[e-s001]Apesar de pontos de congestionamento em vias que normalmente já registram fluxo grande de veículos, no segundo dia de lockdown (quarta-feira, 6) já foi possível perceber redução do movimento de pessoas nas áreas centrais de São Luís, porém, na Rua Grande e em bairros da periferia e nos municípios em volta da capital, o número de pessoas fora de casa permanece alto.

Os pontos de bloqueio no Bacanga, Cohab, Guajajaras e Estrada da Maioba, locais que servem de acesso para grandes áreas comerciais da cidade, foram um dos que tiveram maior volume de carros, causando até congestionamento. Segundo a Secretária Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), isso acontece justamente por serem locais de grande fluxo. O Itaqui-Bacanga, maior alvo de reclamações sobre engarrafamentos, serve de acesso para a área portuária, lugar onde a maioria dos serviços é considerada essencial.

Esse cenário das manhãs na Grande São Luís, contudo, se contrastou com o registrado na noite anterior (do dia 5), em que houve redução de carros na capital maranhense. Em sua rede social, o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), informou que no primeiro dia do lockdown ocorreu uma redução de cerca de 60% no tráfego em São Luís - em relação ao registrado no dia anterior. Contudo, na mesma noite, ainda havia intenso fluxo de carros em Paço do Lumiar. A Prefeitura de São Luís também informou que houve uma redução de 85% no total de usuários de transporte público. Antes do lockdown essa redução havia chegado a 70%.

Em nota, a Prefeitura informou que, além das barreiras nos principais pontos de tráfego, o seu trabalho é reforçado pelo Centro de Controle de Operações do Trânsito, instalado no CCO da SMTT. O centro possui um painel com nove telas, por meio do qual é observada toda a movimentação do trânsito da cidade. O sistema de vídeomonitoramento é composto por 36 câmeras fixas e 32 câmeras de rotação de 360 graus, instaladas em pontos estratégicos dos principais corredores viários da capital. Por meio deste sistema é possível acompanhar em tempo real como estão as barreiras montadas na cidade e se há necessidade de deslocar equipes para outros pontos onde o tráfego esteja em desacordo com as regras do decreto de lockdown.

Segundo a Polícia Militar, essa redução permaneceu no segundo dia de bloqueio. As barreiras da PM foram montadas às 6h30, ao longo da cidade e permaneceram com a fiscalização e medidas educativas para orientar cidadãos que não tinham necessidade de estarem nas ruas a voltar para casa.

De acordo com o Governo Estadual, os efeitos do lockdown só serão visíveis nas redes de saúde após 10 dias de bloqueio.

[e-s001]Segundo dia de lockdown
Na quarta-feira (6), segundo dia do lockdown, as ações para controlar a saída dos cidadãos continuaram. A Polícia Militar (PM) manteve medida de ação educativa àqueles que não tinham autorização para sair de casa, orientando que permanecessem em suas residências. As abordagens são de verificação da motivação para ir às ruas. De acordo com a PM, já é possível perceber, pouco a pouco, a conscientização das pessoas em relação a situação.

Além dos veículos particulares, foram fiscalizados ônibus, e cada passageiro passou pela verificação para justificar o motivo da saída. Aqueles que não tinham necessidade de estarem fora do seu domicílio foram orientados a retornarem para casa.

A Polícia Militar também acompanhou equipes de Vigilância Sanitária Estadual no intuito de fiscalizar estabelecimentos comerciais e bancários, para garantir o distanciamento social e o funcionamento apenas de serviços essenciais.

O Corpo de Bombeiros continuou com a operação Distância Segura, auxiliando as agências bancárias na organização das filas, evitando pontos de aglomeração e orientando a população. Para acompanhar melhor as 17 agências da Caixa na Grande Ilha, o Corpo de Bombeiros Militar recebeu o apoio de mais 200 bombeiros civis.

[e-s001]Militares do Exército continuaram com as ações de limpeza pela cidade. Na manhã do dia 6, foi realizada a higienização de pontos de ônibus no bairro Alemanha. O Exército tem realizado todos os dias ações de higienização em diversos pontos da cidade como medida para evitar a contaminação da Covid-19.

Fora da área central
Apesar da área central da capital estar começando a seguir o bloqueio total - apesar de registro de movimento de pessoas na Rua Grande - alguns bairros da periferia, ainda possuíam grandes pontos de aglomeração. Na feira do Cidade Operária muitas pessoas ignoravam o distanciamento social de no mínimo um metro, e continuaram a frequentar o local.

A fiscalização dos comércios está sendo feita pela Blitz Urbana, da Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação. O trânsito nessa região também continuou intenso. Além do enorme fluxo de carros registrados na noite do dia 5, as avenidas que dão acesso para a Cidade Operária estavam congestionadas no segundo dia do lockdown. Moradores do bairro do Turu também reclamaram do intenso movimento de veículos do local e da falta de fiscalização. O bairro possui o maior número de casos da Covid-19 na cidade de São Luís. São 153 até a manhã desta quarta-feira.

SAIBA MAIS

Coronavírus no Maranhão

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES), já são 5.028 casos confirmados do novo coronavírus no Maranhão, com 2.785 em isolamento domiciliar, 497 em internação por enfermaria e 240 em internação por Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Mais de 290 pessoas contaminadas morreram no estado em decorrência da Covid-19. Por outro lado, 1.215 se recuperaram, termo utilizado para se referir à quem foi curado.

Ainda há 8.288 casos suspeitos da doença, cujos exames podem confirmar ou descartar a infecção. A cidade de São Luís é o epicentro do coronavírus no Maranhão, com 3.368 contaminados. No que se refere aos profissionais de saúde, já 548 estão ou foram infectados. Desse total, 482 se recuperaram, mas 11 morreram.

Números

60% do tráfego foi reduzido na capital no primeiro dia do lockdown

85% oi a redução no número de usuários do transporte público

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