COLUNA SOCIAL

Pergentino Holanda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
A MORTE do construtor João Batista Fujita, aos 84 anos, encerra um capítulo importante na economia cearense. Oriundo da área de engenharia do Exército, Capitão Fujita deixou a força militar para fundar, em 1969, a Estrela, construtora que foi uma das maiores do Nordeste e teve destacada atuação no Maranhão. Na foto, o saudoso Fujita e Rejane com nosso amigo Lúcio Brasileiro
A MORTE do construtor João Batista Fujita, aos 84 anos, encerra um capítulo importante na economia cearense. Oriundo da área de engenharia do Exército, Capitão Fujita deixou a força militar para fundar, em 1969, a Estrela, construtora que foi uma das maiores do Nordeste e teve destacada atuação no Maranhão. Na foto, o saudoso Fujita e Rejane com nosso amigo Lúcio Brasileiro
QUEM inaugurou a semana mudando de idade foi o empresário (aposentado) Nicolau Duailibe Neto. A pandemia do coronavírus me impediu, por conta do isolamento social, de repetir o que tenho feito nos últimos 50 anos: levar o meu abraço amigo a esse quase centenário que é visto na foto com a filha, deputada Helena Duailibe
QUEM inaugurou a semana mudando de idade foi o empresário (aposentado) Nicolau Duailibe Neto. A pandemia do coronavírus me impediu, por conta do isolamento social, de repetir o que tenho feito nos últimos 50 anos: levar o meu abraço amigo a esse quase centenário que é visto na foto com a filha, deputada Helena Duailibe

O inimigo
O Covid-19 mata facilmente, mas numa guerra os inimigos não são as armas, são os soldados inimigos que as disparam.
É por isso que neste caso da luta conta a pandemia o nosso verdadeiro inimigo não é o malfadado coronavírus, mas sim
os idiotas que o andam a disparar por aí.
É o meu vizinho descuidado que espirra para o corrimão da escada, o desconhecido que por causa da fila desata a berra no supermercado,
enfim, uma infinidade de soldados inimigos que nem usam farda, nem exibem as suas armas.

O inimigo 2
Mas nesta guerra também há o chamado fogo amigo, muitas vezes provocado pela incompetência de alguns generais.
Quando se questionou os riscos de contaminação numa sala de aula ouvi um alto responsável assegurar que não havia grande risco, já que os seus perdigotos dificilmente
atingiriam os alunos da primeira fila. Ainda bem que as aulas foram suspensas, porque se acreditássemos nesse irresponsável
a esta hora as escolas seriam hospitais.

O inimigo 3
Este inimigo mata usando uma nova estratégia de guerrilha, engana os nossos generais inoculando-lhes ignorância e levando-os a tomar decisões erradas, transforma os nossos familiares e amigos em soldados inimigos, coloca minas nos locais mais inesperados, dos óculos ao smartphone, do corrimão aos botões da braguilha. E enquanto alguns responsáveis anda pulando de evidência em
evidência científica ou inaugurando hospitais de campanha ou espalhando um otimismo que apenas serve para termos uma
imensa vontade de passear, os inimigos vão-se multiplicando e instalando-se em todos os pontos de onde é mais fácil nos acertar.

O inimigo 4
O inimigo pode ser o amigo, o político irresponsável, a senhora da limpeza descuidada. Esta guerra só será ganha com uma arma de destruição maciça, que é a vacina ou a cura. Mas a batalha que agora travamos e que determinará uma grande parte das vítimas que vamos sofrer nesta guerra será perdida se cada um de nós não for um bom soldado e se os nossos “generais” forem irresponsáveis, oportunistas ou incompetentes.
O verdadeiro inimigo são os nossos maus soldados e os generais incompetentes.

Efeito do Covid-19
Dá para imaginar o que,provavelmente, ocorrerá a 4 de outubro, dia das eleições às prefeituras e câmaras municipais: distanciamento nas filas, algumas máscaras e álcool gel junto às urnas eletrônicas para uso dos que ainda estiverem temendo o coronavírus.
A campanha nos 45 dias anteriores deverá ser sem aperto de mão dos eleitores.

Fujita morre em Fortaleza
O empresário Parmênio Carvalho sofreu um duro golpe na semana passada, por conta do falecimento, na última quinta-feira, em Fortaleza, do seu cunhado João Batista Fujita, empresário de sucesso casado com Dona Rejane, irmã de Parmênio. Ultimamente Fujita
estava com a saúde debilitada e contraiu o Covid-19. A notícia teve grande repercussão em São Luís, pelo vasto círculo de amizades
que Fujita conservava entre nós.

TRIVIAL VARIADO
Encerrou-se sábado o prazo para transferência do domicílio eleitoral e filiação a partido político. Foi também o limite para secretários municipais ou estaduais deixarem os cargos para concorrer a vereador.

Em São Luís, a tradicional efervescência simplesmente não aconteceu. E surpresas ocorreram virtualmente e nos bastidores.

Importante: o Tribunal Superior Eleitoral mantém os prazos, porque falta marco jurídico para qualquer adiamento. O calendário
está previsto em lei e mudá-la envolve problemas. Qualquer alteração no rito precisa ocorrer até um ano antes da eleição.

