O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), explicou ontem, durante entrevista coletiva a veículos da Região Tocantina, os critérios para a escolha do município de Açailândia para a instalação de um hospital de campanha para atendimento a pacientes infectados pelo novo coronavírus (Covid-19).
O comunista destacou que tomou a decisão pessoalmente - após estudos técnicos -, porque identificou a boa capacidade instalada de atendimento na cidade.
“No estudo técnico que fizemos, esclareço, identificamos que havia a ocorrência de casos na cidade de Açailândia. E eu conheço bastante cada pedaço, cada cidade, cada município do nosso estado, e sei, portanto, da capacidade de atendimento instalada em cada uma dessas cidades, e esta foi a razão pela qual, ao falar com o presidente da empresa Vale, conversando sobre a possibilidade de eles apoiarem nosso estado nesse quadro grave que, infelizmente atravessamos, eu escolhi a cidade de Açailândia. Exatamente porque identifico que ali um hospital de campanha pode cumprir um grande papel de proteção à população”, declarou.
Pico
Dino pontuou, ainda, que passado o pico da pandemia da Covid-19, e quando da desmontagem da estrutura, os equipamentos a serem utilizados podem ser incorporados à rede de saúde pública permanente, no que ele chamou de “legado" do hospital de campanha.
"Nós teremos legados, porque o hospital de campanha é provisória, mas os equipamentos, não. O meu desejo é que esses equipamentos sejam incorporados ao parque hospitalar da cidade de Açailândia”, completou.
Segundo o Governo do Maranhão, o hospital será construído próximo ao Fórum de Açailândia, no bairro Tropical, e terá 60 leitos para atender casos de baixa complexidade. A iniciativa libera outras unidades públicas de saúde para o atendimento de casos graves da doença.
Na quarta-feira, 22, durante entrevista à Rádio Clube FM e ao Criativa News, o governador Flávio Dino já havia comentado a instalação da estrutura. Segundo ele, trata-se de uma precaução, uma vez que a curva de novos casos na região ainda está controlada.
“A nossa curva é menor do que a média brasileira, mas precisamos nos precaver. Tive uma conversa telefônica com o presidente da Vale e solicitei esse auxílio. Estamos visando a ampliação do nosso parque hospitalar, expandindo por precaução a nossa capacidade de atendimento”, comentou.
De acordo com o governador, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) segue acompanhando a curva de casos no estado, com um olhar especial para a região Tocantina, segunda mais populosa do estado.
“Conheço bastante a região, sei das deficiências na área de saúde. Daí a importância desse equipamento, aqui no Maranhão ainda não havíamos recorrido a isso. É a primeira iniciativa nesse sentido”, afirmou.
Legenda: Em entrevista na Região Tocantina, governador Flávio Dino falou sobre escolha de hospital em Açailândia
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Chamado
Flávio Dino fez um chamado à população para o combate unido e solidário da doença. “Lamento muito que haja distorção política. Não é hora de atitudes extremistas. É hora de bom senso, união e equilíbrio”, disse.
Se rede ficar superlotada, Dino admite lockdown
Apesar de haver afirmado, no fim da semana passada, que tem interesse em reabrir o comércio na Região Metropolitana de São Luís no dia 5 de maio, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), admite que pode rever essa postura caso a taxa de ocupação de leitos de UTI chegue perto da capacidade de atendimento do Estado.
Em entrevista ao Estadão, na quarta-feira, 22, o comunista anunciou que, se a ocupação de leitos de UTI chegar a 80% ele decretará o fechamento total de atividades na Grande Ilha.
“Tenho um decreto pronto de lockdown (fechamento total de atividades) se a ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) chegar a 80%”, declarou Dino.
Os últimos boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) apontam que esse percentual já foi ultrapassado. Mas, de acordo com o secretário de Estado da Comunicação e Assuntos Políticos, Rodrigo Lago, o governador ainda não tomou a anunciada atitude porque a taxa deve diminuir com a abertura de novos leitos.
“Foram abertos novos leitos, imediatamente. Outros estão sendo instalados nesse momento. Se ainda assim a taxa seguir crescendo, voltar a esse patamar, mesmo com leitos ampliados, pode ser a saída necessária”, afirmou.
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