Contrabando

Ação da Receita Federal destrói 300 t de cigarro contrabandeado

Boa parte dos cigarros foi apreendida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em rodovias que cortam o Maranhão, cuja procedência é do Paraguai; produto foi destruído no Porto Grande

Bárbara Lauria / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Cigarros apreendidos foram destruídos em ação da Receita Federal
Cigarros apreendidos foram destruídos em ação da Receita Federal (cigarro)

Uma ação de destruição de cigarros contrabandeados no Maranhão, foi realizada na manhã desta segunda-feira, 20. Na ocasião, foram destruídos 300 toneladas de cigarros apreendidos no estado. A ação feita pela Receita Federal, contou com o apoio do Fórum Nacional de Combate à Pirataria e Ilegalidade (FNCPI).

As 300 toneladas de cigarros são o resultado de apreensões realizadas desde o ano de 2018 e é avaliada em cerca de R$ 54 milhões. Segundo o inspetor-chefe da Receita Federal Brasileira de São Luís, Elmar Nascimento, de acordo com os dados catalogados em 2018 e 2019, cerca de 150 toneladas de cigarros são apreendidos no Maranhão por ano.

A apreensão é feita em todo o estado do Maranhão, porém, de acordo com Elmar Nascimento, a maioria das confiscações acontecem em BRs e são feitas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e pela Polícia Militar.

Apenas em fevereiro deste ano, foi resgatada uma carga com 2,6 mil cigarros contrabandeados na BR-35, no Maranhão. Os cigarros estavam em uma van, que foi parada pela PRF durante a operação de rotina. O motorista da van foi autuado por contrabando.

Edson Vismona, presidente do FNCPI, comentou que a destruição dos cigarros ilegais, além de apoiar a Receita Federal, é uma questão de segurança. "Essa operação acaba com a possibilidade destes cigarros do crime retornarem para o mercado ilegal e continuarem financiando o crime e o tráfico de armas e drogas, tirando vidas e destruindo a sociedade," afirma.
Atualmente, o contrabando responde pela maior parte dos cigarros consumidos no Maranhão. Segundo estimativas da indústria, 73% dos cigarros em circulação no estado são contrabandeados.

Como a falta de espaço para estoque de mercadoria ilegal dificulta as operações de apreensão, a destruição dos cigarros ilegais também auxilia na liberação desse espaço físico nos depósitos da Receita Federal para a intensificação das ações policiais de repressão e combate ao contrabando.

Processo de apreensão
Após a apreensão, por lei, os objetos são transferidos para a Receita Federal, onde são guardados e todo processo pós apreensão é feito.

Após isso, os cigarros são destruídos e são encaminhadas para o Ministério Público Federal as informações para que os responsáveis pela carga respondam ao processo por crime de contrabando.

Transporte
Além dos cigarros contrabandeados, também há a apreensão de veículos que, posteriormente, são usados para o transporte dessa carga para o local de destruição. “Depois, os veículos são destinados a órgão federais, estaduais. Tipo PRF, PM, Bombeiros, etc.; em alguns casos, quando não há interesse destes órgãos, vão para leilão”, informou Elmar Nascimento.

Prejuízo
Em 2019, o prejuízo para o governo foi em torno de R$ 164 milhões, o equivalente a construção de aproximadamente 1.670 casas populares ou 283 unidades básicas de saúde.

Segundo uma pesquisa feita pelo IBOP em 2019 a média de preço dos cigarros fabricados legalmente por aqui é de R$ 7,51, o cigarro ilegal é comercializado por apenas R$ 3,44, valor 55% inferior ao do produto legal.

No Brasil, os impostos sobre os cigarros variam de 70% a 90%, dependendo do estado. Já no país vizinho, o produto é taxado em apenas 18%.

Números

73% dos cigarros em circulação no Maranhão são contrabandeados
54 milhões de reais é o valor avaliado da mercadoria apreendida
164 milhões de reais foi a estimativa do prejuízo em 2019

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