setor de comércio e serviços – foram obrigados a encerrar as atividades em 18 de março, quando Portugal decretou estado de emergência. O estado de emergência acabou no sábado, sendo substituído
pelo de calamidade pública, mais brando. Além disso, a capa (de proteção para o cabelo não cair na roupa) é descartável.
E os profissionais usam máscara e viseira.

Para escrever na pedra:
“Quando os homens fracassam, o que lhes faltou não foi inteligência: foi paixão”. De Struther Burt. romancista, poeta e escritor norte-americano.

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