Pandemia

Quase 1,5 milhão de EPIs para o Maranhão contra o coronavírus

Entre os Equipamentos de Proteção Individual enviados pelo Ministério da Saúde, há máscaras cirúrgicas e luvas

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Luvas  e máscaras estão entre os  equipamentos enviados ao Maranhão  pelo MS
Luvas e máscaras estão entre os equipamentos enviados ao Maranhão pelo MS (EPI luva mascaras)

Como uma forma de combater o novo coronavírus, por meio de ações estratégicas, foram distribuídos mais de 53,1 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para os profissionais de saúde das unidades federativas do Brasil. O Maranhão recebeu 1.498.794 desses insumos, incluindo luvas para procedimentos não cirúrgicos, kit de teste rápido e avental. Entre os materiais, a maior quantidade foi de máscaras cirúrgicas, totalizando 522.500, de acordo com o Ministério da Saúde (MS).

Conforme o Mapa dos Insumos Estratégicos, elaborado pelo Ministério da Saúde, ao Maranhão foram destinados 24.500 aventais, 5.904 exemplares de álcool etílico, 14.400 kits de teste rápido, 506.000 luvas para procedimento não cirúrgico, 522.500 máscaras cirúrgicas, 7.000 máscaras N-95, 416.600 sapatilhas e toucas hospitalares e 1.890 óculos de proteção. Importante dizer que a máscara N-95 também é chamada de PFF2, sendo capaz de garantir proteção em dois sentidos, porque tem um filtro de ar que bloqueia pelo menos 95% das partículas em suspensão e ajuda na defesa contra doenças por transmissão aérea, como o coronavírus.

No Maranhão, segundo explicações do Ministério da Saúde, há 572 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adulto, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou não.

Objetivo
De acordo com o MS, o objetivo do envio dos insumos é garantir a proteção dos profissionais que trabalham na área da saúde, que estão na “linha de frente” no combate ao novo coronavírus, uma vez que trabalham em ambientes considerados propícios para a disseminação da Covid-19, devido à quantidade de pacientes que chegam aos hospitais. “Neste cenário de emergência em saúde pública por conta da pandemia do coronavírus, o Ministério da Saúde tem apoiado os estados e municípios na aquisição e distribuição de Equipamentos no enfrentamento da doença. Para isso, mantém esforço constante para adquirir mais equipamentos e insumos, buscando fornecedores nacionais e internacionais, mesmo em um cenário de escassez devido à alta demanda em todo o mundo por conta da pandemia”, frisou o órgão.

Conforme informações do Ministério da Saúde, no total foram distribuídos mais de 53,1 milhões de EPIs usados pelos profissionais de saúde que realizam o atendimento dos pacientes infectados pelo vírus. Dentre os itens enviados aos estados, estão 15,8 milhões de máscaras, 23,9 milhões de luvas, 12,4 milhões de sapatilhas e toucas, 742 mil aventais e 60 mil óculos. Além de 183,3 mil unidades de álcool etílico em gel. “Deste total, 13,1 milhões foram distribuídos apenas nos primeiros dias do mês de abril”, informou o MS.

Linha de frente
Com a pandemia do coronavírus, muitos servidores públicos e empregados de empresas privadas saíram de seus ambientes de trabalho para a modalidade home office, que ocorre quando as pessoas trabalham em suas próprias casas ou em espaços alternativos, como cafés e locais de coworking. Outros, porém, receberam férias. De todo modo, a recomendação é apenas uma: fique em casa. Essa orientação, da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde, reduz a circulação do novo coronavírus, o que diminui o ritmo de novos casos da Covid-19.

No entanto, alguns profissionais não podem ficar em casa, pois seus trabalhos são considerados essenciais, que são aqueles definidos pela Lei de Greve: tratamento e abastecimento de água, produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; assistência médica e hospitalar; distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; funerários; transporte coletivo; captação e tratamento de esgoto e lixo; telecomunicações; guarda, e uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos nucleares; processamento de dados ligados a serviços essenciais; controle de tráfego aéreo; e compensação bancária.

Percebe-se, portanto, a importância do trabalho dos profissionais de saúde nesse cenário de pandemia, por atuarem na “linha de frente”, com risco grande de serem infectados pela Covid-19, como aconteceu com a técnica de laboratório Adelita Ribeiro da Silva, que morreu por coronavírus em Goiânia/GO. Ela participou de uma campanha pedindo para que a população ficasse em casa durante a pandemia de Covid-19.

Adelita foi internada na UTI de um hospital particular no dia 30 de março e morreu na manhã de sábado, 4. Ela trabalhava no Cais Novo Mundo e no Hemolabor, no Estado de Goiás. A técnica de laboratório foi enterrada em Goianápolis no mesmo dia. A família não pôde fazer velório e teve que acompanhar o sepultamento a 20 metros de distância, em virtude do risco de contágio do vírus. O caixão estava lacrado e não possuía vidro.

Palmas e reconhecimento

A categoria dos profissionais de saúde é ampla, abrangendo educadores físicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, médicos, nutricionistas, odontólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. Eles, portanto, não podem ficar em casa, mas continuam fazendo campanhas no Brasil para que as pessoas respeitem o isolamento social ou quarentena e permaneçam se protegendo em suas residências, com todos os cuidados domiciliares.

Desde o mês passado, esses profissionais estão fazendo apelos para que as pessoas se protejam e protejam os outros. Eles seguram cartazes com a seguinte frase: “Nós estamos aqui por vocês. Por favor, fiquem em casa”. As imagens foram divulgadas nas redes sociais e continuam sendo compartilhadas. Médicos, enfermeiros e demais argumentam que a atitude do isolamento social achata a curva de contágio da doença, o que é amplamente defendido pelo MS e OMS.

Devido ao trabalho incessante dos profissionais de saúde, estes foram aplaudidos, em várias ocasiões. Em várias cidades brasileiras, moradores gravaram a salva de palmas simultânea, que repercutiu até no exterior.

Sobre o coronavírus

O novo agente, denominado SARS-CoV-2, faz parte de uma família de vírus chamada de coronavírus. Eles recebem este nome porque, quando vistos no microscópio eletrônico, têm um aspecto de coroa. Alguns destes vírus infectam as pessoas e outros seres vivos, mas somente animais, e podem causar desde um resfriado comum, que não demanda a ida ao hospital, até quadros graves, como pneumonia e insuficiência respiratória, que pedem auxílio médico imediato.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o diagnóstico é feito por meio de um exame específico para detectar material genético do vírus em secreção do nariz e/ou garganta do paciente, colhida por um cotonete ou por aspiração. No Maranhão, a coleta é feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/MA). Apesar das formas de contágio, ainda não há evidências de que alguém possa pegar o coronavírus nos alimentos, durante as refeições.

“Mas é sempre uma boa ideia lavar as mãos com água e sabão ou usar gel desinfetante para as mãos antes de preparar ou comer alimentos”, salienta a SES.

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