Alternativa

Franceses utilizarão remédio de animais contra coronavírus

Anestésico de cavalos à base de propofol será usado em doentes graves, internados em UTIs; medida é chancelada pela Agência Nacional de Segurança de Medicamentos (ANSM)

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Quadro da doença na França ainda é considerado grave
Quadro da doença na França ainda é considerado grave (França Covid)

PARIS (FRA) - Para contornar a falta de remédios provocada pela epidemia de coronavírus, a França autorizou o uso de anestésico de cavalos em doentes graves, internados em UTIs. Segundo o portal G1, com base em informações publicadas no Diário Oficial francês na sexta-feira (3), a concessão vale para dois medicamentos à base de propofol.

A medida é chancelada pela Agência Nacional de Segurança de Medicamentos (ANSM) que informou ser necessária a medida, pois a demanda mundial por anestésicos elevou com a pandemia de coronavírus. Os estoques deste tipo de produto na França e no mundo estão baixos.

Em nota, a entidade informou ainda que a decisão é enquadrada devido ao que as autoridades definem como o “Estado de Emergência Sanitária”. De acordo com o documento, “esta é apenas uma peça suplementar que irá contribuir para atender o número importante de pacientes em reanimação", explicou a instituição.

De acordo com especialistas, o propofol serve para “sedar de forma profunda” os pacientes entubados e ligados a aparelhos para que haja suporte quando for acionada a respiração artifical. Na medida, um dos anestésicos liberados e veterinários que será usado na crise pandêmica contém a mesma substância ativa e igual dosagem, em relação à utilizada para medicamentos similares em humanos.

As milhares de ampolas disponíveis estão bem condicionadas e a qualidade delas foi testada, garante a ANSM.

A entidade já fez o levantamento em todo o território francês dos estoques disponíveis do propofol produzido para humanos, e indica que o anestésico veterinário será utilizado apenas em "complemento".

De acordo com autoridades sanitárias francesas, o produto é injetável e possui a autorização de comercialização emitida pelas autoridades veterinárias competentes. A medicação deve permitir o tratamento de centenas de pacientes, que passam em média, 14 dias internados nas UTIs.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.