COLUNA SOCIAL

Pergentino Holanda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20

Rumo ao colapso
A queda no movimento está empurrando o sistema de transporte coletivo da Capital para o abismo. Empresários do setor garantem que, se nada for feito, há risco de colapso em 15 dias.
Eles temem não ter mais dinheiro nem para comprar diesel. É que, mesmo com a redução de custos gerada pelos horários reduzidos, a conta não fecha.
O transporte coletivo de São Luís já vinha enfrentando problemas devido à queda no movimento gerada, entre outros fatores, pela concorrência das empresas de aplicativos.
Há, ainda, quem já esteja prevendo que haverá um colapso no transporte público no Brasil inteiro.
Esses, dizem que o governo federal precisa entender que transporte público é como saúde pública, educação pública. É para os mais humildes, é um fator social e econômico. Precisa ter uma solução estruturante para todo o Brasil.

Proteção individual
O avanço do coronavírus no Maranhão tem levado as principais redes de supermercados a ampliar o uso de equipamentos de proteção
individual (EPIs).
Máscaras de TNT semelhantes àquelas usadas por equipes médicas, tela de acrílico ou de plástico transparente e até capacetes com placa transparente, conhecidos como face shield (escudo facial, na tradução do inglês), passaram a ser vistos nos últimos dias em caixa-operadores, padeiros e açougueiros dos mercados.
De acordo com infectologista experientes, os EPIs são importantes para zelar pela saúde de atendentes e clientes em meio à pandemia.

Proteção individual 2
No fim de semana a Organização Mundial de Saúde passou a recomendar para quem sair de casa não esquecer de usar máscaras.
E recomenda que as máscaras cirúrgicas devem ser utilizadas exclusivamente por profissionais de saúde, que estão na linha de frente no combate à pandemia.
Para os demais, recomenda a utilização de máscaras que podem ser feitas em casa, sem a necessidade de muita elaboração – as chamadas “máscaras caseiras”.

Proteção individual 3
O uso da máscara como uma proteção física ao vírus não exclui a necessidade de cumprir as outras recomendações do Ministério
da Saúde e da OMS.
Como, por exemplo, o distanciamento social, evitar aglomerações, não esquecer a higienização das mãos e fazer o uso do álcool em gel.

Há um abismo
Enquanto economistas, empresários e cidadãos cobram velocidade na entrega da ajuda já anunciada pelo governo federal, o Planalto segueproduzindo anúncios com muitas cifras, mas nenhum calendário.
Chegaram com atraso e, uma vezadotados, têm cronogramas descolados da realidade das empresas de portas fechadas compulsoriamente, de trabalhadores que estão diante de um provável encolhimento salarial e dos informais que viram sua fonte
de renda secar.
Formou-se um abismo de tempo e espaço entre os bilhões anunciados nos microfones e os reais que têm de chegar às ruas
As palavras do momento são calamidade, emergência e urgência.
Velocidade é crucial para que todos façam a sua parte no cumprimento da única medida de prevenção do colapso, o isolamento social.

Fábio está bem antenado
Oftalmologista do time dos maiores do Maranhão, Fábio Lúcio dos Santos se mantém antenado com tudo o que se relaciona com o
novo coronavírus que assusta o mundo. Ele tem se reunido, através de vídeo- conferências, lives, etc, com outros médicos seus amigos do Rio de Janeiro, São Paulo, Nova York, Roma, Paris, Austrália, para trocar informações sobre a pandemia e o que deve orientar aos que forem contaminados com o vírus.

TRIVIAL VARIADO
Já tem cronista opinando que alguns políticos estão adorando a oportunidade que o coronavírus lhes dá de exercer o seu autoritarismo. Que delícia poder mandar fechar, poder proibir as pessoas até de sair às ruas.

O caldo entornou no fim de semana, quando Bolsonaro, durante entrevista, admitiu que está se “bicando há algum tempo” com Mandettaporque “ele extrapolou, sabendo que existe hierarquia”.

No capítulo: Mandetta disse que não vai comentar, mas sabe que no dia seguinte à superação da pandemia, deverá esvaziar as
gavetas do seu gabinete.

Aliás, o Brasil é o único país em que, no meio da tempestade do coronavírus, o presidente e o ministro da Saúde estão em rota de colisão.

Enquanto não houver alinhamento, persistirão dúvidas na população.

As manifestações públicas do ministrochefe da Casa Civil, general Braga Neto, têm recebido aprovação de grande parte da opinião
pública. Não assusta nem exagera. Pelo discernimento e equilíbrio, merece papel mais destacado durante a crise.

Em 2011, quando começaram as obras dos estádios de futebol para a Copa do Mundo de 2014, muitos disseram que parte da quantidade imensa de dinheiro deveria se destinar à construção de hospitais. A falta de leitos para tratar das vítimas do Covid-19
confirma que tinham toda a razão.

