Desrespeito ao isolamento social

Mesmo com casos de Covid-19 aumentando banhistas continuam frequentando praias

Pessoas continuam desrespeitando isolamento social em praias; Sema não está realizando monitoramento da balneabilidade do litoral

Kethlen Mata/ O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Movimentação na orla é crescente
Movimentação na orla é crescente (praia)

Em São Luís, as praias impróprias para banho são uma realidade há bastante tempo. Com a medida de distanciamento social o número de banhistas frequentando o litoral diminuiu, alguns são até mesmo impedidos pela Polícia. Porém, ainda é possível ver uma quantidade expressiva de pessoas pelas praias da capital. Na praia do Calhau, foram avistados vários indivíduos caminhando pela orla e até mesmo tomando banho de mar.

Semanalmente, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) deveria publicar um monitoramento da balneabilidade do litoral de São Luís e de algumas praias de São José de Ribamar, no entanto, com a suspensão de alguns serviços, a verificação de balneabilidade das praias não está ocorrendo.

“Em cumprimento aos Decretos nº 35.677 de 21 de março de 2020 e nº 35.731 de 11 de abril de 2020, que tratam da suspensão de serviços não essenciais, visando a redução do risco de doenças e prevenção ao contágio do Covid-19 no estado, e considerando que estudos científicos apontam corpos hídricos receptores de efluentes como potenciais indutores de contágio, a Sema optou pela suspensão temporária das coletas e demais atividades de campo relacionadas à balneabilidade, sem prejuízo das demais atividades de escritório que seguem realizadas em home office. A medida visa prezar pela segurança e saúde de seus servidores”, declarou a Sema em nota.

O último levantamento da secretaria é do período entre 17 de fevereiro 2020 e 17 de março do mesmo ano. Nele, foi apontado que as amostras de 21 pontos distribuídos nas praias da Ponta d’Areia, São Marcos, Calhau, Olho d’Água, Praia do Meio e Araçagy continuam impróprias para banho. A coleta, verificação e resultados são pautados nos padrões fixados na Resolução Conama nº 274/00.

É importante ressaltar, que mesmo sem a verificação de balneabilidade os banhistas não estão correndo menos perigo de contrair doenças por estarem em contato com água contaminada, pelo contrário, agora não há como comprovar se as praias estão próprias ou não para banho.

“Para as praias ficarem próprias para o banho, depende do esgoto que é despejado. É sempre grande o teor de coroliformes fecais advindo desses esgotos”, explicou o biólogo e especialista em engenharia ambiental, Ronald de Ribamar Santos Pereira. “Precisa ser feito um trabalho sério de descontaminação, para que as praias voltem a ficar propicias”, completou.

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