Crise diplomática

China repudia e chama de "racista" post de ministro da educação

Embaixada do país asiático no Brasil fez publicação após texto de Abraham Weintraub

Reuters

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Abraham Weintraub fez críticas no Twitter
Abraham Weintraub fez críticas no Twitter (ministro Abraham Weintraub)

SÃO PAULO - A Embaixada da China no Brasil divulgou nota em sua conta no Twitter em que afirma repudiar e classifica de “racista” publicação feita na mesma rede social pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, na qual ele ridiculariza o sotaque de chineses falando português ao lado de uma imagem da capa de um gibi da Turma da Mônica sobre o país asiático.

No texto, o ministro escreve como o personagem Cebolinha, que troca a letra R pela letra L, e ironiza os chineses.

“Geopolíticamente, quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?”, ironizou Weintraub em publicação feita no fim de semana.

Em resposta, a embaixada da China, país que é o principal parceiro comercial do Brasil e onde foi detectado o novo coronavírus, disse que as declarações do ministro são “completamente absurdas e desprezíveis” e “têm cunho fortemente racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil”.

“O lado chinês manifesta forte indignação e repúdio a esse tipo de atitude”, afirma a nota desta segunda-feira. “A maior urgência neste momento é unir todos os países numa proativa cooperação internacional para acabar com a pandemia com a maior brevidade, com vistas a salvaguardar a saúde pública mundial e o bem-estar da humanidade.”

Além de ser maior parceira comercial do Brasil, a China também concentra a esmagadora maioria da produção mundial de equipamentos de proteção mundial para deter o vírus, como máscaras, respiradores, produtos essenciais no tratamento de casos graves acometidos pela Covid-19, doença causada pelo coronavírus.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já admitiu dificuldade para comprar respiradores e outros insumos necessários no combate à doença.

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