GENEBRA - A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quarta-feira, 22, que há “tendências preocupantes de alta” em casos de coronavírus em alguns países da África, América Central e América do Sul, e alertou que a abertura de viagens internacionais precisa ser gerenciada com cuidado.
“A maioria dos países ainda está nos estágios iniciais de suas epidemias e alguns que foram afetados no início da pandemia estão começando a ver um ressurgimento dos casos”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a jornalistas de Genebra, em uma entrevista pela internet.
“Não se enganem, ainda temos um longo caminho a percorrer. Esse vírus estará conosco por um longo tempo”, acrescentou, observando o progresso no combate ao coronavírus em países da Europa Ocidental.
O principal especialista em emergências da OMS, Mike Ryan, alertou contra a abertura de viagens internacionais muito rapidamente, dizendo que isso exigiria “cuidadoso gerenciamento de riscos”.
Mortes caem na Itália
As mortes pela epidemia de Covid-19 na Itália aumentaram em 437 nesta quarta-feira, 22, contra 534 no dia anterior, informou a Agência de Proteção Civil do país, enquanto a contagem diária de novas infecções aumentou para 3.370, ante 2.729 na terça-feira.
O total de mortos desde o surgimento do surto, em 21 de fevereiro, agora é de 25.085, segundo a agência, o segundo maior número de fatalidades do mundo, atrás apenas da dos Estados Unidos.
O acumulado de casos confirmados é de 187.327, o terceiro maior número global, atrás de Estados Unidos e Espanha.
As pessoas registradas como portadoras atualmente da doença caíram para 107.699, praticamente estável ante os 107.709 anteriores.
Transmissibilidade na Coreia
Pacientes que tiveram diagnósticos positivos do novo coronavírus depois de se recuperarem de uma primeira infecção parecem transmitir bem menos a doença da segunda vez, disseram autoridades de saúde da Coreia do Sul nesta quarta-feira.
Embora a tendência de casos novos no país continue declinando, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KCDC) começou a investigar um número crescente de pessoas que recebem diagnósticos positivos depois de se recuperarem.
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