Editorial

Um país exposto às críticas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

A ameaça de demitir o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, mostrou, na tarde/noite da última segunda-feira, 6, que Jair Bolsonaro é inseguro, não preside o país e a cada dia expõe a nação ao ridículo com as suas declarações irresponsáveis e ameaças. Não é à toa que há pouco tempo a conceituada revista britância “ The Economist’ chamou o presidente de “BolsoNero”.

Hoje, o mundo faz um esforço de guerra contra o Covid-19, mas o capitão insiste em tratar a pandemia como uma “gripezinha”, a ser curada com jejum, reza e declarações amalucadas.
Ao afirmar “o presidente sou eu, pô. O presidente sou eu. Os ministros seguem as minhas determinações", Bolsonaro não hesita em mostrar a sua insegurança sobre os mais diversos assuntos – economia, saúde e outros. E resta-lhe a ameaça de usar a caneta para demitir qualquer subordinado, até mesmo aqueles que vem realizando um bom trabalho, conforme avaliação de institutos de pesquisa junto a população.

A semana segue pautada pela incerteza dos acontecimentos, principalmente na área de saúde. Ao decidir permanecer à frente da pasta de Saúde, Mandettta – que têm divergências com Bolsonaro por conta das estratégias para conter a velocidade de contágio do novo coronavírus – garante que o governo vai se reposicionar em relação ao Covid-19. Ou seja, todos unidos em direção ao problema.

Enquanto isso, um documento elaborado por deputados brasileiros denuncia o comportamento do presidente Bolsonaro ao diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedos Adhanon. Os parlamentares listam pronunciamentos e atos polêmicos do presidente em relação ao vírus, o que, segundo eles, aponta um comportamento irresponsável e que “flerta com o genocídio”. E mais: “nenhum cidadão, muito menos um mandatário, pode usar a liberdade de expressão para desinformação e para colocar em situação de risco a saúde e a vida de mais de 200 milhões de pessoas”. No documento, os deputados ainda cobram ações efetivas e “providências que possam auxiliar o Brasil em um momento de emergência”, questionando ainda os limites das atitudes do presidente para a comunidade internacional.

Ontem, 7, o governo lançou aplicativo e site para que os trabalhadores informais possam requerer o auxílio de R$ 600. O cronograma de pagamentos só vai começar nesta quinta-feira, 9. O plano inicial era começar ontem. A alteração foi motivada, sendo o governo, porque o processo é muito complexo, são muitas variáveis e o esforço está sendo quase sobrehumano das equipes para poder fazer o atendimento mais rápido possível.

Os primeiros a receber serão os informais que estão no Cadastro Único (CadÚnico). Estão nessa base de dados hoje 75 milhões de pessoas, dos quais 10 milhões já foram identificados como elegíveis ao benefício. Foram encontrados algo próximo de 10 milhões de pessoas com possibilidade de já receber. Essa listagem está na fase final de avaliação. Foram milhões e milhões de cruzamentos feitos pela Dataprev, com acompanhamento da Caixa e do ministério da Cidadania. Milhares de pessoas já se cadastraram no aplicativo. Ele deve ser usado apenas por pessoas que não estão no Cadastro Único (CadÚnico). O aplicativo está disponível nas lojas da Apple e Google Store e pode ser baixado sem custo no celular.

Segundo o governo, o prazo de quinta-feira vale para informais que têm conta na Caixa e no Banco do Brasil. Os que não têm recebem a partir do dia 14 de abril, em conta digital. O governo também anunciou que a segunda parcela do benefício está prevista para ser depositada nos dias 26, 27, 28 e 29 de abril, de acordo com o mês de nascimento.

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