A Espanha tem perdido muitas vidas. Ao mesmo tempo, vê exterminada sua grande fonte de renda: o país recebeu, no ano passado, 84 milhões de turistas estrangeiros. Para comparar, no Brasil foram 7 milhões.

Madri é famosa por seus bares e terraços ao ar livre, sempre lotados. Agora, virou uma cidadefantasma e militarizada ao máximo, após o confinamento decretado pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez.

Hoje, caminhar nas ruas da capital espanhola sem necessidade comprovada implica na pesada multa equivalente a 17 mil reais.

Deu no site: “Os Estados Unidos pagam mais caro e ficam com remessa de máscaras chinesas destinadas à França”. O país de Xi-
Jimping é comunista, mas quando ouve o som da máquina registradora…

Não havendo futebol, a intriga política, infelizmente, sobe à posição número 1 da preferência nacional.

A médica maranhense Monique Cavaignac adoeceu no Rio de Janeiro e está em isolamento no seu apartamento. Ela trabalha em UTI de um hospital carioca de referência.

Situação mais complicada está a do empresário Henry Duailibe Filho. Ele contraiu o vírus, está em isolamento e pertence ao grupo de risco, pois tem mais de 60 anos e convive com stents, pontes safena e mamárias.

Médicos, epidemiologistas, geneticistas, oftalmologistas, farmacêuticos, dentistas, enfermeiros e estatísticos, entre muitas outras
categorias profissionais, dão ao mundo exemplos de coragem e dedicação.

DE RELANCE
Contágio pelo ar

O contato com superfícies contaminadas ou com gotículas respiratórias de pessoas infectadas são os principais meios de contágio do coronavírus. No entanto, a possibilidade de outro tipo de transmissão ganhou maior relevo entre pesquisadores e médicos nas últimas semanas. É o contágio por aerossóis – micropartículas invisíveis a olho nu expelidas por tosse, espirros ou até fala, que conseguem se
mover pelo ar e permanecer nos ambientes por alguns minutos ou, talvez, horas.

Contágio pelo ar 2
A chance de transmissão do coronavírus pelo ar não chega a ser uma novidade. O uso de máscaras com filtros mais potentes para profissionais da saúde, foi indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em situações geradoras de aerossóis desde o início da pandemia. O tema,no entanto, tornou-se mais conhecido pelo público em geral desde o início da semana passada, quando um vídeo datelevisão japonesa NHK World começou a circular pelas redes sociais.

Contágio pelo ar 3
As imagens mostram como os aerossóis podem se propagar e se manter por alguns minutos em um ambiente fechado depois de um espirro ou tosse. As imagens tambémdemonstram que até mesmo uma conversa entre amigos com tom de voz mais alto pode disseminar asmicropartículas. Porém, não há estudos categóricos que demonstrem o grau de relevância da disseminação do
coronavírus pelos aerossóis.

Contágio pelo ar 4
Outra corrente de infectologistas defende que a transmissão pelo ar pode ser possível, mas epidemiologicamente é pouco provável. Teria muito menor importância do que a transmissão por gotículas, por exemplo. É um ponto ainda difícil de comentar frente ao pouco conhecimento científico que se tem a respeito.

Contágio pelo ar 5
Mas, enquanto não se tem dados suficientes, deve-se reforçar a ideia de que as pessoas precisam estar em ambientes arejados, com janelas abertas. Isso faz com que o ambiente domiciliar ou de trabalho fique mais próximo do ar livre. O aerossol seca rapidamente se o ambiente for bem arejado. E, é claro, é preciso manter o distanciamento social.

Condição indispensável
Fonte do Ministério da Economia disse no fim de semana que as reivindicações dos Estados para aliviar a crise serão recebidas como todas as outras. Acrescentou que precisarão vir acompanhadas de cortes profundos de despesas descritos pelos governadores no mesmo documento. Sem esse detalhe, nada vai andar.

Dinheiro jogado fora
Encerrada a Copa, entrou em ritmo acelerado o erguimento de ginásios para a Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro. A reclamação foi a mesma. Surgiram elefantes brancos superfaturados e hoje abandonados. Somando todos os gastos poderá se chegar a conclusões estarrecedoras. Situação vergonhosa que atenta contra os pagadores de impostos.

Produto da urbanização
A inglesa Anne Rooney é autora do livro “A história da Medicina: das primeiras curas aos milagres da Medicina moderna”. Refere-se aos ancestrais que viviam na terra ainda pouco habitada. Após vários relatos, salta para a era moderna: “A doença contagiosa e epidêmica é, em grande parte, produto da urbanização, quando as pessoas vivem em grande número e próximas o bastante para tornar a transmissão entre elas um meio efetivo de disseminação de uma doença”.

Para escrever na pedra:
“A Educação é uma corrida entre a Civilização e a Catástrofe”. Frase lapidar de H.W.Wells.

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