Cuidados

Idosos da Ilha tomam precauções para não contrair coronavírus

Dados da SES mostram que até a manhã de quinta-feira, 2, a maior parte dos pacientes de coronavírus estava na faixa etária de 20 a 50 anos

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Jovens e adultos formam o maior público que circula nas vias da cidade; muitos evitam uso de máscaras e ficam mais suscetíveis a contaminação
Jovens e adultos formam o maior público que circula nas vias da cidade; muitos evitam uso de máscaras e ficam mais suscetíveis a contaminação (aglomeração)

Aparentemente os idosos na Grande Ilha estão tomando mais cuidados para não contraírem Covid-19, coronavírus, em relação aos jovens e os adultos, segundo especialistas da área de saúde. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que até a manhã de quinta-feira, 2, 71 casos da doença estavam confirmados em todo o estado e 12 pessoas estavam curadas. Entre os registros, 67 pacientes estão na faixa etária de 20 a 49 anos, e já existe a transmissão comunitária na capital.

Desde o começo da pandemia é possível observar que o maior público, que circula nas vias da cidade, é o adulto. Alguns deles até mesmo ignoram o uso de máscara. Também pode constatar que uma boa parte dos funcionários dos estabelecimentos comerciais essenciais, que estão funcionando normalmente, são jovens. Muitos deles utilizam coletivos lotados, que podem servir como ponto de proliferação dessa doença. Ainda há muitos adultos fazendo caminhadas em vários locais de lazer da Grande Ilha, principalmente, na Avenida Litorânea e nos parques.

A infectologista Maria dos Remédios Carvalho declarou que, na Região Metropolitana de São Luís, aparentemente os idosos estão seguindo as orientações impostas pelo Ministério da Saúde com receio de contraírem essa doença. A maioria dos idosos está ficando em sua residência e usando de forma diária a máscara.

A médica afirmou que pessoa de qualquer faixa etária pode contrair o Covid-19, mas, as complicações que são o grande problema e podem ser consideradas como leve, moderada, grave e gravíssima. Alguns casos, o paciente deve ficar internado no hospital e na Unidade de Tratamento Intenso (UTI).

Ela ainda disse que é de suma importância ser informado a quantidade de pessoas que deram entrada nos leitos de UTI, o número de pacientes por complicações e o total de curados. “Essas informações indicariam um cenário mais real dessa pandemia”, frisou a infectologista.

Vítimas adultas e jovens
A Prefeitura de Alto Alegre do Pindaré, por meio da rede social, informou que um adolescente, de 17 anos, morreu na quarta-feira, 1º, no hospital daquela cidade, apresentando sintomas suspeitos de coronavírus. Ele deu entrada no último dia 31 na casa de saúde, apresentando um quadro de tosse, vômito, febre e dispneia intensa, ou seja, com dificuldade de respirar. Sem histórico de asma ou outra enfermidade respiratória.

O caso foi comunicado ainda na terça-feira, 31, para o Centro de Informações Estratégias de Vigilância do Maranhão. O hospital, inclusive, já realizou o teste e encaminhou para o Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen), na capital, que fará análise e constatará se a causa da morte do adolescente foi por Covid-19.

Ainda no dia 31, a deputada estadual Daniella Tema usou a rede social para comunicar que testou positivo para o Covid-19. A parlamentar estava sem sintomas da doença e somente realizou o exame após ter tido contato com uma pessoa suspeita e está mantendo o isolamento social.

No Maranhão, de acordo com o secretário estadual de Saúde, Carlos Eduardo Lula, o primeiro óbito dessa doença foi um homem, de 49 anos, e tinha um histórico médico de hipertensão. Ele estava internado em uma unidade hospitalar na capital maranhense e morreu dia 27 do mês passado, mas, somente no domingo, 29, que saiu o resultado comprovando a causa morte.

SAIBA MAIS

Casos confirmados por faixa etária no Maranhão

0 a 9 anos - 2 casos
10 a 19 anos - Nenhum caso
20 a 29 anos - 8 casos
30 a 39 anos - 23 casos
40 a 49 anos - 18 casos
50 a 59 anos - 8 casos
60 a 70 anos - 8 casos
Mais de 70 anos - 4 casos
Obs: Dados contabilizados pela SES até o início da manhã de quinta-feira, no Maranhão.

Doença
O coronavírus teve seu ponto de partida na região de Wuhan, na China, e deixou o mundo em alerta. Apelidado pelos cientistas de 2019-nCoV, ele pertence à família dos coronavírus, um grupo que reúne desde agentes infecciosos que provocam sintomas de resfriado até outros com manifestações mais graves, como os causadores da SARS (sigla em inglês para Síndrome Respiratória Aguda Grave) e da MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio).
O pneumologista do Hospital São Domingos, Pedro Springer, informou que como é um vírus respiratório e pode infectar a garganta e atingir os pulmões a medida que a doença avança. “A Covid-19 se agrava quando o SARS-CoV-2 atinge os pulmões, causando problemas respiratórios. Por causa desse quadro clínico grave, os pacientes com Covid-19 estão precisando de UTI e ventilação mecânica”, explicou o médico Pedro Springer.
Ele também declarou que, além dos idosos, pessoas com doenças preexistentes, como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares, têm que adotar cuidados extras para evitar a infecção pelo coronavírus. Outro grupo de risco são os portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica, bronquite crônica ou enfisema. “Este grupo apresenta alto risco para complicações graves da Covid-19”, pontuou o pneumologista.

Alimentação ideal
É essencial ter uma boa alimentação para manter a saúde, principalmente, em período de pandemia. A nutricionista Laryssa Carvalho explicou que é preciso ter um planejamento alimentar para não cair em excessos e manter a saúde do corpo durante o isolamento social.
Ela disse que a imunidade é formada por um conjunto de fatores que atuam contra diferentes doenças. Uma dieta balanceada como um todo ajuda o organismo a se manter preparado contra invasores. “Os cuidados com a alimentação, neste momento, de uma pandemia, devem ser constantes. Por estarmos muito mais tempo em casa devido ao isolamento social, é preciso ter um planejamento alimentar, com pelo menos, quatro refeições por dia, variando entre frutas, verduras e proteínas, gorduras boas”, pontua a nutricionista.
Incluir variedade de frutas e vegetais na alimentação em uma dieta balanceada e rica em alimentos fonte de antioxidantes e ter uma hidratação adequada estão entre as principais dicas da nutricionista. Ela ainda informou que os alimentos ricos em nutrientes, como vitaminas A, C e D, ômega-3, zinco e ferro, estão entre os principais fortalecedores do sistema imunológico.

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