Custos

Dino diz que combate à Covid-19 custará R$ 50 milhões por mês

Segundo o governador do Maranhão, antes da pandemia causada pelo novo coronavírus, a Saúde maranhense custava algo em torno de R$ 150 milhões mensais e, agora, R$ 200 milhões

Gilberto Léda/Da Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Flávio Dino disse que, sem pandemia, Estado gasta por mês cerca de R$ 150 milhões com o sistema de Saúde
Flávio Dino disse que, sem pandemia, Estado gasta por mês cerca de R$ 150 milhões com o sistema de Saúde (Flávio Dino)

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou ontem, durante entrevista ao Bom Dia Mirante, da TV Mirante, que o combate à expansão do novo coronavírus (Covid-19) deve custar aos cofres estaduais cerca de R$ 50 milhões por mês.

Segundo ele, antes da pandemia a Saúde maranhense custava algo em torno de R$ 150 milhões. Com a necessidade ampliação da rede hospitalar, contundo – notadamente de leitos de terapia intensiva -, esse valor subiu para aproximadamente R$ 200 milhões, segundo cálculo do comunista.

“Nossa rede estadual de Saúde, todos os meses, nos custa R$ 150 milhões. A nossa estimativa é que, com essa pandemia do coronavírus, nós estamos falando até de R$ 200 milhões por mês”, declarou.

Segundo ele, por conta disso os recentes repasses de verbas do Ministério da Saúde tanto para o Estado, quanto para os municípios, foi importante.

“Não há dúvida de que o repasse do Ministério da Saúde a todos os municípios do Maranhão é importante, porque isso permite que os municípios maranhenses também ajudem no primeiro atendimento, na atenção básica, na prevenção, nos casos mais leves e moderados”, completou.

Dino também comentou o recente envio de R$ 27,7 milhões do governo Jair Bolsonaro especificamente para a gestão estadual. De acordo com o governador maranhense, o valor será usado para bancar parte da rede ampliada em virtude da Covid-19.

“No caso do Governo do Estado, nós recebemos também uma parte, que vai nos ajudar nesse custeio mensal, de praticamente R$ 200 milhões. Então nós recebemos esses R$ 27 milhões, 28 milhões, estamos recebendo hoje a parte final e, com isso, vamos continuar garantindo o custeio e, ao mesmo tempo, esses novos investimentos”, disse, citando a reforma para ampliar a capacidade de atendimento do HCI, hospital arrendado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) no Bequimão; a entrega de leitos no Novo Hospital do Servidor, atrás do Hospital Carlos Macieira (HCM); e uma obra no Hospital Nina Rodrigues.

Ele avaliou, entretanto, que a verba ainda é insuficiente. “Onde gastar o dinheiro, infelizmente, não falta. O que falta é o contrário, o que falta é o recurso para que a gente continue esse processo”, concluiu.

Recursos - Além dos R$ 27 milhões enviados na semana passada, no dia 16 de março, dias após a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar pandemia do novo coronavírus, o Ministério Saúde publicou a Portaria nº 395/2020 no Diário Oficial da União, estabelecendo as verbas a estados e ao Distrito Federal.

No total, foram liberados R$ 424 milhões, R$ 14 milhões dos quais exclusivamente ao Governo do Maranhão.

Dias depois, foram garantidos mais R$ 20,1 milhões pelo governo Jair Bolsonaro, desta vez contemplando não apenas o Executivo estadual, mas também os municípios.

Segundo os critérios aprovados durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite do Maranhão, esse valor foi assim repartido: R$ 4 milhões para a Secretária de Estado da Saúde (SES) – R$ 2 milhões dos quais destinados à compra de máscaras, álcool gel e outros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

No total, desde o início da pandemia, o Maranhão já recebeu R$ 45 milhões do governo federal especificamente para combate e prevenção à doença.

Mais

Perda de arrecadação deve chegar a R$ 1 bilhão

Além do aumento do custo da Saúde estadual, o Maranhão deve enfrentar, também, perdas significativas de arrecadação por conta das medidas de isolamento social tomadas para conter a expansão do vírus.

Em coletiva no final da semana passada, o governador Flávio Dino falou pela primeira vez sobre impacto, em números, que a crise sanitária provocada pela pandemia provocará nas contas do Estado.

Segundo ele, “o Maranhão terá uma perda de R$ 1 bilhão de reais até o final do ano”.

Só no mês de abril, informou o governador, as perdas de receita já chegam a R$ 300 milhões de reais. “É uma perda bastante substantiva”, afirmou.

No início do mês, O Estado revelou que, em apenas uma semana, as medidas para contenção do vírus – como fechamento do comércio, por exemplo – já haviam provocado um impacto negativo de 63% nas receitas oriundas do ICMS.

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