Tem mais: a data já passou, foi outubro de 2019. A anualidade é importante para prevenir casuísmos com o jogo em andamento, favorecendo ou prejudicando algum candidato.

Trilhões de dólares, ao longo de décadas, foram gastos pelos EUA na compra de armamentos para garantir a hegemonia política e
econômica em vários continentes. A superpotência está sendo derrotada por um vírus letal e insidioso.

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, garante lugar na próxima edição do Livro dos Recordes: mandou a polícia atirar para matar quem desobedecer a ordem de ficar em casa.

Nos períodos de crise, governantes precisam mostrar que sabem superar a inação, mistura de atrapalhação com irritação.

A direção do Maracap iniciou nesta semana a doação de cinco toneladas de gêneros alimentícios para a sua equipe de colaboradores. A iniciativa visa minimizar as perdas das receitas de centenas de colaboradores devido a pandemia da Covid-19.

O Bloco Tradicional Os Feras já está pensando no Carnaval de 2021. O grupo completa 25 anos de sucesso e vai desenvolver o
tema “25 anos de luz”.

DE RELANCE

Vanuza saiu na frente
Muito antes da Organização Mundial de Saúde recomendar o uso de máscaras caseiras, a estilista maranhense Vanuza Araújo saiu na frente e passou a fabricar máscaras estilosas para ela e sua família. Segundo a empresária, a máscara precisa ter duas camadas de tecido não muito rígido e nem muito grosso para não dificultar a respiração. Pode ser uma camiseta de algodão ou mesmo esses paninhos de limpeza que são usados na cozinha. Mas a máscara tem que cobrir bem a boca e o nariz, e é muito importante testar se está respirando bem antes de sair para a rua, pois ela não deve ser removida.

O medo que nos cerca
Li e passo adiante: para quem está saudável, financeiramente estável e sem pessoas frágeis ou doentes para se ocupar no dia a dia, as aflições da quarentena vão e vêm como ondas de um oceano de humor imprevisível. Um dia, está tudo tão calmo que quase esquecemos que estamos trancados em casa há mais de três semanas. No outro, somos derrubados pelo medo, pela insegurança, pelas fantasias macabras. Nenhum resguardo ou fortaleza doméstica improvisada são capazes de nos proteger da nossa própria imaginação.

Live no Youtube
Os artistas sertanejos Fernando & Franco, residentes em São Luís, estão felizes da vida. É que a live por eles apresentada na noite de sábado ficou em quarto lugar no ranking das mais visualizadas no Youtube. A dupla conseguiu 106 mil acessos simultâneos e mais de 1 milhão e meio de visualizações, ficando atrás apenas dos famosos Jorge e Mateus (3.1 milhões de acessos simultâneos) e Xandy
Avião, que também se apresentaram ao vivo pelo Youtube no sábado.

Live no Youtube 2
Fernando e Franco estão há quatro anos na estrada da música sertaneja e começam a despontar em território nordestino, conquistando, a cada dia que passa, mais fãs.
Talentosos, extrovertidos e inteligentes, os irmãos paulistas formam a dupla de maior destaque na noite maranhense atualmente, apresentando shows marcados, principalmente, pela qualidade vocal. Eles chamam a atenção pela versatilidade: tocam e compõem músicas.

Só quando for seguro
Os principais eventos culturais do Maranhão estão sendo reagendados em razão do coronavírus. Afinal, os eventos culturais do Brasil e do mundo foram colocados na geladeira pelo coronavírus. Com a proibição de aglomerações, as programações estão sendo transferidas para a segunda metade do ano, na esperança de que tudo volte ao normal a partir de julho –mesmo que as autoridades de saúde ainda não tenham certeza de quando a disseminação do vírus estará controlada.

Só quando for seguro 2
Na cena cultural de São Luís, grandes eventos relacionados às artes visuais, à literatura, ao cinema e ao teatro agendados entre março e maio foram adiados.

Sempre há um motivo
O mundo cometeu o desatino de permitir que 90 por cento da produção de insumos para combater a pandemia se concentrassem em um único país. A China tomou conta do mercado de materiais indispensáveis à proteção e ao trabalho dos profissionais de saúde. É que os preços da China tornaram-se imbatíveis porque os salários pagos são baixíssimos. Aos países capitalistas agradou a fórmula de exploração dos operários sob o regime político comunista. Hoje, é uma multinacional do lucro.

Brasil é preterido
Vinte e três cargueiros de grande porte viajam à China para suprir as necessidades norte-americanas no combate à pandemia. Enquanto isso, mesmo com dinheiro disponível para a compra, os fornecedores têm preterido o Brasil. O presidente Donald Trump, com a diplomacia que lhe caracteriza, declarou: “Precisamos das máscaras. Não queremos outros conseguindo o que necessitamos”. Tão sutil como um elefante numa loja de cristais. John Kennedy, cujo reconhecimento como estadista nenhum outro presidente norte-americano teve, dizia: “Civilidade não é sinal de fraqueza”. Trump não aprendeu nem aprenderá.

Para escrever na pedra:
“No fim, tudo dá certo. Se não der é porque ainda não chegou ao fim”. A frase é do saudoso cronista Fernando Sabino.

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