MADRI - Espanha relatou, nesta quinta-feira, outro aumento substancial de mortes diárias de Covid-19, que elevou o número total para mais de 19 mil, mas as cifras da região da Catalunha indicam que o verdadeiro total pode ser de milhares mais.
O Ministério da Saúde disse que 551 pessoas morreram nas 24 horas transcorridas até esta quinta-feira, mais do que as 523 de quarta-feira, elevando o total a 19.130.
O número total de infectados subiu de 177.633 para 182.816 na quarta-feira, um crescimento que o chefe de emergências, Fernando Simón, disse se dever sobretudo ao aumento dos exames.
A maioria dos recém-identificados tem sintomas brandos ou nenhum, acrescentou.
A Espanha é um dos países mais atingidos pela epidemia global, mas começou a suavizar experimentalmente o isolamento rígido imposto em 14 de março e reativou alguns setores da economia, como a manufatura, no início desta semana.
Lojas, bares, restaurantes e outros locais de convívio social continuam fechados.
“O aumento do número de exames levou a um aumento do número de casos”, disse Simón na coletiva de imprensa diária do governo, um dia depois de o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, prometer uma nova intensificação dos exames.
Mas apesar dos sinais de que o país começa a abaixar a curva de infecções e mortes, as cifras catalãs indicam que nem todos os óbitos foram capturados nas contagens nacionais.
Na noite de quarta-feira, o departamento de saúde da região anunciou outras 3.242 mortes de coronavírus desde o surgimento da pandemia.
Quarentena no Reino Unido
O governo britânico estendeu a quarentena por ao menos mais três semanas, anunciou nesta quinta-feira o ministro de Relações Exteriores, Dominic Raab, que atua como premiê interino, determinando que a população fique em casa para impedir a propagação do coronavírus que já matou mais de 138.000 pessoas no mundo.
“Chegamos longe demais, perdemos muitos entes queridos, já sacrificamos demais para aliviar agora, especialmente quando começamos a ver as evidências de que nossos esforços estão começando a dar frutos”, disse Raab a repórteres.
Raab está substituindo o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson
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