O serviço de delivery tem sido fundamental durante o isolamento social, mas, no momento, os motoboys, além de dar conta de tantos pedidos, ainda estão sendo vítimas de uma nova modalidade de roubo. Os criminosos estão atacando esses “profissionais de entrega”, como ainda tomam de assalto a motocicleta e, de posse do endereço das entregas, conseguem roubar também os clientes.

Um motoboy, que faz delivery, nome não revelado, disse que exerce essa atividade há dois anos, mas, nós últimos meses tornou perigosa. Na noite do último dia 16, ele foi alvo de bandidos, na área do Bequimão. Os criminosos roubaram a moto como ainda o produto da entrega.

O outro motoboy, nome não revelado, declarou que no domingo, 25, foi abordado por um casal, nas imediações do Terminal Rodoviário, no bairro do Santo Antônio. Os bandidos levaram a moto e uma quantia de R$ 45. “Estava vindo de uma entrega do Anil quando fui assaltado e agiram com violência”, contou a vítima.

Ainda segundo o motoboy, ocorre também caso em que os assaltantes, ao fazer o pedido, dizem que precisam de uma quantidade alta de troco. Quando chega ao local indicado para realizar a entrega, o motoboy tem os seus objetos de valor roubado, a comida, o troco e, na maioria das vezes, ainda levam o veículo.

Márcia Silva, de 45 anos, que é moradora de um condomínio, localizado no Anil, disse que os produtos estão sendo deixados na portaria. Apenas os motoboys, que entregam água e gás, possuem acesso aos blocos dos apartamentos e sendo identificado como também tendo a liberação do morador.

Já o morador de um condomínio da Maiobinha, Felipe Ferreira, de 28 anos, contou que foi criado um grupo de WhatsApp para estabelecer contato com os “motoboys de confiança” e sendo uma das formas para não ser vítimas de algum tipo de empreitada criminosa, principalmente, assaltos.

A direção de um condomínio, no Turu, emitiu um comunicado aos moradores alertando sobre essa nova onda de assalto e, no momento, as mercadorias estão sendo recebidas no estacionamento para evitar a entrada do entregador no bloco. Ainda pede aos moradores que no ato do pedido seja informado do motoboy que vai trazer a encomenda.

Outras ocorrências

Também está ocorrendo o “golpe do delivery”. Nesta empreitada criminosa, os golpistas aproveitam que o pagamento é feito por meio do cartão de crédito para obterem um valor acima da mercadoria. Ana Karla Almeida, de 34 anos, pediu uma pizza, que custava R$ 30, mas, após a saída do entregador acabou descobrindo que tinha custado R$ 3 mil. “Pagava, mas, recebia a informação que dava erro e foram várias tentativas no crédito e no débito. Uma delas acabou passando o valor de R$ 3 mil”, declarou.

O estudante Lucas Silva, de 19 anos, acabou pagando R$ 900 por um lanche. Ele pediu para efetuar o pagamento na entrega da comida devido ter medo de digitar a senha do cartão de crédito no computador. No momento da entrega, acabou digitando a senha em uma máquina com o visor danificado e o entregador disse que o aparelho tinha arranhado durante uma queda.

Ainda segundo o estudante, no dia seguinte, ficou ciente que o lanche do valor de R$ 20 acabou custando R$ 900 e tinha sido parcelado em duas vezes. “Fiquei sabendo disso, porque, quando uso o cartão de crédito recebo a mensagem no meu celular informando o valor”, disse o estudante.

Fique atento

Dicas para evitar ações criminosas

Forma: sempre que possível, pague pelo aplicativo e não no momento da entrega.

Ambiente: peça ao entregador para tirar o capacete e tente pagar em um ambiente filmado.

Máquina: certifique-se de que o valor digitado corresponde ao pedido. Se a máquina estiver danificada, peça outra.

Saiba mais

No último dia 2 foi preso um casal, segundo a polícia, acusado de assaltar motorista de aplicativo como ainda motoboy de delivery na Grande Ilha. Eles, na maioria das vezes, agiam no Olho d’Água e bairros adjacentes. No dia 8 deste mês, a polícia prendeu um outro acusado de cometer esse tipo de crime e agia nos bairros do São Francisco, Ipem Turu e áreas próximas.

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