Alívio e cura

Apesar de a cura ser maioria, todo cuidado é pouco contra Covid-19

Mesmo com registros de pessoas que superaram a doença, o número de mortes no Maranhão em consequência do vírus mortal ainda é alto

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
O médico Luciano Danda estava em São Paulo quando fez o exame de Covid-19, mas o resultado foi liberado quando chegou a Imperatriz
O médico Luciano Danda estava em São Paulo quando fez o exame de Covid-19, mas o resultado foi liberado quando chegou a Imperatriz

“Ainda não é possível afirmar com exatidão sobre barreira imunológica para quem já teve Covid”

Pela capacidade de transformação e adaptação do coronavírus aos diferentes ambientes é preciso tomar cuidado com a enfermidade

A O Estado, a infectologista Maria dos Remédios Branco, que analisa os efeitos do coronavírus desde os primeiros casos no mundo, disse que ainda não é possível afirmar com exatidão que quem já fora infectado não terá mais os efeitos da doença. Para ela, somente após estudos mais comprovados cientificamente, será possível falar em “barreira imunológica” contra a doença. Pela capacidade de transformação e adaptação do coronavírus aos diferentes ambientes, para a profissional, é preciso tomar cuidado com toda conclusão acerca da enfermidade.

A pessoa que adquiriu a doença e se curou poderá ser novamente infectada?
Em princípio, essa pessoa vai ficar protegida contra a Covid-19 por um tempo. Por ora, não é possível mensurar por quanto tempo. Estas pessoas precisarão ser acompanhadas por vários anos para se saber se esta pessoa poderá ser novamente infectada. Estudos mais elaborados visando responder a este questionamento estão sendo providenciados.

Quais as medidas preventivas às pessoas curadas para não serem novamente infectadas?
As pessoas curadas não serão infectadas em um primeiro momento. Diante deste fato, estas pessoas precisam manter as medidas de higienização mais básicas, como limpeza das mãos e do ambiente em que vivem ou trabalham. Estas medidas são necessárias para que estas pessoas não levem secreções de pessoas possivelmente infectadas a outros ambientes. Isso evita que eventualmente um indivíduo que não esteja com doença passe a tê-la.

Qual a eficácia da vacina contra a influenza no combate à Covid-19? Há uma eficácia direta?
A vacina contra a influenza somente protege contra o vírus específico, no caso o influenza dos tipos A e B. Ela, no caso, não protege contra a Covid. Mas é importante que a pessoa que esteja enquadrada no público-alvo procure os locais de imunização, já que a vacina protege contra os sintomas da influenza, é uma doença que pode levar inclusive a morte. Quanto mais pessoas protegidas na população, maior a eficácia da vacina. É importante ainda que o maior número possível de pessoas esteja protegida, já que são menos pessoas procurando os serviços públicos de saúde, deixando a rede com maior oferta para quem tem sintomas suspeitos ou comprovados do coronavírus.

Quais as medidas de prevenção a serem divulgadas à população para evitar infecções, em especial, a Covid-19?
É recomendado, neste primeiro momento, o distanciamento social, que é importante para evitar que as pessoas se infeccionem e contaminem outras pessoas. É importante seguir ainda a “quarentena”, para os casos enfermos e que podem ter acompanhamento domiciliar. Para qualquer pessoa, estando enferma ou não, o cuidado com a lavagem das mãos e utilização do álcool gel é redobrado dentro da técnica necessária. A lavagem deve durar de quarenta a sessenta segundos e o álcool gel tem sua colocação satisfatória em menos tempo, cerca de vinte segundos.
É fundamental ainda não tocar os olhos, nariz ou a boca e ainda o uso de máscaras caseiras caso a pessoa necessita sair. Seja para um supermercado ou outro lugar. O cuidado é para impedir que uma pessoa possivelmente com o coronavírus contamine outras pessoas. Essas e outras medidas são importantes, pois 20% dos casos são considerados graves ou críticos, necessitando neste caso de tratamento especializado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Caso essa demanda aumente, correríamos um risco de colapso no sistema de saúde público e privado.l

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