Editorial

População convive com bloqueio total

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

A Ilha de São Luís viveu ontem o primeiro dia de lockdown - uma medida mais rígida de bloqueio com aplicação, inclusive, de punições a quem desrespeitar a determinação da Justiça. Ainda é cedo para avaliar essa medida restritiva que divide opiniões, mas é certo que muitos motoristas tentaram furar o bloqueio para terem acesso a diversos locais, porém, foram rigorosamente contidos nas barreiras policiais espalhadas por diversos pontos da cidade. Só poderá transitar quem tiver uma declaração que demonstre necessidade de circulação. Aglomerações de pessoas não serão permitidas.

Em vários bairros da capital foi possível ver a circulação de pessoas, embora em número mais reduzido que em dias anteriores, portando máscaras, como exige a determinação legal. Nesse quesito, constata-se que existe uma certa conscientização para impedir a disseminação do novo coronavírus e, com isso, evitar a procura por leitos nas redes de saúde pública e privada, que apresenta superlotação de pacientes.

Além de São Luís, o lockdown vale também para os municípios de São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar. Ao todo foram definidos 22 pontos de bloqueio, com atuação de todo o efetivo da Polícia Militar além de agentes de segurança comunitária. Na área de segurança, a PM terá pontos de bloqueio nas principais vias de São Luís durante todo o dia e parte da noite.

Os bancos e lotéricas estão funcionando, mas adotaram medidas fixadas pelas autoridades sanitárias, como distância entre as pessoas, uso de EPIs (equipamentos de proteção individual) pelos funcionários, higienização das superfícies, dentre outros. O aeroporto de São Luís também funciona. Para quem descumprir o decreto serão aplicadas advertências, multas e interdição parcial ou total do estabelecimento. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Maranhão tem mais de 4 mil casos confirmados de Covid-19.

São Luís foi a primeira capital do país a implantar o bloqueio total e tem merecido destaque dos principais veículos de comunicação do país. É provável que no decorrer desta semana o exemplo maranhense venha a ser seguido por outros estados, que apresentam números crescentes de vítimas dessa pandemia. O governador do Estado, Flávio Dino, acredita que a medida foi acertada e em mensagem no Twitter avaliava como “boa adesão” às medidas de controlar para controlar a propagação do vírus.

Neste momento de ansiedade e insegurança por conta da Covid-19, o Conselho Federal de Medicina (CFM) manifesta preocupação com a aplicação de “testes rápidos” em farmácias para a detecção da doença. Além do alto percentual de resultados falso-negativos para os casos em que a testagem é feita antes dos sete dias da apresentação dos primeiros sintomas, o CFM alerta que as farmácias devem obedecer a todos os parâmetros estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa.

O grande percentual de resultados falso-negativos pode disseminar ainda mais o vírus, já que o doente vai continuar em convívio social.



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