O primeiro dia do lockdown aconteceu na terça-feira, 5, na Região Metropolitana de São Luís, onde as principais avenidas foram preenchidas por equipes de fiscalização, que incluiu agentes de trânsito, bombeiros e policiais militares. Veículos foram abordados, e os motoristas tiveram de comprovar se estavam se deslocando para serviços ou atividades essenciais. Esse bloqueio total ganhou repercussão internacional. O “The Washington Post” foi um dos veículos que divulgou a notícia.

Além do “The Washington Post”, a britânica Reuters também publicou sobre o bloqueio total que está acontecendo na Grande Ilha. Na matéria, a agência de notícias frisa que São Luís tornou-se a primeira grande cidade do Brasil a iniciar o lockdown contra o novo coronavírus, “como medida que ressalta os temores generalizados de que os serviços de saúde do País possam entrar em colapso devido à pandemia”, que já causou a contaminação de mais de 3 milhões de pessoas no mundo.

“A medida de bloqueio de terça-feira abrange São Luís e partes de três outros municípios, com uma população total de cerca de 1,3 milhão de pessoas no estado do Maranhão. Proíbe as pessoas de sair, exceto para obter mantimentos, medicamentos ou material de limpeza”, diz a matéria da Reuters. A agência de notícias destaca que o Maranhão ainda não sofreu o peso da crise, em comparação com o Amazonas, onde os hospitais estão sobrecarregados.

Outra agência de notícias que publicou sobre o lockdown na região metropolitana de São Luís foi a Associated Press (AP News). Em um dos trechos da matéria, o veículo de comunicação destaca que a capital maranhense entrou no bloqueio total na esperança de impedir que a pandemia do novo coronavírus sobrecarregasse o sistema de saúde de um dos estados mais pobres do Brasil, no caso, o Maranhão.

Covid-19
O novo coronavírus é classificado como um betacoronavírus da linhagem 2B. Em média, de acordo com médicos infectologistas e pesquisadores, o período de incubação é de 5 a 6 dias, variando de 1 a 14 dias. Os sintomas também são variados. O infectado pode sentir febre (87,9%), tosse seca (67,7%), fadiga (38,1%), produção de escarro (33,4%), falta de ar (18,6%), dor de garganta (13,9%), calafrios (11,4%), náuseas ou vômitos (5,0%), congestão nasal (4,8%) e diarreia (3,7%).

O tempo médio do início dos sintomas até a recuperação clínica, em casos leves, é de 2 semanas. Já nos casos graves ou críticos, é de 3 a 6 semanas. Entre os que morreram, o tempo de doença variou de 2 a 8 semanas. Com relação ao tratamento, os casos graves ou críticos requerem ventilação mecânica (25%) e somente suplementação de oxigênio (75%). Já a taxa de letalidade pela Covid-19 está realmente entre 0,5 e 3%.

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