Covid-19

Dino: novo hospital em Açailândia foi escolhido por estudos técnicos

Decisão, segundo governador, foi baseada em análises técnicas; cidade receberá 60 leitos normais em um hospital de campanha bancado pela empresa Vale

Gilberto Léda/ a editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
governador Flávio Dino disse que critérios técnicos definiram Açailândia para receber hospital de campanha
governador Flávio Dino disse que critérios técnicos definiram Açailândia para receber hospital de campanha (Flávio Dino)

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), explicou ontem, durante entrevista coletiva a veículos da Região Tocantina, os critérios para a escolha do município de Açailândia para a instalação de um hospital de campanha para atendimento a pacientes infectados pelo novo coronavírus (Covid-19).

O comunista destacou que tomou a decisão pessoalmente - após estudos técnicos -, porque identificou a boa capacidade instalada de atendimento na cidade.

“No estudo técnico que fizemos, esclareço, identificamos que havia a ocorrência de casos na cidade de Açailândia. E eu conheço bastante cada pedaço, cada cidade, cada município do nosso estado, e sei, portanto, da capacidade de atendimento instalada em cada uma dessas cidades, e esta foi a razão pela qual, ao falar com o presidente da empresa Vale, conversando sobre a possibilidade de eles apoiarem nosso estado nesse quadro grave que, infelizmente atravessamos, eu escolhi a cidade de Açailândia. Exatamente porque identifico que ali um hospital de campanha pode cumprir um grande papel de proteção à população”, declarou.

Pico

Dino pontuou, ainda, que passado o pico da pandemia da Covid-19, e quando da desmontagem da estrutura, os equipamentos a serem utilizados podem ser incorporados à rede de saúde pública permanente, no que ele chamou de “legado" do hospital de campanha.

"Nós teremos legados, porque o hospital de campanha é provisória, mas os equipamentos, não. O meu desejo é que esses equipamentos sejam incorporados ao parque hospitalar da cidade de Açailândia”, completou.

Segundo o Governo do Maranhão, o hospital será construído próximo ao Fórum de Açailândia, no bairro Tropical, e terá 60 leitos para atender casos de baixa complexidade. A iniciativa libera outras unidades públicas de saúde para o atendimento de casos graves da doença.

Na quarta-feira, 22, durante entrevista à Rádio Clube FM e ao Criativa News, o governador Flávio Dino já havia comentado a instalação da estrutura. Segundo ele, trata-se de uma precaução, uma vez que a curva de novos casos na região ainda está controlada.

“A nossa curva é menor do que a média brasileira, mas precisamos nos precaver. Tive uma conversa telefônica com o presidente da Vale e solicitei esse auxílio. Estamos visando a ampliação do nosso parque hospitalar, expandindo por precaução a nossa capacidade de atendimento”, comentou.

De acordo com o governador, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) segue acompanhando a curva de casos no estado, com um olhar especial para a região Tocantina, segunda mais populosa do estado.

“Conheço bastante a região, sei das deficiências na área de saúde. Daí a importância desse equipamento, aqui no Maranhão ainda não havíamos recorrido a isso. É a primeira iniciativa nesse sentido”, afirmou.

Legenda: Em entrevista na Região Tocantina, governador Flávio Dino falou sobre escolha de hospital em Açailândia

Mais

Chamado

Flávio Dino fez um chamado à população para o combate unido e solidário da doença. “Lamento muito que haja distorção política. Não é hora de atitudes extremistas. É hora de bom senso, união e equilíbrio”, disse.

Se rede ficar superlotada, Dino admite lockdown

Apesar de haver afirmado, no fim da semana passada, que tem interesse em reabrir o comércio na Região Metropolitana de São Luís no dia 5 de maio, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), admite que pode rever essa postura caso a taxa de ocupação de leitos de UTI chegue perto da capacidade de atendimento do Estado.

Em entrevista ao Estadão, na quarta-feira, 22, o comunista anunciou que, se a ocupação de leitos de UTI chegar a 80% ele decretará o fechamento total de atividades na Grande Ilha.

“Tenho um decreto pronto de lockdown (fechamento total de atividades) se a ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) chegar a 80%”, declarou Dino.

Os últimos boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) apontam que esse percentual já foi ultrapassado. Mas, de acordo com o secretário de Estado da Comunicação e Assuntos Políticos, Rodrigo Lago, o governador ainda não tomou a anunciada atitude porque a taxa deve diminuir com a abertura de novos leitos.

“Foram abertos novos leitos, imediatamente. Outros estão sendo instalados nesse momento. Se ainda assim a taxa seguir crescendo, voltar a esse patamar, mesmo com leitos ampliados, pode ser a saída necessária”, afirmou.

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