Opinião

Coluna do Adriano

Adriano Sarney

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

Nasci em 1980, dos meus 5 aos 10 anos de idade meu avô era Presidente da República. Época em que começo a ter memórias mais vivas de minha infância e da figura de um homem cujo a áurea sempre me acompanhou. Meu avô tem muita influência na minha vida. Primeiro pela sua genialidade e carinho com familiares e amigos, mas também pelo o que ele representa.

Ainda criança me lembro que, mesmo com as responsabilidades e fardos que vinham com as funções que exercia, meu avô sempre foi muito atencioso comigo. Ele é cortês, educado, preocupado e ouve mais do que fala, característica de um sábio. Nunca presenciei alguém chegar em sua casa sem ser atendido prontamente. Ele ajuda ou tenta ajudar todos que o pedem um conselho ou um favor. Trabalha muito, muito mesmo. Quando não está recebendo pessoas, está lendo, escrevendo, estudando. É divertido, conhece centenas de causos, contos e anedotas. Sua memória não falha. É atualizado em tudo: tecnologia, medicina, literatura, política, história, etc. É religioso, tem uma fé inabalável.

Será que todas essas características são as que fazem de José Sarney um gênio? É um gênio um homem que sai do interior do Maranhão e chega à Presidência da República e à Academia Brasileira de Letras. Alguém que se mantém durante décadas na mais complexa atividade humana, a política, e que escreve centenas de livros traduzidos para diversas línguas. Eu já presenciei meu avô sendo homenageado nos Estados Unidos, França, Finlândia e, claro, no Brasil. Afinal, ele assegurou a redemocratização do país e engoliu muito sapo do Congresso, com a paciência que lhe é particular, para aprovar a Constituição de 1988 que, segundo ele, poderia ser melhor, também acho. Criou o seguro desemprego e o vale transporte. Fez a Lei Sarney, a primeira na história do Brasil de incentivo a cultura. Decretou a distribuição de coquetéis anti-HIV gratuitos. Criou o programa do leite que foi eleito pela ONU a melhor ação social do mundo na época. Fala-se da inflação no governo Sarney, mas, talvez por má fé, esquecem do principal, a economia do país cresceu. O produto interno bruto (PIB) teve um crescimento de 22,72% e o PIB per capita de 12,51%. Basta uma comparação com os números dos últimos 5 anos.

No Maranhão, José Sarney seja enquanto governador, mas também presidente e até mesmo no período em que foi senador pelo Amapá trouxe a energia, implementou o maior programa de educação da história de nosso estado, o João de Barro, expandiu a cidade de São Luís construindo a Ponte do São Francisco, articulou a criação do Porto do Itaqui e da ferrovia Norte-Sul, construiu a São Luis-Teresina, dentre muitos outros. Para os que ainda são críticos, lamento informar que o Maranhão sem José Sarney não teria porto nem infraestrutura e consequentemente não seríamos um importante polo agrícola e uma das principais economias do Brasil.

Tenho sorte e orgulho de ter esse homem de cabeça privilegiada e gentil como avô. Essa semana ele fez 90 anos de idade. Desejo a ele saúde e felicidade. Que continue dando exemplos de humildade, doação e amor pela família e por Deus.

Parabéns meu avô e herói!

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