Influenza

Maranhão registra 41 casos e 4 mortes por H1N1 este ano, informa a SES

Doença também é conhecida como Influenza A ou gripe suína; vacinação está ocorrendo e segue até o mês de maio no Brasil

Nelson Melo / O Estado

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Por causa da incidência de casos da gripe H1N1, vacinação foi antecipada e está ocorrendo em todo o país
Por causa da incidência de casos da gripe H1N1, vacinação foi antecipada e está ocorrendo em todo o país (vacinação H1N1)

Enquanto o novo coronavírus está infectando e causando mortes no Maranhão, uma “velha” doença está agindo de maneira tão devastadora como aquela. Trata-se da H1N1, que causa os mesmos sintomas das outras versões do vírus influenza, como febre alta, mal-estar, dor de cabeça, espirros e tosse. A gripe suína, como também é conhecida, já contaminou 41 pessoas no estado. Além disso, houve quatro óbitos em decorrência da enfermidade, cujos modos de transmissão e prevenção são semelhantes aos da Covid-19.

De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES), os 41 casos de Influenza A foram confirmados após exames laboratoriais, como deve ocorrer, devido à exigência científica da comprovação. As amostras são analisadas no Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde (MS). Devido à incidência de H1N1 não apenas no Maranhão, como nos demais estados da federação, a campanha de vacinação teve início mais cedo no Brasil.

Por conta dos casos da doença, a Secretaria de Estado da Saúde disse que orienta as pessoas para que mantenham os hábitos de higiene, como lavagem constantes das mãos com água e sabão ou com álcool em gel, além do cuidado de cobrir a boca e nariz com o cotovelo durante a tosse ou espirro.

“A SES informa que as Unidades de Pronto Atendimento têm garantido o atendimento a todos os pacientes que buscam o serviço, contudo, conforme protocolo de acolhimento com classificação de risco do Ministério da Saúde, os casos mais graves possuem prioridade e são transferidos para hospitais de referência”, informou o órgão.

Ainda segundo a SES, as pessoas com sinais e sintomas de resfriado devem tratar o quadro em ambiente domiciliar, assim como devem evitar aglomerações, uma vez que multidão favorece o contágio de H1N1 e coronavírus.

Campanha

Na capital maranhense, estão sendo vacinadas pessoas cujo primeiro nome começa com K a Z, seguindo o cronograma para evitar aglomerações nos postos de saúde. Isso vai até a próxima sexta-feira, 17. A 1ª fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, coordenada pelo Ministério da Saúde, será dividida em três etapas. Nesta primeira fase, que seguirá até o dia 15 de abril, serão imunizadas as crianças a partir de 6 meses de vida a menores de 6 anos, bem como idosos a partir dos 60 anos e os profissionais que trabalham na área da saúde.

Somente na capital maranhense, foram disponibilizadas 68 salas de vacinação distribuídas nas unidades de saúde do município. Neste ano, a campanha traz o conceito “Gripe. Tem que vacinar”. Também voltada para as outras duas fases, as peças destacam as datas de início da vacinação para cada grupo e chamam a atenção para a importância de se respeitar o calendário para que todos sejam imunizados. Na segunda, que começa dia 16 de abril, entram os professores, profissionais das forças de segurança e salvamento, além dos doentes crônicos, caminhoneiros, motoristas de transportes coletivo e trabalhadores portuários.

A partir de 9 de maio, “Dia D” de vacinação, serão imunizadas as crianças de seis meses a menores de seis anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), pessoas com mais de 55 anos, gestantes, mães no pós-parto (até 45 dias após o parto), população indígena e portadores de condições especiais. A campanha seguirá até o dia 23 de maio. A meta é vacinar, pelo menos, 90% de cada um desses grupos, até o dia 22 de maio, de acordo com informações do Ministério da Saúde.

A vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para Covid-19, já que os sintomas são parecidos.

Fique por Dentro

Sobre H1N1

A H1N1 consiste em uma doença causada por uma mutação do vírus da gripe. Ela se tornou conhecida quando afetou grande parte da população mundial entre 2009 e 2010. Os sintomas da Influenza A são bem parecidos com os da gripe comum, e a transmissão também ocorre da mesma forma. O problema é que ela pode levar a complicações de saúde muito graves, podendo ser fatal. O vírus vive por duas a oito horas em superfícies. Lavar as mãos com frequência ajuda a reduzir as chances de contaminação.

Segundo a Organização Mundial da Saúde e o Center for Deseases Control (CDC), o centro de controle de doenças nos Estados Unidos, não há risco de esse vírus ser transmitido através da ingestão de carne de porco, porque ele será eliminado durante o cozimento em temperatura elevada (71º Celsius). Acredita-se que a H1N1 possa ser transmitida da mesma maneira pela qual se transmite a gripe comum. Os vírus da influenza se disseminam de pessoa para pessoa, especialmente por meio de tosse ou espirros das pessoas infectadas.

Algumas vezes, as pessoas podem se infectar tocando objetos que estão contaminados com os vírus da influenza e depois tocando sua boca ou o nariz.

Saiba Mais

Coronavírus no Maranhão

O boletim epidemiológico divulgado pela SES na noite de domingo, 12, mostra que o Maranhão contabiliza 445 casos confirmados de coronavírus. Nas últimas 24 horas, foram 47 novas situações comprovadas. Desse total, 27 pessoas infectadas morreram. Por outro lado, 68 se recuperaram. Atualmente, 22 municípios do estado possuem contaminados: São Luís, Vitória do Mearim, São José de Ribamar, Viana, Imperatriz, Açailândia, Timon, Santa Inês, São Benedito do Rio Preto, Raposa, Urbano Santos, Cajapió, Colinas, Paço do Lumiar, Cantanhede, Chapadinha, Cachoeira Grande, Caxias, Altamira do Maranhão, Santa Rita, Mirinzal e Zé Doca.

São Luís concentra a maior parte dos casos positivos, com 369 situações. Nas últimas horas, foram confirmados mais três óbitos no Maranhão: uma mulher de 71 anos, com quadro de hipertensão, diabetes e doença renal crônica; mulher de 86 anos, com quadro de hepatite C e Alzheimer; e mulher de 61 anos. Todos são moradores da capital maranhense.



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